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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Cine Dica: Sessão comentada do filme Pela Janela

CAROLINE LEONE DEBATE PELA JANELA NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS
Na quinta-feira, 18 de janeiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras realiza uma sessão especial de lançamento do filme Pela Janela, com a presença da diretora Caroline Leone. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

PELA JANELA
Brasil – Argentina, 2018, 84 minutos, DCP
Com Magali Biff e Cacá Amaral
Direção: Caroline Leone
Distribuição: Vitrine Filmes

Sinopse: O filme conta a história de Rosália (Magali Biff), uma operária de 65 anos que dedicou a vida ao trabalho em um fábrica de reatores da periferia de São Paulo. Ela é demitida, e, deprimida, é consolada pelo irmão José (Cacá Amaral), que resolve levá-la junto com ele em uma viagem de carro até Buenos Aires. Na viagem, Rosália vê pela primeira vez um mundo desconhecido e distante de sua vida cotidiana, começando uma jornada que sutilmente transformará uma parte essencial dela mesma.

Festivais e Prêmios
46º International Film Festival Rotterdam 2017 – Seção Bright Future – Prêmio FIPRESCI (Prêmio da Crítica Internacional)
Habana Films Festival – Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano – Prêmio de Contribuição Artística
45º Festival de Gramado – Competição Oficial
41ª Mostra Internacional de São Paulo
X Janela Internacional de Recife
Festival East West Russia 2017
Malatya IFF (Turquia) – International Competition Films
12º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro – Melhor atriz pra Magali Biff, Melhor ator coadjuvante para Cacá Amaral e Melhor Som.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Viva - A Vida é uma festa

Sinopse: Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos.

Foi-se o tempo em que os estúdios americanos olhavam somente para o seu próprio umbigo e se dando conta finalmente que o mundo não pode ficar isolado mas sim explorado.  Ao se darem conta em que não podem mais dependerem das bilheterias locais, os estúdios Disney/Pixar, por exemplo, decidiram investir pesado na diversidade cultural. Viva  - A Vida é uma festa talvez venha a ser o melhor exemplo dessa investida, mas feita de coração e com o pensamento sempre na elaboração de uma boa história.
A trama se passa numa cidade do México, onde está ocorrendo os preparativos para o Dia dos Mortos, onde os familiares rezam pelos seus entes queridos e dando-lhes oferendas. Porém, o pequeno protagonista Miguel esta mais interessado em ser um grande músico, assim como o seu ídolo da música do passado. Porém, Miguel sofre resistência de sua família, mas isso é apenas o princípio de uma grande aventura cheia de emoções e reviravoltas.
Dirigido por  Lee Unkrich e Adrian Molina, o filme já é para mim um dos que melhor traduz a qualidade do estúdio Pixar. Ao retratar os dois mundos que surgem na tela, tanto dos vivos como dos mortos, o filme possui um requinte sedutor, onde cada cena é cheia de inúmeros detalhes, dos quais sintetizam toda uma cultura do México verdadeira e tão pouco vista no cinema americano. Não há uma caracterização caricata dos personagens mexicanos, como tanto era visto nos filmes de antigamente, mas sim de uma forma honesta, respeitosa e muito bem vinda.
Contudo, o roteiro não possui uma grande originalidade. Para aqueles que esperam algo que supere a obra prima do estúdio que é Divertidamente pode acabar se decepcionando, mas acho que a intenção nem era essa, mas sim unicamente se criar uma boa história. E a boa história é aquela mesma velha fórmula de sucesso, onde vemos o protagonista ir em busca de seus sonhos, nem que para isso tenha que ir além desse mundo.
Se num primeiro momento aventura de Miguel parece que irá se enveredar para um cenário parecido do que foi visto no já clássico A Noiva e o Cadáver de Tim Burton, eis que os cineastas Lee Unkrich e Adrian Molina desconstroem todo esse meu pensamento. Há uma preocupação em querer se discutir sobre questões sobre a vida e a morte dentro da trama, mas tudo contado de uma forma convidativa e da qual não irá assustar as crianças. Aliás, novamente o humor irá fazer alegria dos marmanjos que levam os seus filhos ao cinema, pois desde Toy Story a Pixar gosta de inserir piadas em que os adultos compreendem muito melhor o sentido delas.
Porém, o ato final é onde se encontra todo o coração, coragem e alma do filme. Em sua busca pela realização de seu sonho, Miguel descobre que há valores mais importantes para serem preservados e ao mesmo  tempo o filme toca na ferida com relação ao universo das celebridades, cuja sua beleza se encontra somente nos palcos, mas por detrás da cortina há sempre um lado mais sujo. Em tempos em que celebridades instantâneas ganham os holofotes, é sempre interessante assistir um filme que vai contra essa tendência, mas sim valorizando o que há de melhor nos princípios mais básicos da vida. 
Viva  - A Vida é uma festa, pode até não ser o melhor filme da Pxar, mas é uma deliciosa aventura que transita entre a vida e a morte de uma forma divertida e bem colorida. 


