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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Cine Curiosidade: Diário de uma Busca segue em cartaz com sucesso

 Diário de uma Busca entrou em cartaz na nossa capital no inicio desse mês com sucesso na sala Cinebancários. Abaixo segue matéria (fonte: Imprensa SindBancários) e foto tirada pelo Cristiano Estrela na noite de estreia, (detalhe: Estou atrás do nosso ex governador Olívio Dutra).


Sessão de pré-estreia de Diário de uma Busca
 atrai grande público.
Fonte: Imprensa SindBancários Foto:  Cristiano Estrela


A pré-estreia nacional do filme Diário de uma Busca lotou o CineBancários na terça, dia 2. A sessão, seguida por debate com a diretora do filme, Flávia Castro, o deputado estadual Raul Pont e Flávio Koutzii, foi prestigiada por um grande público. O filme segue em cartaz na sala até o dia 21 de agosto, em três sessões diárias: às 15h, 17h e 19h. Ingressos a R$ 5 para o público em geral e R$ 2,50 para idosos, estudantes, bancários e jornalistas sindicalizados e funcionários do GHC.
Diário de uma Busca tem como ponto de partida a morte do pai da diretora, o Militante Celso Afonso Gay de Castro, encontrado baleado dentro de um apartamento. O documentário mostra Flávia na busca por respostas sobre o que aconteceu: os laudos da polícia são contraditórios e afirmam que o pai se suicidou motivado por um assalto que não deu certo. Mas, como define Flávia, o resultado de Diário de uma Busca não é um filme "sobre morte”. “Logo que eu iniciei os trabalhos no roteiro, comecei a me interessar pela trajetória dele e vi que não fazia sentido falar na morte sem primeiro contar como foi a vida do pai”, explica a diretora. Flávia também refaz a trajetória de Celso no exílio, durante o regime militar, e percorre diversos países e cidades brasileiras. “Quero dividir, compartilhar o pai que eu conheci”, afirma Flávia.
O resultado é um filme extremamente pessoal, premiado no Festival de Gramado, Rio, Biarritz e Punta Del.

Cinebancários
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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Cine Especial: John Carradine: QUEM???


Quando se fala em Drácula, a primeira coisa que se vem em mente, é de seus principais interpretes do cinema, como no caso de Bela Lugosi (era Universal) e Christoffer Lee (era Hammer). Isso fora outros interpretes que, se por um lado não ficaram tão famosos como os dois titãs já citados, pelo menos renderam incríveis desempenhos, como Gary Holman (Drácula: De Bram Stoker) e do genial Klaus Kinski (Nosferatu de 1979). Mas nestes dias, estava vendo os ótimos documentários de Drácula: De Bram Stoker e Francis Ford Coppola chegou num ponto de uma das entrevistas, dizendo que a maioria dos filmes sobre Drácula, nenhum era realmente fiel, muito menos os seus interpretes se comparado ao livro e o que mais chegou perto das caracteristicas do personagem (visualmente) foi John Carradine. QUEM???
O primeiro nome não, mas o sobrenome é bem familiar não acham? Pois John Carradine foi pai de ninguém menos que David Garradine (Kill Bill) e que até a metade da década de 40, atuou por duas vezes como o famoso vampiro, nos títulos A Casa de Frankenstein (1944) e sua seqüência A Casa de Drácula (1945), ambos do diretor Erle C. Kenton e que eram filmes para alavancar mais dinheiro para o estúdio da Universal, que estava vendo sua cine serie de monstros decair com o tempo e com isso, tiveram a idéia brilhante de reunir as principais criaturas do estúdio. Mas com a produção meio precária e roteiro cheio de furos, as duas produções, meio que ficaram esquecidas pela maioria do publico e somente lembradas mais pelos cinéfilos de olhar mais atento como Coppola. Indo na opinião dele, fui conhecer o ator nestas duas produções. No primeiro (o melhor dos dois) Carradine aparece como o personagem, mas como um mero coadjuvante e seu desempenho fica completamente ridículo se comparado ao mestre Boris Karloff que interpreta um cientista louco em cena e que é a melhor coisa do filme. Já A Casa de Drácula, ele tem muito mais destaque (como o titulo sugere), mas é meio que prejudicado pela produção precária e um roteiro que salta a vista a falta de idéias criativas. Carradine em si, até que se esforça, passando um ar charmoso, misterioso e com um olhar maquiavélico quando quer hipnotizar suas vitimas, mas que fica meio caricato, se comparado a Bela Lugosi que havia feito o mesmo personagem anos antes.
Fora isso, Carradine teve sorte de participar de duas grandes obras primas de John Ford que foram As Vinhas da Ira e No Tempo das Diligencias. O ator viria a falecer aos 82 em 1988. Ao morrer deixou cinco filhos, dos quais quatro também atores: David Carradine, Keith, Robert e Bruce. A neta de John e filha de Keith, Martha Plimpton também seguiu a carreira de atriz.
Pode nao ter sido um dos melhores Draculas, mas teve seu desempenho lembrado, graças aos cinefilos de plantam, que sabem escavar certas reliquias do passado como Francis Ford Coppola bem soube fazer. Cinefilo fominha como eu e que adora vasculhar um pouco da era de ouro do cinema, tenho mais que agradecer.


