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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: ELE ESTÁ DE VOLTA



Sinopse: Em 2014, Adolf Hitler acorda num terreno baldio em Berlim, sem saber o que aconteceu após o ano de 1945. Desabrigado e desamparado, Hitler interpreta tudo que vê em 2014 a partir de uma perspectiva Nazi e, apesar de todo mundo reconhecê-lo, ninguém acredita que ele é o próprio Hitler, e sim um comediante, ou um ator. Como resultado, os seus vídeos violentos e furiosos tornam-se um enorme sucesso no YouTube, e Hitler alcança o estatuto de celebridade moderna como um artista, onde tira proveito da situação e usa sua popularidade para voltar ao poder.


No falso documentário Borat, Sacha Baron Cohen interpreta um Cazaquistão, que se diz ser um repórter e que viaja para os EUA fazer um documentário sobre os costumes dos americanos. No decorrer da obra, o ator consegue extrair o melhor e o pior do povo americano, principalmente de um período conservador da era Bush. Passaram-se os anos e o filme serviu de modelo para inúmeros outros filmes, mas Ele Está de Volta vai muito além, pois serve como alerta para um futuro opressor para a humanidade.
Baseado na obra de Timur Vermes, Adolfo Hitler surge do nada na Berlim atual e começa a tentar entender o que aconteceu com ele e com o seu país ao longo das décadas. Gradualmente conhece inúmeros meios de voltar aos holofotes, através de um funcionário de um estúdio de televisão que procura uma oportunidade para crescer na vida. Ambos então começam a viajar pelo país para entrevistar pessoas e perguntar a elas sobre o que poderia melhorar no governo atual em crise.
Não demora muito para Hitler ganhar seu próprio programa, ganhar audiência e se tornar febre na mídia e nas redes sociais. Mais do que uma comédia, o filme é um verdadeiro alerta vermelho do que acontece na sociedade atual, não somente na Alemanha, como também no mundo todo. Onde há crise, sempre surgirá pessoas oportunistas, das quais montam para si uma imagem de salvador, quando na realidade guarda para si idéias megalomaníacas, das quais atingirá a todos, não importando qual classe ou credo.
Dirigido por David Wnendt (Feuchtgebiete), o longa tem cenas filmadas com câmeras escondidas durante uma espécie de turnê que a equipe fez com ator Oliver Masucci devidamente caracterizado. Foi nessas interações que as pessoas se mostraram mais simpáticas com o político, o que estarreceu o ator principal. Algumas acabam pondo pra fora o seu preconceito, desde serem contra os imigrantes, como também a mistura de raças e manter a raça alemã pura e intocável.
Na segunda Guerra, Hitler usava rádio e cinema para promover a sua propaganda nazista, da qual, no princípio, usava humor para agradar o povo e fazê-los com que comprassem as idéias dele. O filme então coloca Hitler amando a idéia do poder da mídia que pode lhe oferecer através da TV, assim como as inúmeras possibilidades que a internet escancara na sua frente. Isso sintetiza o poder que um político de hoje usa para adquirir audiência, através de uma mídia sensacionalista e que só se preocupa em obter audiência.
No mundo real não temos mais Hitler, mas sim pessoas do ramo político que não estão muito longe do que ele já foi um dia. Se nos EUA, a direita tem o seu artista conservador e megalomaníaco Donald Trump pronto para abocanhar a Presidência, aqui a situação do brasileiro se encontra na pior, pois Jair Bolsonaro, na ultima votação (vergonhosa) do Impeachment, defendeu a imagem de um torturador dos tempos da Ditadura e fazendo de forma escancarada propaganda pela volta daquele período. 2018 está chegando e, portanto, ficamos em alerta pelo pior que está por vir.
Com isso, mais do que uma comédia, o filme é uma metáfora sobre o espírito do cidadão de inúmeros países em crise, cada vez mais divididos entre esquerdas e direitas e nascendo então o desejo por mudanças, por vezes radical. Hitler surgindo e sem nenhuma explicação em plena Berlim atual seria talvez o desejo do povo alemão? O final dá uma idéia dessa possibilidade e fazendo a gente se chocar com o fato dela existir. 
Ele Está de Volta é um filme obrigatório, pois não só nos faz rir, mas também refletir sobre nós mesmos, pois querendo ou não, somos  responsáveis pela criação de monstros dentro do poder. 
   