Cine Dicas: Estreias do final de semana (12/01/18)

O Destino de uma nação

Sinopse: Com a Grã-Bretanha à beira de perder a guerra para a Alemanha, Winston Churchill sofre pressão para fazer um acordo com Hitler para estabelecer o estado como parte do território do Terceiro Reich, mas resiste à pressão.



Lou



Sinopse: A escritora e psicanalista Lou Andreas-Salomé decide reescrever suas memórias aos 72 anos. Ela relembra sua juventude em meio a comunidade alemã de São Petersburgo. Desde criança, sonhava em ser intelectual e estava determinada a nunca se casar ou ter filhos. Além de trabalhar com nomes famosos, ela escreve sobre os relacionamentos conturbados com Nietzsche e Freud, além da paixão com Rilke. Conflitos entre autonomia e intimidade, junto com o desejo de viver sua liberdade.



O Estrangeiro



Sinopse: Quando vê a sua filha, a única família que lhe resta, ser morta por uma bomba num atentado terrorista cometido pelo Exército Republicano Irlandês, Quan (Jackie Chan) procura os culpados da sua morte, através de Liam Hennessy (Pierce Brosnan), um antigo membro desse Exército. Hennessy não sabe que Quan foi treinado pelas forças especiais dos EUA e subestima-o gravemente.



O Jovem Karl Marx



Sinopse: Aos 26 anos, Karl Marx embarca para o exílio junto com sua esposa, Jenny. Na Paris de 1844, ele conhece Friedrich Engels, filho de um industrialista que investigou o nascimento da classe trabalhadora britânica. Dândi, Engels oferece ao jovem Marx a peça que faltava para completar a sua nova visão de mundo. Entre a censura e a repressão, os tumultos e as repressões políticas, eles lideram o movimento operário em meio a era moderna.


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Cine Dica: O Uivo no Projeto Raros



FILME EXPERIMENTAL DE TINTO BRASS É A ATRAÇÃO DO PROJETO RAROS
 
Nesta sexta-feira, 12 de janeiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras reapresenta a edição do Projeto Raros com a exibição de O Uivo (1970, 100’), que havia sido programada para dezembro e acabou cancelada em função de uma queda de luz. O filme político experimental do italiano Tinto Brass está presente na célebre lista criada por Carlos Reichenbach com os 60 filmes notáveis da história do cinema. Com exibição digital e legenda em português, a sessão tem entrada franca.

O UIVO
(L’Urlo)
Itália, 1970, 100’
Direção: Tinto Brass

Uma noiva fugitiva e um homem excêntrico embarcam em uma jornada surreal em um mundo bizarro que reflete a cultura pop, o sexo e a política dos anos 1960. Com a musa Tina Aumont vivendo a protagonista, O Uivo é um dos filmes emblemáticos do período político experimental de Tinto Brass, realizador mais conhecido na história do cinema pelos atrevimentos eróticos que excitaram plateias do mundo todo nos anos 1970 e 80.

Com a palavra, Carlos Reichenbach: “L´Urlo” nunca foi lançado comercialmente no Brasil. Um dos últimos filmes da fase “udigrudi” de Brass. Trata-se de um “Os Idiotas” muito anos à frente. Estranho e belíssimo, sobre uma garota burguesa que abandona o noivo no dia do casamento e foge com um homem qualquer para uma aventura onírica e transgressiva, sem obrigações, sem deveres sociais, sem respeito humano e sem temores. O encontro do “casal” com determinados personagens faz os dois se confrontarem com as convenções, a morte e a sociedade condicionada ao sexo, a guerra, a violência, as várias ideologias e ao mundo da cultura. Mundo este que, conforme o “casal”, “não tolera o amor”.

“Filmes que você sempre quis ver ou nem imaginava que existiam”. O slogan do projeto Raros é a sua melhor definição. Iniciado em maio de 2003, o projeto foi concebido com a intenção de apresentar ao público local títulos nunca lançados no circuito exibidor brasileiro ou há muito tempo fora de circulação nos cinemas, procurando reproduzir o espírito das “midnight movies” realizadas em Nova York a partir do final dos anos 1960. Cada filme é apresentado uma única vez, nas noites de sexta-feira, e as sessões são comentadas. Imediatamente acolhido pelos cinéfilos porto-alegrenses, o Raros foi um sucesso instantâneo e logo inspiraria outras iniciativas similares, a mais conhecida delas sendo as Sessões do Comodoro, organizadas pelo saudoso diretor Carlos Reichenbach no Cinesesc de São Paulo. Em 2017, em função da reforma da Usina do Gasômetro, a Cinemateca Capitólio Petrobras passa a receber provisoriamente o projeto Raros.