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Cine Dicas: Estréias neste final de semana (05 08 11)

Tamo ai gente. Chegamos ao primeiro final de semana de agosto e com boas estréias no cinema. A principal delas é (não poderia ser diferente) Melancolia, o mais novo filme do genial diretor Lars Von Trier. Eu estarei amanhã às 10 horas da manha no cine Unibanco Arteplex 8 participando da sessão com debate sobre o filme, organizado pelo cineclube Zero Hora. Portanto aguardem para breve minha critica sobre o filme e para aproveitar o embalo da estréia, deixarei aqui em breve minhas criticas de outros filmes do diretor. Também destaco a chegada do elogiado Vênus Negra, produção francesa que deu o que falar por onde passou.
Mas como não poderia ser diferente, temos a estréias para as massas (onde o alvo principal é as crianças) que é os Smurfs, que a meu ver, nada mais é do que um filme que não chega aos pés da obra original (amava o desenho) e que somente servira para vender bonequinhos do Mclanche Feliz (assassinos da saúde e que deixam nossas crianças cada vez mais burras).
Lembrando também que segue em cartaz o filme Diário de Uma Busca em nossa capital e que merece ser visto também neste final de semana.

Confiram as estréias:

Melancolia
Sinopse: O tempo só serviu para afastar as irmãs Justine (Kirsten Dunst) e Claire (Charlotte Gainsbourg). Nem o casamento entre Justine e Michael (Alexander Skarsgrd) serve como desculpa para aproximá-las e depois da cerimônia Justine começa a ficar triste e melancólica. Quando o anúncio sobre a colisão da Terra com outro planeta chega ao conhecimento as reações são bem diferentes. Justine está conformada enquanto o desespero do iminente fim apavora Claire.



Diário de uma Busca
Sinopse: Celso Afonso Gay de Castro morreu aos 41 anos, em Porto Alegre. Exilado pela ditadura militar brasileira, ele percorreu Argentina, Venezuela, Chile e França, sempre carregando consigo sua família. Só que sua repentina morte jogou por terra o ideal político existente.(leia minha critica clicando aqui).


Vênus Negra
Sinopse: Paris, 1817. Diante do corpo de Saartjie Baartman (Yahima Torres), o anatomista Georges Cuvier (François Marthouret) diz que jamais tinha visto uma cabeça humana tão parecida com a dos macacos. Uma plateia composta por cientistas aplaude a constatação. Sete anos antes, Saartjie deixa a África do Sul como escrava de Hendrick Caezar (Andre Jacobs), sendo obrigada a se exibir em feitas de aberrações de Londres.


Não se Preocupe nada vai dar Certo
Sinopse: Lalau viaja pelo Brasil se apresentando com um show de piadas. Seu pai Ramon também é um comediante do show e empresário do filho. Certo dia Lalau recebe uma proposta milionária para usar seus talentos e fingir ser um famoso Guru em uma palestra motivacional. Ele aceita a proposta mas algo dá errado e Lalau precisa mais uma vez da ajuda de seu pai que nas situações mais complicadas solta o velho bordão: Não se preocupe nada vai dar certo.



Quero matar meu chefe
Sinopse: Para Nick Kurt e Dale a única coisa que poderia tornar o cotidiano monótono um pouco mais tolerável seria transformar seus chefes intoleráveis em fumaça. Pedir demissão não é uma opção e assim com a ajuda de alguns drinques além da conta e do conselho duvidoso de um ex-detento malandro três amigos bolam um plano complicado e aparentemente à prova de falhas para se livrarem de vez de seus empregadores.