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Cine Dica: Cineasta polonesa é tema de estudos na Sala P. F. Gastal

PROJETO ACADEMIA DAS MUSAS ESTUDA OBRA DE AGNIESZKA HOLLAND

No sábado, 4 de junho, às 10h30, o projeto Academia das Musas, grupo de pesquisa dedicado ao cinema realizado por mulheres, estuda na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) a obra da polonesa Agnieszka Holland, a partir do filme Uma Mulher Solteira, de 1981.

Sobre Agnieszka Holland
texto de Carla Oliveira, integrante do grupo de pesquisa Academia das Musas

A Agnieszka Holland é a mais conhecida das cineastas polonesas, embora não a pioneira. Ela nasceu em Varsóvia, em 1948, filha de pai judeu e mãe católica. Teve uma formação católica.
Seu pai era membro do Partido e foi envolvido em falsas acusações, o que o levou a cometer suicídio quando em custódia (SIC). Episódio esse marcante na vida de Agnieszka, que diz que, devido a esse passado familiar, nunca foi aceita na emblemática Escola de Lodz, a mais importante escola de cinema polonesa. Acabou estudando na também mítica FAMU, a escola de cinema de Praga, na antiga Tchecoslováquia. Diz que há no seu cinema oscilação entre o pathos polonês e a civilidade tcheca e refere como influências, dentre os cineastas tchecoslovacos, de Evald Schorm, Jan Nemec e Ivan Passer.  No período em que estudou na FAMU, foi politicamente engajada, participando das manifestações da Primavera de Praga. Fez na FAMU seu primeiro curta, Jesus Christ's Sin, uma adaptação de um conto do Babel.

Retornando à Polônia, em 1971, começou a trabalhar com os cineastas Krzysztof Zanussi e Andrzej Wajda, como assistente de direção e roteirista, respectivamente. Escreveu vários roteiros para o Wajda, considerado o seu mentor. Dentre esses, o de O Homem de Mármore, início da trilogia do Wajda sobre o Solidariedade, movimento sindical com o qual a Agnieszka se envolveu.
 Após dirigir alguns outros curtas, seu primeiro longa-metragem foi Provincial Actors (1978), um alegórico drama sobre os bastidores de uma trupe teatral. Em 1980, lança Febre, um longa sobre os revolucionários poloneses da virada do século XIX para o XX.

Uma Mulher Solteira, de 1981, foi realizado para a TV e narra a história de uma mulher de meia-idade, Irena, que mora com seu filho nos arredores de Wroclaw e se envolve com Jacek, um aposentado por invalidez. O retrato desesperado da vida dessas pessoas à margem da sociedade levou à censura e banimento do filme. É um filme típico, assim como Provincial Actors, da corrente de cinema polonês denominada Cinema de Ansiedade Moral, caracterizada por abordar os aspectos psicológicos das pessoas comuns vivendo sob o regime socialista. Personnel e Escolha Cega do Krzysztof Kieslowski, Camouflage e Iluminação do Krzysztof Zanussi e O Homem de Mármore do Wajda também são considerados como filmes dessa corrente de Cinema de Ansiedade Moral.  O Kieslowski também foi, além de amigo, uma parceria criativa da Agnieszka, mantida mesmo no exílio. A Agnieszka é roteirista do A Liberdade é Azul. Durante esses primeiros anos de carreira na Polônia, Agnieszka Holland também trabalhou como atriz. O principal filme no qual atuou (não como protagonista, a protagonista é a Krystyna Janda, premiada em Cannes) é o impressionante O Interrogatório, do Ryszard Bugajski, filmado em 1981, mas também banido e lançado apenas em 1989, com a abertura do leste. Trajetória semelhante ao Uma Mulher Solteira da Agnieszka.

Seu exílio, com emigração inicialmente para a França, foi em 1981, por ocasião da declaração de lei marcial na Polônia. Da sua carreira internacional, destacam-se os filmes indicados ao Oscar -Colheita Amarga (1985), Filhos da Guerra (1990) e Na Escuridão (2012) -, assim como as produções da Warner - Olivier, Olivier (1992) e Jardim Secreto (1993). Atualmente, também dirige séries para a TV americana (O Bebê de Rosemary, The Killing, The Wire, episódios do House of Cards...).
  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: TRUQUE DE MESTRE: O SEGUNDO ATO

SINOPSE: Após enganar o FBI um ano antes, o grupo de mágicos é forçado a se reunir mais uma vez e realizar uma nova série de golpes elaborados que culminarão na maior ilusão que já fizeram até agora.

