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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: Visita ao Inferno



Sinopse: Werner Herzog e o vulcanólogo Clive Oppenheimer embarcam em uma jornada global para explorar alguns dos vulcões mais míticos do mundo na Indonésia, Etiópia, Islândia e Coreia do Norte. Falando com os cientistas e os povos indígenas, eles buscam entender a relação complexa e profundamente enraizada.

A palavra “limite” não se encontra no vocabulário de Herzog, pois cada filme do qual ele faz, ele desafia a potência da natureza frente a frente e fazendo a gente até mesmo temer pela sua vida. Esse temor nós já tínhamos sentido no ótimo documentário Homem Urso, do qual mostrava os últimos dias de vida de um jovem apaixonado pelos ursos selvagens, mas que acabou sendo morto pelos próprios. Em Visita ao Inferno, Herzog, ao lado do vulcanólogo Clive Oppenheimer, visita diversos pontos do globo, onde eles encaram vulcões assustadores e que, devido as suas magnitudes, influenciam o modo de pensar dos seus habitantes.
No decorrer da obra, presenciamos o cineasta e o vulcanólogo a beira dos vulcões entrando em erupção. A cada cena que é passada testemunhamos a magnitude da força da natureza, nos brindando com um verdadeiro show de cores, mas ao mesmo tempo nos fazendo temer perante a sua magnitude e fazendo a gente se dar conta de como somos impotentes perante algo vindo do desconhecido no fundo da terra. Com cenas de arquivos, assistimos as consequências de cada erupção, como se fosse um verdadeiro filme catástrofe, mas assustadoramente verídico.
Ao mesmo tempo, a dupla entrevista pessoas que habitam esses lugares instáveis e testemunhamos suas culturas que nasceram a partir desses vulcões e suas consequências. Cada vilarejo com a sua crença, criando então uma mitologia rica, mesmo que soe para alguns que assistem como algo inverossímil. Ao mesmo tempo, testemunhamos também paleontólogos escavando um deserto, onde são encontrados restos de nossos ancestrais e levantando inúmeras hipóteses de como os vulcões afetaram o dia a dia dos primórdios do homem.
Mas o ápice do filme está mesmo pelo fato de quando a dupla vai visitar os vulcões da Coréia do Norte. Sendo um país fechado do resto do mundo, esse momento do documentário os vulcões ficam em segundo plano, pois sábio como ninguém, Herzog aproveita para registrar a cultura, o dia a dia das pessoas, de que maneira a política influência esse povo e nos surpreendendo com imagens poucas vezes vistas em outras mídias. Ponto para o cineasta que, graças a sua lábia, fez o que poucos chefes de estado não conseguem fazer atualmente.
Com um final pessimista, do qual nos sentimos pequenos perante essas forças descomunais espalhadas pelo globo, Visita ao Inferno é um registro histórico do poder vindo de baixo da terra e provando que temos ainda muito que aprender sobre a sua majestosa magnitude.
 


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