Os Smurfs
Sinopse: Gargamel descobre o povoado mágico dos Smurfs e faz com que eles se dispersem na floresta. Desastrado pega o caminho errado e seguido por outros entra na gruta proibida que os leva para o Central Park. Voltar para casa é cada vez mais complicado já que Gargamel os persegue por isso os Smurfs resolvem se esconder e são protegidos por um casal.

 

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cine Especial: Lars Von Trier: ATO E CONSEQUENCIA

A CRIAÇÃO DEVE SER JULGADA PELOS ATOS DO CRIADOR?
Neste sábado estarei participando de uma sessão com debate sobre o mais novo filme de Lars Von Trier, Melancolia. É claro que no debate será inevitável não falar sobre a polemica que o diretor soltou falando sobre judeus, alemães e Hitler no ultimo festival de Cannes. Eu nem vou me estender sobre isso, já que isso foi discutido em todos os cantos do mundo (inclusive citado no ultimo curso de cinema que eu participei sobre os irmãos Coen), o que eu quero falar aqui, é que não se deve julgar um filme pelos atos de uma pessoa envolvida no projeto, seja ele diretor ou ator, é preciso separar as coisas. Melancolia pelo visto, chegara aos nossos cinemas sem que ninguém meta o bedelho no assunto (tomara), diferente do que aconteceu na Argentina, onde a distribuidora acabou desistindo do filme depois do que aconteceu em Cannes, sendo que isso não faz nenhum sentido. Seria o mesmo que não querer exibir os filmes de Wood Allen, Roman Polanski e de Mel Gibson devido aos tropeços que eles sofreram (ou provocaram) na vida. O caso que eles são seres humanos que inevitavelmente estarão vulneráveis a quaisquer problemas que surgem no decorrer do seu dia a dia e não podemos simplesmente julgá-los por às vezes eles não saberem administrar as conseqüências perante a imprensa fominha, louca para uma polemica para publicar nos jornais.
Lars Von Trier é a bola da vez, mas desejo que ele de a volta por cima e consiga fazer novos filmes. Se conseguiu fazer o genial Anticristo numa época que estava na maior depressão, então ele conseguirá de novo, pois o meu desejo é sempre ter o prazer de assistir um filme no mínimo inusitado e nisso, Lars Von Trier tem de sobra em sua mente, para por para fora e joga-las nas telas do cinema. .
Abaixo, segue minhas critica de dois grandes filmes dele e em breve postarei mais sobre os seus filmes. Cliquem nos títulos e boa leitura.

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Cine Curiosidade: HQ para o Cinema: O que está rolando nesse momento?


Como sou fã de HQ, também fico a par com que esta rolando com as adaptações para o cinema. Abaixo, segue as principais novidades.

PRIMEIRA IMAGEM DO MAIS NOVO SUPERMAN
O que eu acho? Olha, eu gosto muito do universo que Richard Donner criou para o mundo do Superman para o cinema, tanto é, que essa visão se estendeu para as HQ. Mas foi exatamente esse ponto que prejudicou um pouco Superman: O Retorno, de Brian Singer, de ter ficado preso aquela visão, não ter tido uma personalidade própria e nada mais era do que uma readaptação do primeiro filme.
Agora, coisa nova realmente ira pintar nesse novíssimo filme, pois o roteiro é de David Goyer,  produtor é Christopher Nolan, (ambos responsáveis por terem criado dois filmes impecáveis estrelados pelo Batman) e dirigido pelo Zack Snyder, que já é alguém que está bem familiarizado com as adaptações de HQ para o cinema como 300 e Watchmen.
Se isso já não é o suficiente, o visual do personagem acima (encarnado pelo ator Henry Cavill) só deixa a vontade aumentar cada vez mais para assistir essa nova adaptação em 2013. Agora convenhamos, como é que eles irão substituir a trilha insubstituível de John Willians?