O grande charme do filme Truque de Mestre (2013) era de sempre criar situações das quais fizesse com que ficassemos surpresos, pois no mundo da magia, a tarefa principal é sempre surpreender a pessoa que assiste. Do começo ao fim, assistimos um grupo de magicos golpistas que driblam a todo momento o FBI, mas por um bem maior. Infelizmente o fator surpresa se perde um pouco nessa sequência, pois na tentativa para deixar o filme mais facil, acabaram que deixando ele meio que previsivel.
Um ano se passou desde que grupo foi visto, mas que precisam novamente se unirem para criar um novissimo golpe e grande número. Contudo, o passado decide atormentar a equipe, mas para não cair em armadilhas, recorrem a novos aliados. A partir dai novas revelações são descobertas sobre o passado de Dylan Rhodes (Mark Ruffalo) e fazendo com que ele tenha que enfrentar os seus própios temores.
Trama, personagens e desafio na mesa, mas o fator surpresa onde está? Ele está lá, mas como ele foi usado ao máximo no filme anterior, qualquer outra revelação vista aqui se torna previsivel, para não dizer incoerente. Num determinado momento do filme, o que parecia um personagem ser aliado na realidade é vilão, ou vice versa, mas isso acaba não nos surpreendendo em nada.
Outro fato triste é o número de magicas vistas nesse filme, que acabaram se tornando escassas e sem graça. A única realmente empolgante é quando a trupe decide roubar um cartão que é peça chave da trama. É nesse momento que o cineasta Jon M. Chu (G.I. Joe - Retaliação) brinca com  a câmera e faz com que prestemos atenção a cada mudança de posição sobre onde o cartão está com os personagens. Se o filme fosse assim do começo ao fim seria então maravilhoso.
Na falta de inventar algo melhor na trama, eis que os roteiristas tem a ideia mirabolante de criar um irmão gêmeo para  um dos protagonistas, mas nem isso convence, pois a trama não possui nenhuma emoção ou desafio com relação a isso. Para piorar, devido a ausência da atriz Isla Fisher (devido a gravidez), sua personagem  foi substituida por Lula (zzy Caplan), mas que ao invez de acresentar algo de novo, sua personagem pouco tem brilho e fazendo a gente somente sentir saudades de sua sucessora. Todos esses problemas só não pioram, pois o filme tem a desencia de terminar na hora certa.
Com um final previsivel, mas dando uma pista para uma eventual sequência, Truque de Mestre: O segundo ato, mais parece o magico mister M, que dava de bandeija os segredos da magia e deixando um gosto duvidoso na boca. 

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Cine Dicas: Estreias do final de semana (02/06/16)

 Epidemia de Cores

Sinopse: O documentário narra a rotina dos participantes e coordenadores da Oficina de Criatividade ministrada no Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre. As atividades no local contam com a participação de ex-internos, moradores do hospital psiquiátrico e frequentadores interessados em arte, arteterapia ou no desenvolvimento de atividades expressivas, como pintura, bordado, escultura em argila e escrita criativa.

 

Espaço Além – Marina Abramović e o Brasil


Sinopse: A artista Marina Abramović mergulha numa jornada pelo Brasil em busca de locais de poder e de pessoas que têm um dom especial. Tudo para conhecer sobre as mais diversas curas. Ela vai até Abadiânia entender o processo do médium João de Deus, além de entender cerimônias como do chá ayahuasca e dos processos xamânicos. 

O Outro Lado do Paraíso


Sinopse: Antônio (Eduardo Moscovis) faz de tudo para conseguir dinheiro para o sustento da casa. Já trabalhou com garimpo e outros bicos e acredita ter encontrado seu lugar: Brasília. Animado com as promessas feitas pelo presidente João Goulart, Antônio muda-se para a capital com a esposa e os filhos. Mas o sonho de levar uma vida simples é interrompido com o golpe militar de 1964. 



Paz para Nós em Nossos Sonhos


Sinopse: Um homem se casou recentemente e vai passar um final de semana numa casa no campo com sua nova esposa e com a filha. Apesar de serem recém-casados, os dois têm uma relação tensa. Enquanto isso, a adolescente faz amizade com um jovem. 



