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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 5 de julho de 2016

LUTO

Por mais cinéfilo que eu seja às vezes deixo escapar a filmografia de um grande cineasta. Fui conhecer o senhor ‪‎Abbas Kiarostami somente pelo filme Copia Fiel, numa sessão inesquecível, aliás. Até a poucos dias Porto Alegre exibiu uma mostra de seus principais filmes, dos quais finalmente tive o privilegio de conhecer DEZ e Gosto de Cereja. Agora, justamente quando estou conhecendo melhor o seu talento, o senhor parte e isso me fere profundamente. 
O senhor fez o ocidente conhecer um pouco sobre o Irã e provou que nenhum governo tem o poder de impedir um cineasta de se expressar através de sua arte. Que o senhor viva no coração de cada cinéfilo que apreciou a sua obra.


Filmografia:  

2012     Um Alguém Apaixonado          
2010     Cópia Fiel        
2008     Shirin    Diretor
2007     Cada Um Com Seu Cinema      
2005     Tickets Diretor
2004     10 Sobre Dez  
2003     Five Dedicated to Ozu
2001     ABC Africa      
2001     Dez     
1999     O Vento nos Levará     
1997     Gosto de Cereja
1995     À propos de Nice        
1995     Lumière e Companhia  
1994     Através das Oliveiras   
1991     Close-up         
1991     E a Vida Continua        
1987     Onde Fica a Casa do Meu Amigo?       
1977     O Relatório      
1974     O Viajante       
1973     A Experiência

 
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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Cine Dicas: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:



O Novíssimo Testamento 

Sinopse: Deus (Benoît Poelvoorde) está vivo, é casado, tem uma filha e se diverte na hora de criar as formas como as pessoas vão morrer. Ele é ríspido com a família e cansada da forma com o pai lhe trata, a menina toma uma atitude drástica. Ela invade o computador de Deus e envia SMS para todas as pessoas da Terra com a data de morte delas, gerando um caos e muitas dúvidas ao redor do mundo.

Comédia leve, inteligente e fácil de assistir, é um adendo ao que há de melhor no cinema belga hoje. Quinta ficção de Jaco Van Dormael, a fantasia já se faz característica em seus filmes. Candidato ao Globo de Ouro esse ano como filme estrangeiro, levou outros 6 prêmios e 4 indicações em outros festivais. Imperdível.
  



Conspiração e Poder 
 
Sinopse: Em 2004, a produtora Mary Mapes (Cate Blanchet), o apresentador  Dan Rather (Robert Redford) e a equipe do programa jornalístico 60 Minutes conseguem documentos importantes. As evidências provam que o presidente americano George W. Bush teve tratamento especial nos anos 1970, quando servia na Guarda Nacional do Texas. Isso teria garantido ao político a chance de não prestar serviço na Guerra do Vietnã. A reportagem é exibida, dando origem uma crise de credibilidade midiática, pois os tais documentos não foram checados com eficiência e depois foi confirmado que as informações não eram verdadeiras, causando a saída de Rather, Mapes e de outros funcionários da empresa.



Para quem ama cinema, o grande atrativo do filme é, de fato, a dobradinha Blanchett-Redford. Justiça seja feita, a australiana realmente teve em Carol o seu melhor trabalho de 2015, mas o mix de angústia, ansiedade, confiança e medo que ela imprime em Mary Mapes deixa esse filme dirigido por James Vanderbilt bem mais interessante que ele o é. Como Dan Rather, Redford tem pouco a fazer, mas a sua persona é fundamental para que vejamos o âncora como a lenda do jornalismo que ele é.


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Cine Curiosidade: Em cena inédita de ‘Julieta’, protagonista se impressiona ao ver o mar pela primeira vez

DIRIGIDO POR PEDRO ALMODÓVAR, DRAMA
ESTREIA DIA 7 DE JULHO EM CIRCUITO NACIONAL
Interpretada por Adriana Ugarte na primeira parte do filme, Julieta decide aceitar o convite de Xoan (Daniel Grao) e vai até sua casa visitá-lo. É recebida por Marian (Rossy de Palma), que lhe dá uma notícia inesperada, e se surpreende ao ver o mar. Para assistir à cena inédita de “Julieta”, clique aqui.      
            