GRADE DE HORÁRIOS
9 a 17 de janeiro de 2018

9 de janeiro (terça)
14h - O Quimono Escarlate
16h – A Morte num Beijo
18h – Juventude Transviada
20h – Zabriskie Point

10 de janeiro (quarta)
14h – Eles Vivem
16h – Alma em Suplício
18h – Crepúsculo dos Deuses
20h – Chinatown

11 de janeiro (quinta)
14h – Alma no Lodo
15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)
17h30 - O Grande Lebowski
20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)

12 de janeiro (sexta)
14h – Curva do Destino
15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)
17h30 - A Morte num Beijo
20h – Projeto Raros (O Uivo, Tinto Brass)

13 de janeiro (sábado)
14h – Alma Torturada
15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)
17h30 - Crepúsculo dos Deuses
20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)

14 de janeiro (domingo)
14h – O Quimono Escarlate
15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)
17h30 - Juventude Transviada
20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)

16 de Janeiro (terça)
14h – Curva do Destino
15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)
17h30 - Chinatown
20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)

17 de Janeiro (quarta)
14h – Alma no Lodo
15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)
17h30 - O Grande Lebowski
20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Jumanji: Bem-Vindo à Selva



Sinopse: Quatro estudantes ficam de castigo e têm como tarefa limpar o porão do colégio. Eles encontram um jogo chamado Jumanji e cada um escolhe um personagem. No entanto, os adolescentes acabam sendo transportados para uma selva e precisam enfrentar grandes perigos para conseguirem voltar ao mundo real.
Jumanji de 1995 não foi nenhum estouro de grande bilheteria, mas que, de forma gradualmente, foi conquistando o coração dos jovens daquele tempo, ao ponto de ser até mesmo considerado uma das melhores aventuras/fantasia dos anos 90. Estrelado por Robin Williams, Kirsten Dunst e Bonnie Hunt, o filme foi inovador nos efeitos visuais, principalmente na criação de animais digitais e que até hoje impressionam. Mais de vinte anos depois do seu lançamento, Jumanji: Bem-Vindo à Selva, não somente respeita a essência principal da obra original, como também é uma divertida aventura nostálgica e que nos trás inúmeras referências da cultura pop dos anos 80 e 90.
Dirigido por Jake Kasdan (Professora Sem Classe), acompanhamos a história de quatro estudantes: o nerd, o jogador da escola, a popular e a anti social. Certo dia os quatro vão parar na detenção e sendo obrigados a ter que limpar o porão da escola. Lá eles encontram um vídeo game, intitulado Jumanji, do qual eles são sugados para um jogo que se passa na selva e acabam assumindo os avatares que eles haviam escolhido antes do jogo começar.
A transição do jogo de tabuleiro visto no filme original, para um jogo de vídeo game, faz até todo o sentido, principalmente para que as situações não soem repetitivas para trama. Aliás, os primeiros minutos do filme faz umas pequenas referências à cultura pop dos anos 90, dando a entender que, talvez, vejamos futuramente outros filmes que venham a explorar o que a havia de bom naquela época. Se hoje há inúmeros filmes que prestam belas homenagens aos anos 80 e criando então essa nostalgia pela época que anda se alastrando para todos os cantos, não me surpreenderia então que essa mesma onda aconteceria com relação aos anos 90 também.
Falando dos 80, os quatro jovens protagonistas são uma referência mais do que clara ao clássico O Clube dos Cinco e dos quais nos identificamos facilmente. Tendo cada um com suas personalidades bem distintas, fica até difícil imaginar essa trupe se darem bem juntos. Contudo, estamos num filme que é tudo fantasia e, portanto isso é bem possível.
A partir do momento em que os quatro entram no jogo é então que o filme engrena de vez e nos brindando com boas cenas de ação e muito bom humor. O atleta vira o baixo e fraco Kevin Hart, o nerd é ninguém menos que Dwayne Johnson, a anti social vira a fatal Karen Gillan e a popular vira Jack Black. O fato de seus avatares serem completamente diferentes do que eles são do mundo real é o que torna então o filme muito especial.
Se The Rock surpreende com a sua veia cômica, Jack Black dá um verdadeiro show ao assumir os trejeitos da menina que se esforça em ser popular dentro e fora da escola. Aliás, é através dele (ou dela) que o filme faz uma dura crítica com relação ao vicio dessa geração atual em querer a todo custo em serem pessoas populares através da internet, nem que para isso fingem ser algo que não são realmente por dentro. Falando em críticas, a jovem anti social ganha os trejeitos de um personagem sex, aventureira, mas com roupas curtíssimas e fazendo uma referência da maneira errônea e sexista da qual criavam as personagens femininas dos jogos dos anos 90, como o caso de Lara Croft. 
Polêmicas a parte, o filme é muito divertido do começo ao fim, cujas piadas se casam muito bem nos momentos de correria e de muita ação. Curiosamente, não é um filme que abusa dos efeitos especiais, mas sim eles são usados somente para melhorar e corresponder com a proposta principal da trama. O vilão é genérico, mas isso sendo proposital, sendo que o grande desafio é o próprio jogo do qual os heróis enfrentam e lutam contra o tempo para manter as suas fases de vida que lhe restam até a reta final da aventura.
Com uma pequena, mas importante referência ao personagem de Robin Williams do filme original, Jumanji: Bem-Vindo à Selva é uma deliciosa aventura para toda a família e que com certeza irá agradar os fãs de carteirinha do filme original.