Rock em Cabul

Sinopse: Um empresário musical (Bill Murray) tem sofrido para aumentar a sua agenda de clientes. Sua única cantora é uma jovem (Zooey Deschanel), que é levada por ele até ao Afeganistão para fazer um show para as tropas americanas. Num desentendimento ela some, assim como o passaporte do empresário, que é forçado a ficar no perigoso território de Cabul. Mas isso acaba lhe dando sorte, pois conhece uma garota boa de voz.

 

Uma Loucura de Mulher


Sinopse: Há 15 anos, Gero (Bruno Garcia) e Lúcia (Mariana Ximenes) fugiram para se casar. Ela desistiu da dança para apoiá-lo na carreira política. No dia do lançamento da pré-candidatura de Gero ao governo do Distrito Federal, um senador assedia Lúcia e o fato vai parar nos noticiários, ameaçando o futuro do marido, que pretende internar a mulher num hospital psiquiátrico. Lúcia acha que não está louca e busca refúgio na antiga casa do pai.

 

Uma Noite em Sampa


Sinopse: Um grupo de pessoas que vive no interior aluga um ônibus para ir à São Paulo assistir à uma peça no teatro Ruth Escobar. Ao fim do espetáculo, elas descobrem que o motorista não está e o ônibus está trancado. As pessoas não têm saída a não ser esperarem por ele. Mas é tarde da noite e eles ficam apavorados com os perigos que podem surgir como moradores de rua e um bocado de gente estranha. 



Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos


Sinopse: Warcraft, filme baseado no universo do game World of Warcraft, acompanha o conflito gerado pelo primeiro contato entre orcs e humanos, mostrando os dois lados da história. De um lado está Anduin Lothar (Travis Fimmel), o personagem principal da Aliança, que sacrificou tudo para manter salvo o povo de Azeroth, e do outro Durotan (Toby Kebbel), o principal personagem da Horda, nobre chefe do clã Frostwolf, que batalha para salvar seu povo e sua família da extinção.

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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: TUDO SOBRE VINCENT


Sinopse: Vincent é um homem calmo e solitário, que tem um grande segredo: sua força fica dez vezes maior quando ele entra em contato com a água. Mas tudo muda quando ele conhece Lucie e se apaixona.


Foi em 2000 em que X-Men: O filme foi lançado nos cinemas e que serviu de ponta pé inicial para o as adaptações de HQ de super-heróis perdurarem até hoje. Porém, no mesmo ano, M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido) lançou o seu Corpo Fechado, em que mostrava uma trama realista de um homem comum (Bruce Willis), em que descobria gradualmente que possuía força e dons fora do comum. Essa verossimilhança, dentro do gênero, de vez em quando surge em algum determinado filme e o francês Tudo sobre Vincent é o mais novo exemplo dessa tendência em mostrar pessoas comuns adquirindo poderes inexplicáveis.
Dirigido pelo estreante Thomas Salvador, o filme é protagonizado pelo próprio cineasta, em que interpreta Vincent, um sujeito que adquire força e reflexos sobre-humanos quando entra em contato com a água. Tipo calado e misterioso, de quem só podemos especular sobre o passado, Vincent leva uma vida nada glamorosa. A falta de dinheiro o faz ser despejado de um quarto e ele se sustenta trabalhando no ramo da construção civil.
O protagonista aproveita os lagos da região para entender melhor sobre seus poderes, que, ao que tudo indica, foram descobertos por ele mesmo há pouco tempo. Este movimento de autoconhecimento é colocado em curso paralelamente à possibilidade de viver uma vida comum com outra pessoa quando Vincent conhece Lucie (Vimala Pons), com quem virá a ter um relacionamento amoroso. Mas nem tudo sai como o esperado durante o percurso e Vincent terá que escolher o seu próprio caminho antes que seja tarde.
Mesmo aparentando ser uma produção barata, o filme possui todos os ingredientes que fizeram sucesso dentro do gênero. Porém, nada de efeitos visuais ou ação incessante, mas sim assistimos uma simples pessoa tentando ganhar a vida, mas que de repente se vê numa situação do qual ele pode fazer o que antes parecia impossível. A primeira meia é uma clara referencia ao Homem Aranha, pois o protagonista é gente como a gente e dá duro na vida para sobreviver.
Contudo, da metade para o final, Vincent deixa que a clássica frase “com grandes poderes vem grandes responsabilidades” bata a sua consciência e faz com que as demais pessoas da trama descubram o que ele é e começam a então caçá-lo. É nesse momento que não tem como não se lembrar dos melhores episódios da série clássica O Incrível Hulk, onde o personagem sempre fugia do governo que o via como ameaça. Percebemos então que o cineasta queria fazer uma pequena, mas deliciosa homenagem ao gênero, mas que ao mesmo tempo mostrando que, a idéia de possuir dons, não significa sempre bons sonhos e glória.
Misturando momentos cômicos com uma boa dramaticidade, Tudo sobre Vincent é uma prova que o gênero dos super seres do cinema não precisa necessariamente de efeitos visuais ensandecidos, mas sim de uma boa história e sendo muito bem dirigida. 