Com direção do espanhol Pedro Almodóvar, o drama retrata a história de uma mãe que vive uma incerteza depois de ter sido abandonada, sem explicações, pela filha. Depois de anos sem ter notícias da menina, Julieta (Emma Suaréz) renova sua esperança ao encontrar a melhor amiga da filha que te dá piscas do paradeiro de Antía. Envolta em temas densos como destino e complexo de culpa, a história destaca o mistério que nos leva a abandonar quem amamos e a deletar pessoas de nossas vidas como se elas não tivessem deixado alguma lembrança.
A produção é inspirada em três contos da escritora canadense Alice Munro, ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2013. Com distribuição da Universal Pìctures, o filme é protagonizado pelas atrizes Adriana Ugarte e Emma Suárez, que interpretam a personagem Julieta em duas fases da vida.    

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Cine Especial: Curso FILME-ENSAIO: A Experiência do Cinema: Parte 1



Nos dias 09 e 10 de Julho eu estarei participando do FILME-ENSAIO: A experiência do cinema, criado pelo Cine Um e ministrado pelo documentarista, pesquisador, curador e docente Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei fazer uma analise dos principais filmes que serão debatidos durante o curso.



A CHINESA



Sinopse: Enquanto discute sobre temas como Mao, Revolução Chinesa e o Socialismo, um grupo de estudantes franceses planeja ações terroristas.


Talvez, o filme mais profético de Gobard. Isso deve ao fato desse filme ter sido lançado em 1967, um ano antes da juventude pré-revolucionária que protagonizaria os episódios de desobediência civil na França. Visto hoje, é um claro protesto em forma de filme que o diretor criou contra o que achava errado com o que estava acontecendo com o seu país na época.
O primeiro ato do filme já mostra o que irá vir a seguir, como no caso as palavras “Um filme em construção” que se lê em azul depois do prólogo onde várias coisas são ditas e faz um breve resumo do que virá a seguir. Assim como “Uma ou duas coisas que eu sei Dela” em que Gobard surpreende ao criar uma espécie de falso documentário, aqui ele não separa ficção e realidade, e com isso, sua voz aparece com entrevistador no primeiro ato da trama, e para a surpresa de todos, á câmera que estava filmando Jean Pierre Leaud aparece sem mais nem menos. Vendo esse momento acontecer, dá entender que o diretor queria desconcertar o espectador, os fazendoeles pensarem que estavam vendo mais que um filme, mas algo que precisava ser dito, de uma forma até então inédita e fora do convencional.
Atualmente, o filme não é o dos mais populares do diretor, talvez pelo fato da obra ter ficado muito presa ao que estava acontecendo naquele ano e visto hoje, soa um tanto que pretensiosa e ambiciosa demais, mas ao mesmo tempo representa o que ele sempre foi quando ainda era jovem, um diretor ousado e sem limites e que não dava a mínima por onde pisava. 


 

O Demônio das Onze Horas



Sinopse: Casado com uma italiana e entediado com sua vida na alta sociedade, o professor espanhol Ferdinand foge em direção ao sul com Marianne, após um cadáver ser encontrado na casa dela. Eles caem na estrada e deixa um rastro de roubos por onde passam.

