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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Me Chame pelo Seu Nome



Sinopse: O jovem Elio está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda com a chegada de Oliver, um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai.


Inspirado no livro de André Aciman, Me Chame Pelo Seu Nome foi um inesperado sucesso nos festivais por onde passou, como no caso de Toronto em 2017. Por esse reconhecimento, o filme se torna um dos fortes candidatos ao Oscar deste ano e motivos é o que não faltam. Basta, por exemplo, testemunharmos as atuações de Timothée Chalamet e Armie Hammer (A Rede Social), sendo que o último vem sendo apontado como uma das maiores revelações desse ano.
Sendo rotulado como apenas um rosto bonito do cinemão americano, Hammer surpreende numa atuação elegante, eficiente e fazendo com que o seu personagem Oliver nos conquiste já na primeira cena. Porém, o filme também nos brinda com outra grande revelação do ano que é Timothée Chalamet, que em breve o veremos novamente em Lady Bird e aqui demonstra maturidade como poucos para a sua idade. O filme basicamente é sobre a jornada de descobertas na juventude, onde a ingenuidade da pessoa dá lugar ao amadurecimento gradual perante sentimentos que dos quais talvez até mesmo desconhecesse.
Dirigido pelo cineasta Luca Guadagnino (100 Escovadas Antes de Dormir), o filme se passa no início dos anos 80, interior da Itália, onde Elio e sua família passam uns tempos de férias ao redor de muita cultura e natureza viva do local. O pai de Elio, vivido por Michael Stuhlbarg (A Chegada), é um veterano em termos de cultura grego-romana. Ele recebe o seu ex aluno Oliver (Hammer) para ajudá-lo em uma pesquisa e trocarem algumas ideias criativas. Oliver e Elio se aproximam e percebem que tem muito mais em comum do que imaginam.
Para começar, o filme não pode ser simplesmente rotulado como mais um romance Lgbt. A relação de Elio e Oliver, por exemplo, começa com uma amizade genuína, onde acaba por influenciar o primeiro a encontrar outras experiências e sair de sua rotina do qual passava. Além de se dedicar ao universo da música pelas teclas de um piano, há também uma realidade que até mesmo ele desconhecia e fazendo com que se questione se deve ou não seguir em frente para explorá-la.
Mas embora a relação de Elio e Oliver seja a alma do filme, o ato final nos brinda com um momento inesperado vindo do pai de Elio. O ator Michael Stuhlbarg nos brinda com um personagem cheio de camadas ao longo do filme, mas que bastaram poucos minutos numa determinada cena para que ele se revelasse por completo a verdadeira faceta do seu personagem e nos brindando no que, talvez, seja a melhor atuação do filme. No diálogo entre pai e filho se tira um bom exemplo de um amor paternal, onde no amadurecimento complexo da juventude, se pode conseguir sim o ombro solidário de um pai que sabe se colocar no lugar do filho.
Indicado a 4 Oscars (incluindo melhor filme)  Me Chame pelo Seu Nome não é somente sobre aceitar como você é como também viver cada experiência que a vida lhe dá e sem se julgar mas sim somente viver.  


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