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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 7 de março de 2017

Cine Especial: Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial: Parte 1



Nos dias 11 e 12 de março eu estarei participando do curso de cinema Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e professora nas áreas de Análise, Teoria, Crítica e História do Cinema Fatimarlei Lunardelli. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei falar um pouco desse cineasta que, através dos seus filmes, soube prestar homenagem ao melhor da história do cinema Italiano e do seu próprio país.  
 
 Nós Que Nos Amávamos Tanto (1974)



Sinopse:Três italianos, Gianni (Vittorio Gassman), Nicola (Stefano Satta Flores) e Antonio (Nino Manfredi) se tornam muito amigos durante o ano de 1944 enquanto combatem os nazistas. Cheio de ilusões, eles se estabelecem depois da guerra. Os três amigos idealistas precisam lidar com a inevitável desilusões da vida no pós-guerra da Itália.
Nós que nos Amávamos Tanto é uma das obras máximas de Ettore Scola. O filme retrata trinta anos na história da Itália (1945-1975) e na vida de três grandes amigos: Gianni, Antonio e Nicola. Da resistência à ocupação nazista ao engajamento político nos anos 60, acompanhamos as aventuras, desventuras e desilusões amorosas de uma geração que sonhava em mudar o mundo. Com uma linda homenagem a Federico Fellini, Nós que nos Amávamos Tanto tem como destaque ainda as atuações memoráveis de Vittorio Gassman, Nino Manfredi e Stefania Sandrelli. Um filme para ver e rever muitas vezes.

 

Feios, sujos e malvados (1976)


Sinopse:Roma, Itália. Giacinto Mazzatella (Nino Manfredi) vive em um barraco com sua esposa, dez filhos e diversos outros parentes. Devido ao pouco espaço disponível, eles dormem praticamente um ao lado do outro. Giacinto guarda uma boa quantia em dinheiro mas, temendo ser roubado, sempre o mantém escondido. Isto irrita sua família, que não pode usá-la para melhorar um pouco de vida. A situação chega ao limite quando Giacinto leva para casa sua amante, o que faz com que a família passe a planejar seu assassinato.
Resistindo com vigor à passagem do tempo, Feios, Sujos e Malvados traz uma visão claustrofóbica e cruel da miséria revelada com frescor político e social. Ettore Scola é um cineasta de características neo-realistas, com abordagem crítica da realidade italiana, cuja maestria fílmica transforma a produção em obra envolvente para todos os espectadores. O elemento que serve de guia para dinamizar o enredo é a relação conflituosa dessa família extremamente pobre.
Nesse aspecto, outros aspectos são tratados como a questão da violência doméstica, o machismo, a banalização da vida e a idéia do individualismo. Embora fosse uma família o único momento em que há uma “confraternização” digna desse nome é o almoço com Giacinto em que todos se reúnem para uma macarronada em que pese a do velho estivesse temperada com veneno de rato. Cenas que traduzem em cinema a  brutalizarão do homem pelo homem, e a violência indistinta entre os membros da família. 
O filme convida também a uma reflexão por analogia. Ele ensina que seja na Itália da década de 70, seja nas favelas do Brasil do século XXI, essa realidade persiste intocada. E a resposta da sociedade também se mantém a mesma, isto é, repressão, estigmatizarão social e descaso político.

 

Inscrições para atividade cliquem aqui.


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