O argumento foi escrito pelo próprio cineasta, adaptando a obra Obsession, de Lionel White. Assim como na maioria de sua filmografia, a história não é muito linear e ao mesmo tempo questiona sempre a história do cinema e a evolução da sua linguagem. Mistura diversos gêneros como o thriller, comédia, drama romântico e uma pitada de Bonnie Clyde.
O tom da narrativa é um tanto que misturado, desde números musicais, inúmeras referências pictóricas e cinematográficas, assim como citações literárias. Assim como Viver a Vida, é relevante o trabalho de fotografia do filme, que novamente é autoria de Raoul Coutard, que destaca em cores primárias e que reinventa caminhos num incessante experimentalismo único.
A historia de um casal em fuga é muito conveniente, pois a partir do momento que eles pegam a estrada, tudo pode acontecer, muito embora o espectador tenha uma certa noção do que poderá acontecer no final, mas Godard não cai no óbvio. A trama se torna ideal para elaboração de inúmeras idéias sobre os gêneros de Hollywood e de suas mensagens que sempre passaram para o público. Entre as muitas sequências inesquecíveis do filme, não há como esquecer uma que envolve o famoso realizador norte-americano Samuel Fuller (que  interpreta a si próprio, assim como foi com Fritz Lang em Desprezo). A sua presença e diálogo curiosamente se tornam os mais reais se comparada as outras pessoas em cena. Para destacar isso, o realizador é filmado com cores vivas enquanto os outros surgem esbatidos. 
Assim como em seus filmes anteriores, é um filme estranho, inusitado e inesquecível de Godard.


 Mais informações sobre o curso e interessados em se inscrever cliquem aqui.


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Cine Dica: Renoir, Duvivier, Bresson e grandes filmes franceses na Cinemateca Capitólio

No último dia 28 de junho estreou na Cinemateca Capitólio a mostra Grandes Obras Francesas, com a exibição de filmes de realizadores de diferentes gerações da cinematografia da França, como Jean Renoir, Julien Duvivier, Robert Bresson, Alain Resnais, Chris Marker, Jacques Doillon e Abdellatif Kechiche. Realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français, a mostra segue em cartaz até o final de julho.



A Cinemateca Capitólio é um equipamento da Secretaria da Cultura de Porto Alegre. O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização daFundação CinemaRS – FUNDACINE.



GRANDES OBRAS FRANCESAS



Pinga Fogo

(Poil de carotte, França 1932, 80).

De Julien Duvivier, com Catherine Fonteney, Christiane Dor Gauthier, Colette Segall, Harry Baur, Louis Gauthier, Robert Lynen.



François Lepic tem 12 anos, cabelos ruivos e é cheio de sardas. Por isto o chamam de ruço. Caçula de uma mãe tirânica que reserva seu carinho ao filho mais velho, Félix, sonso e preguiçoso. O pai é indiferente, mais preocupado com as próximas eleições municipais. Desesperado, François, o ruço, tenta o suicídio várias vezes. Um dia, o pai prevenido a tempo, consegue chegar e salvar a infeliz criança. Pela primeira vez, o pai vai conversar com o filho. Dali em diante, o ruço terá um defensor contra a mãe.



As Damas do Bois de Boulogne

(Les Dames du bois de Boulogne, França 1945, 90 minutos)

De Robert Bresson, com Jean Marchat, Maria Casares, Paul Bernard



Para se vingar de seu amante que a abandonara, uma mulher do mundo arma-lhe um casamento com uma jovem de bordel, com a cumplicidade de sua mãe. Realizado no duro inverno que se seguiu à liberação de Paris, este filme, na época mal recebido, é hoje uma obra-prima moderníssima do cinema.





French Can Can

(French Cancan, França 1955, 112 minutos).

De Jean Renoir, com Françoise Arnoul, Jean Gabin, Michel Piccoli

Danglard é o diretor de uma casa de espetáculos em Montmartre: o Paravent Chinois. Sua amante, uma atriz chamada de Belle Abbesse, é a estrela do lugar. Para atrair uma clientela burguesa, ele decide relançar uma dança fora de moda, o cancan, e construir um novo estabelecimento: o Moulin Rouge. E lá, graças aos sentimentos do príncipe Alexandre, a jovem lavadeira Nini se tornará uma nova estrela.





O Batedor de Carteiras

Pickpocket, França, 1959, 70 minutos).

De Robert Bresson, com Jean Pelegri, Martin Lassale, Pierre Etaix, Pierre Lemarie.