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Cine Dica: Projeto Raros exibe Alemanha no Outono




Na sexta-feira, 3 de junho, às 20h, o Projeto Raros exibe na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), em parceria com o Goethe-Institut Porto Alegre, o filme coletivo Alemanha no Outono (1978, 120 minutos), com episódios dirigidos por Rainer Werner FassbinderAlexander Kluge, Edgar ReitzVolker Schlöndorff, entre outros, sobre a atmosfera alemã no final da década de 1970.  Exibição em DVD com legendas em espanhol. A edição do Projeto Raros complementa a homenagem a Fassbinder com a exibição integral de Berlin Alexanderplatz, a partir do dia 31 de maio, e será comentada por Marina Ludemann, diretora do Goethe-Institut de Porto Alegre. Entrada franca.



Alemanha no Outono é um filme feito a “quente” sobre os dramáticos acontecimentos do rapto do industrial Hans-Martin Schleyer para troca com os líderes da “Facção do Exército Vermelho”, grupo político formado por Andreas Baader e Ulrike Meinhof, e a morte destes, “suicidados” na prisão.


Alexander Kluge fala sobre o filme: Outono de 1977. Quase ao mesmo tempo: o seqüestro do avião da Lufthansa em Mogadíscio, a catástrofe [com os dirigentes da Facção do Exército Vermelho presos] em Stammheim e o assassinato [do líder empresarial] Hanns Martin Schleyer. No fim de semana posterior a esses acontecimentos, encontram-se, na casa do editor Theo Hinz Rainer, Werner Fassbinder, Volker Schlöndorff, alguns outros diretores de cinema e eu [Kluge]. Combinamos de fazer um filme em conjunto. Há comoção no ar. Três dias depois, Fassbinder já tinha rodado sua parte. Nós, os outros cineastas, fomos a Stuttgart, para os funerais de Schleyer e seu enterro no cemitério Dornhalden. Beate Mainka-Jellinghaus e eu ficamos encarregados de fazer a montagem de todo o filme. Esse tipo de filme coletivo é uma continuação coerente do filme de autor. Ele permite a mistura de temperamentos, aglutina forças e põe em marcha vários outros filmes (na seqüência, Fassbinder filmou A terceira geração, e eu, A patriota).

Marina Ludemann, nascida em Bochum, Alemanha, estudou Letras/Alemão (Germanistik) em Tübingen e Hamburgo, foi redatora do jornal de economia Zeitung für kommunale Wirtschaft em Munique. Desde 1989 atua no Goethe-Institut, onde ocupou os seguintes cargos: professora em Berlim, Diretora do Departamento de Programação Cultural em São Paulo, Diretora do Programa de Visitas do Goethe-Institut na Alemanha, Coordenadora do Departamento de Cinema na Central do Instituto em Munique e desde 2013 Diretora do Goethe-Institut Porto Alegre.

Alemanha no Outono
(Deutschland im Herbst, 1978, DVD, 119 min,
Direção: Alexander Kluge, Volker Schlöndorff, Rainer Werner Fassbinder, Alf Brustellin, Bernhard Sinkel, Katja Rupe, Hans Peter Cloos, Edgar Reitz, Maximiliane Mainka, Peter Schubert
Elenco: Rainer Werner Fassbinder, Armin Meier, Liselotte Eder, Hannelore Hoger, Helmut Griem, Wolf Biermann, Horst Mahler, Vadim Glowna, Angelika Winkler, Franziska Walser e outros
Locução: Alexander Kluge 
Legendas em espanhol.

  


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