TRAILER de BATMAN:
 O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE.
O que eu acho? O trailer mantém o mesmo clima de seriedade que os filmes anteriores possuem. Agora, achei desapontador terem escolhido Bane como um dos principais vilões, sendo que é um personagem que teve um inicio até promissor nas HQ (foi ele que deixou Batman paraplégico), mas que virou personagem medíocre ao longo dos anos. Mas como Nolan até agora não me decepcionou, é de se esperar no mínimo algo de interessante na adaptação do personagem para o cinema. Lembrando que esse filme ira  fechar a trilogia e o próprio diretor deixou bem claro que deixara o universo do personagem de uma forma que, caso o estúdio queira fazer novos filmes com o homem morcego, terá que começar tudo do zero. Será que veremos a morte do próprio herói nas telas? Será que a própria Gothan será destruída como é sugerida no trailer? Só ano que vem saberemos.

TRAILER DO NOVO HOMEM ARANHA
O que eu acho? Gostei muito de Andrew Garfield no filme a Rede Social e ele tem toda a pinta de um nerd, apesar de já aparentar uma idade meio avançada. O que eu acho ruim, é que esse reboot do personagem nas telas, vai estrear quando a trilogia original ainda esta fresca na mente da maioria das pessoas e Marc Webb é inexperiente em filmes de ação (ele fez 500 dias com ela). Mas tudo é possivel, então é esperar para ver.


TRAILER DOS VINGADORES
O que eu acho? Enquanto a Warner/DC quebra a cabeça em tentar uma forma de expandir o univeso de seus super herois em seluloide, a Marvel prova que esta fazendo seu dever de casa muio bem, com filmes, que se por um lado não são nada revolucionarios, por outro, não ofendem a inteligencia de ninguem e oferece boas historias de aventura, principalmente o ultimo Capitão America: O Primeiro Vingador. Vendo o trailer do aguardadissimo Vingadores, é de se imaginar os chefões concorrentes espumando de raiva e de inveja por não conseguirem até agora uma forma de levar uma adaptação da Liga da Justiça para o cinema.


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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: Diário de uma Busca

Sinopse: Celso Afonso Gay de Castro morreu aos 41 anos, em Porto Alegre. Exilado pela ditadura militar brasileira, ele percorreu Argentina, Venezuela, Chile e França, sempre carregando consigo sua família. Só que sua repentina morte jogou por terra o ideal político existente.
Não e fácil montar um quebra cabeça de vários fatos de quando se era criança, mesmo quando a vida dessa, era um tanto que diferente da vida de outras crianças. Mas persistente como é, Flávia Castro foi a fundo, entre fatos e meia verdades sobre vida do seu seu pai, Celso Castro, que morreu de causas ainda hoje misteriosas em Porto Alegre em 1984. O interessante, é que o documentário não se prende ao caso policial em si, e sim nas lembranças, pelo olhar ainda inocente de Flavia, nos anos que ela e sua família ficavam passando de país em país, num tempo em que boa parte dos países Sul Americanos vivia em conflitos e golpes políticos e tendo como o foco, as descrições bem definidas do seu dia a dia, como quando ficava por dias isolados em um único quarto enquanto o mundo prosseguia no outro lado da janela.
Os depoimentos de familiares e pessoas ligadas a Celso são outro ponto chave do filme, pois são por eles, que temos uma definição de como ele era, não como um guerrilheiro ou revolucionário, mas como um homem comum e com seus defeitos. Agora o que levou a sua morte, qual é o seu verdadeiro significado, isso o filme não responde, e sim, é o próprio espectador que deve tirar suas próprias conclusões. Portanto o filme termina e Flavia nos da às costas, mas a historia processe em nossas mentes, sendo essa (talvez) a principal intenção da diretora.

Em Cartaz:  CineBancários: Rua General Câmara, nº 424 - Centro, Porto Alegre / RS


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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: CAPITÃO AMERICA: O PRIMEIRO VINGADOR