Michel, um jovem que começa a bater carteiras por prazer e pela emoção do roubo, acaba fazendo disso uma compulsão. Ele é preso, percebe o choque que isso causa em sua mãe e em seus amigos e reflete sobre seus atos. Porém, depois de solto, ele se junta a um ladrão veterano e volta ao crime. Sua consciência pesa, bem como a memória de sua mãe. Também a presença de Jeanne, uma jovem por quem se apaixona, lhe faz pensar em deixar o crime, o que acontece de forma irônica. Bresson revela o cotidiano e as fixações de um jovem batedor de carteiras que encontra nesta atividade criminosa uma verdadeira forma de expressão. A frieza do tratamento, o rigor e a economia dos efeitos psicológicos faz deste filme um grande clássico da escola Bresson. Inspirado em Crime e Castigo, de Dostoievski.



Curtas de Alain Resnais



Guernica

(França 1950, 13 minutos). De Alain Resnais.

O bombardeamento da cidade de Guernica pela aviação nazista, em favor de Franco, é evocado através do afresco de Picasso e de outras de suas obras.

As Estátuas Também Morrem

Les Statues meurent aussi, França 1953, 29 minutos)

De Alain Resnais, Chris Marker

Um documentário sobre a arte negra torna-se um panfleto anti-colonialista e anti-racista. Neste potente poema, ritmado pelas formas das estátuas africanas e pelo texto de Chris Marker, expõe-se a opressão e a destruição de uma arte e de um povo por outro povo.

Noite e Neblina

Nuit et Brouillard, França 1955, 32 minutos).

De Alain Resnais.

Um dos mais importantes documentários da história do cinema mundial. Realizado em 1955, a partir de um convite feito ao cineasta Alain Resnais pelo Comitê da História da Segunda Guerra Mundial, o filme tinha como objetivo comemorar o segundo aniversário da libertação dos campos de concentração. Mas o impacto das imagens de Noite e Neblina, que ainda hoje assombram a humanidade, e do texto do escritor Jean Cayrol, um ex-prisioneiro do campo de Orianemburgo, suplantaram a sua intenção de memorial dos desaparecidos e transformaram-se num "dispositivo de alerta" contra o nazismo e todas as formas de extermínio. Mesclando imagens coloridas dos campos abandonados e filmes de arquivos, Alain Resnais dá-nos, segundo François Truffaut, "uma lição de história, inegavelmente cruel, mas merecida".





O Casamento a Três

(Le Mariage à trois, França, 2009, 100 minutos)

De Jacques Doillon. Com Louis Garrel, Julie Depardieu, Pascal Greggory. Um dramaturgo recebe em sua casa de campo os protagonistas de sua nova peça. Mas a presença da ex-mulher, do novo amante e de uma jovem assistente tornará o dia particularmente tumultuado, misturando criação e questões sentimentais.



A Esquiva

(L'Esquive, França, 2003, 117 minutos)

De Abdellatif Kechiche Com Osman Elkharraz, Sabrina Ouazani, Sara Forestier.

Em um conjunto habitacional no subúrbio parisiense, um anjo passa declamando apaixonadamente versos da peça "Le Jeu de l'amour et du hasard". É Lydia, embalada por Marivaux e às voltas com os ensaios do espetáculo a ser montado por sua turma de sala de aula para as festividades da escola. Já Abdelkrim, apelidado de "Krimo", no auge de seus 15 anos, é arriado pela sua colega de sala. Ele que se arrasta levando seu tédio pelas quebradas suburbanas em companhia de sua galera, descobre repentinamente o amor. Mas Krimo não é do gênero expansivo, além de ter que manter a fachada. Então como se declarar à garota sem perder a pose?



GRADE DE HORÁRIOS

PRIMEIRA SEMANA

28 de junho a 03 de julho de 2016





28 de junho (terça)

20h – French Can Can



29 de junho (quarta)

16h – As Damas do Bois de Boulogne

18h – O Casamento a Três

20h – Curtas Alain Resnais



30 de junho (quinta)

18h – Virada Sustentável – Aliança Francesa



1º de julho (sexta)

16h – Curtas Alain Resnais

18h – As Damas do Bois de Boulogne

20h – Pinga Fogo



2 de julho (sábado)

16h – O Batedor de Carteiras

18h – O Casamento a Três

20h – A Esquiva



3 de julho (domingo)
17h – Amigomio + bate-papo entre Jeanine Meerapfel e Ana Luiza Azevedo