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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: La La Land - Cantando Estações



Sinopse: Em Los Angeles, Sebastian (Ryan Gosling) é um pianista de jazz cheio de marra e vaidoso que acaba se apaixonando por uma atriz aspirante, a sonhadora Mia (Emma Stone). Mas esse amor passa por várias provações, já que começam a se dedicar mais e mais ao trabalho à medida em que vão se tornando bem-sucedidos.


Para mim, pelo menos, Whiplash: Em Busca da Perfeição, está entre os melhores filmes dos últimos dez anos. Mesmo com pouca idade, o cineasta Damien Chazelle fez um trabalho de veterano, onde a dualidade entre professor e aluno, faz com que a obra tenha alma própria. Embora não tenha a mesma magnitude, La La Land - Cantando Estações é uma carta de amor a era de ouro do cinema e uma bela homenagem ao universo do jazz.
O filme começa num dia ensolarado, mais precisamente em uma rodovia que dá para Los Angeles, a cidade para aqueles que procuram o estrelismo. Em meio a esse transito, há Mia (Emma Stone) uma garçonete que participa sempre de testes para elenco e Sebastian (Ryan Gosling) um pianista do jazz, que sonha inaugurar sua própria casa noturna e da qual ficará sempre tocando sua amada música. Ambos acabam se cruzando no decorrer do tempo e iniciando uma história de amor, em meio a desejos, sonhos e obstáculos.
Nos últimos tempos, os estúdios americanos têm tentado revisitar o bom e velho cinema de antigamente como, por exemplo, O Artista e A Invenção de Hugo Cabret, onde retratam um período em que a sétima arte estava a recém engatinhando. Embora não seja um filme que retrate esse período, La La Land usa todos os ingredientes de como se fazia um bom cinema, onde os velhos artifícios possuíam alma e não dependia tanto da área tecnológica. O resultado é um filme nostálgico, onde emana um período mais inocente e do qual os sonhos pareciam ser mais fáceis de serem realizados.
Com uma fotografia de cores quentes, alinhado com uma montagem elegante e com  planos sequências arrebatadores, faz da Los Angeles de hoje vista no filme se transformar numa cidade como ela era antigamente,  como se ela jamais tivesse mudado, mesmo com todas as mudanças ao longo das décadas. Talvez a magia do musical, do qual está espalhado em todo o decorrer do filme, faz com que aceitemos facilmente essa proposta do roteiro, já que ás músicas nos empolga no princípio, mesmo que a maioria das letras a gente não se lembre muito quando saímos da sala. Porém, a trilha sonora instrumental da obra quando tocada, principalmente quando o casal central se encontra em cena, é aquele tipo de trilha da qual ficamos cantarolando após a sessão.
Claro que, embora com toda essa criatividade vinda da parte técnica, o filme não funcionária se o casal central não convencesse em cena. Mas eles não só nos convencem, como também torcemos por eles, mesmo quando advínhamos o que acontecerá em seguida. Por ser uma trama simples, o segundo e terceiro ato final acabam soando um tanto que previsíveis, mas tudo sendo contornado por uma boa direção, técnicas de filmagens impecáveis e um casal central dando tudo de si.
A química de Emma Stone (Birdman) e Ryan Gosling (Drive) é ótima em cena, seja quando ambos estão dialogando ou simplesmente dançando e sabendo seguir o ritmo um do outro. Tendo trabalhado juntos em filmes como Caça aos Gângsteres, Stone e Gosling já haviam provado boa parceria juntos, mas nunca em um grau tamanho como esse e nos brindando em cenas inesquecíveis: a sequência de ambos no planetário (homenagem explicita a Juventude Transviada) talvez seja o ápice do filme como um todo.
Com belas homenagens que vão desde Casablanca, Cantando na Chuva e até mesmo Oito e Meio, La La Land - Cantando Estações pode até não mudar a vida de ninguém, mas consegue o feito de nos transportar para um conto, do qual a realidade é cheia de cores e que a chave para a felicidade pode estar muito mais perto do que se imagina. 


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