UMA OTIMA HOMENAGEM AOS BONS TEMPOS DOS FILMES DE AVENTURA DE ANTIGAMENTE    

Sinopse: 2ª Guerra Mundial. Steve Rogers (Chris Evans) é um jovem que aceitou ser voluntário em uma série de experiências que visam criar o supersoldado americano. Os militares conseguem transformá-lo em uma arma humana, mas logo percebem que o supersoldado é valioso demais para pôr em risco na luta contra os nazistas. Desta forma, Rogers é usado como uma celebridade do exército, marcando presença em paradas realizadas pela Europa no intuito de levantar a estima dos combatentes. Para tanto passa a usar uma vestimenta com as cores da bandeira dos Estados Unidos, azul, branca e vermelha. Só que um plano nazista faz com que Rogers entre em ação e assuma a alcunha de Capitão América, usando seus dons para combatê-los em plenas trincheiras da guerra.
Até metade da década de 80, os personagens de HQ (no caso, super heróis) passavam para o leitor historias muito bem definidas, ou seja, não existia essa ambigüidade que há atualmente tanto nos quadrinhos como no cinema, mau era mau bem era o bem. Mas foi a partir da metade daquela década que foi introduzido bastante o lado psicológico dos personagens que fizeram deles mais humanos e próximos ao mundo real. Mas existem ainda pessoas atualmente que sentem falta de uma época onde tudo era um pouco mais claro e simples, e com a chegada de Capitão America: o Primeiro Vingador é voltar a sentir o gosto dos bons e velhos tempos da era de ouro, tanto dos bons e velhos filmes de antigamente, como das HQ mais inocentes.
Porém, o diretor Joe Johnston (Lobisomem) fez a lição de casa ao criar a origem do protagonista de uma forma não rápida, mas gradual e humana, para que o espectador tivesse tempo para se familiarizar com o personagem. E para nossa sorte, Chris Evans, (que se a principio havia sido bastante criticado por ter sido escolhido), soube muito bem passar inocência e doçura do personagem, com o qual, consegue ganhar a nossa simpatia facilmente. Vale salientar, que o ator também passou por um duro treinamento físico para ficar com o corpanzil que o personagem possui. Portanto, é um choque vê-lo transformado se comparado quando ele era pequeno e bem magro no inicio da trama (nesta parte, auxiliado a incríveis efeitos especiais que deixam o Curioso Caso de Benjamin Burton no chinelo).
Fora o ator, o que muito se temia desse filme também, é que ele se tornasse uma propaganda sobre o poderio americano, mas essa idéia se desfaz quando lá no meio da historia, vemos o personagem passando pelo ridículo ao se tornar mero personagem propaganda do governo. Esse momento nada mais é do que uma critica bem humorada (e vergonhosa) das maneiras absurdas que o governo norte americano da época fazia para adquirir dinheiro para combater na guerra. Com isso, o personagem que foi criado a exatos 70 anos para se tornar um símbolo para levantar a moral dos soldados da época, também escancara a hipocrisia escondida por baixo da camada mais inocente daquele tempo.
E como eu disse no inicio do texto, o filme é um retorno aos bons tempos de filmes de aventura de antigamente, principalmente quando remete a exemplos como os filmes de Flash Gordon, onde os vilões usam armas lasers para tentar eliminar os mocinhos e as cenas de ação (apesar de não serem muitas) satisfazem o espectador à procura de boa diversão. E é claro que um bom filme também não funcionaria se não tivesse uma boa dose de bons coadjuvantes e isso o filme tem aos montes. Ao começar pela mocinha durona (e par romântico do herói) Peggy Carter, interpretada com elegância e firmeza pela atriz Hayley Atwell, e que eu espero poder vela mais em seguida em outros filmes.Tommy Lee Jones faz as pazes com uma adaptação de HQ (ele havia atuado como Duas Caras no horroroso Batman: Eternamente) e faz de seu personagem coronel Chester Phillips, um ser durão com ar de autoridade, mas não menos divertido, com piadas curtas, rápidas mas certeiras. E por fim, Hugo Weaving (Matrix) nasceu para ser o maquiavélico Caveira Vermelha, pois o ator transmite o ar de maldade no olhar a torto e a direito, mesmo em momentos onde ele fala frases de efeitos no mínimo que inocentes para os padrões atualmente mas que combinam com a proposta que o filme quer passar.
Embora o ato final seja um tanto que ligeiro em tentar finalizar certos pontos na historia, Capitão America: O Primeiro Vingador cumpre a sua missão que é acima de tudo entreter o espectador com quase duas boas horas de aventura na moda antiga e prova que velhas formulas podem sim serem revistas e muito bem vindas para as novas gerações, que por vezes, estão cansadas de ver filmes de ação exagerados e com efeitos especiais enjoativos e descartáveis.

Curiosidade: Hugo Weaving baseou o sotaque alemão de seu personagem, o Caveira Vermelha, no diretor Werner Herzog e no ator Klaus Maria Brandauer;