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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Cine Especial: Boca do Lixo nos tempos da Pornochanchada: Parte 2




Nos dias 17 e 18 de Setembro, eu estarei participando do curso Boca do Lixo nos tempos da Pornochanchada, criado pelo Cine Um e ministrado pelo jornalista Cassiano Scherner. Enquanto os dias da atividade não chegam, eu irei por aqui relembrar um pouco desses filmes, que atraiam milhares pessoas para o cinema e que posteriormente fazia um grande sucesso nas noites de domingo no SBT.  
 

 As Cangaceiras Eróticas (1974)



Sinopse: Filhas de um cangaceiro morto pela polícia são escondidas num orfanato. Quando as duas viram adultas, partem para a vingança usando a melhor arma que conseguem: o sexo.

As Cangaceiras Eróticas foi a primeira parceria de Sonia Garcia (Obsessão Maldita) com o cineasta Roberto Mauro, cineasta carioca radicado na Boca, onde realizou inúmeras comédias. O filme também foi estreia da atriz de Helena Ramos, em 1974, e no mesmo ano participou de mais três trabalhos. Até 1984, data até agora de seu último filme, Volúpia de mulher, a atriz construiu uma carreira ininterrupta, chegando a filmar uma média de cinco títulos por ano.
Neste que é o seu segundo longa metragem, Roberto Mauro faz um tipo de comédia que iria desenvolver nas produções seguintes, com muita mulher despida e diálogos maliciosos e de duplo sentido. 
    

Lilian M: Relatório Confidencial (1975) 

Sinopse:Narrativa fragmentada e autoral que conta a história da vida da protagonista e seus amantes, por meio do depoimento da própria personagem. Maria deixa o campo, abandonando marido e filhos, e na cidade muda seu nome para Lilian. Da apatia, ela empreende uma trajetória de progressiva liberação sexual, reinventando para si uma nova identidade.

O filme foi dirigido por Carlos Oscar Reichenbach Filho (1945 - 2012). Com um ano de idade veio morar em São Paulo. Cursou a Escola Superior de Cinema São Luiz, onde foi aluno de Luís Sérgio Person. 
Com João Callegaro e Antônio Lima realizou seus primeiros filmes de longa-metragem - os filmes de episódios As Libertinas (1968) e Audácia, a fúria dos desejos (1969). Dirigiu e fotografou mais de 200 filmes comerciais e institucionais entre 1971 e 1974. Infelizmente Lilian M enfrentou vários obstáculos, só conseguindo ganhar o destaque merecido dez anos depois, no exterior, a partir da realização de um documentário veiculado na emissora britânica BBC, sobre como os realizadores brasileiros usavam o sexo para falar de política.
Com o sucesso do programa, o filme foi redescoberto, empurrando a carreira de Reichenbach. Atualmente o filme é considerado um dos grandes clássicos do nosso cinema.  
 

Os Imorais 1979



Sinopse: Mário tem pais ricos, mas vive em constante conflito com sua família. Num salão de beleza, conhece a bela Glória e o cabeleireiro Gustavo, de quem fica amigo e se aproxima cada vez mais.

O filme consolida-se através de um enredo mirabolante, que prometia comédia bem ao estilo daquele período e termina em drama e numa forma bem inesperada. O filme é dirigido pelo cineasta Geraldo Vietri, cujo seu nome a maioria se lembra pelos seus trabalhos em novelas, sendo praticamente sinônimo da velha Tupi de São Paulo. Mas com a competência que empregava na tela pequena, Vietri fez uma curta, mas significativa  filmografia, onde Os Imorais se destaca por ser uma pequena joia um tanto que esquecida pelos cinéfilos.
O grande charme desta obra, além de transitar entre o drama e a comédia com facilidade, é passar uma proposta hipócrita contra os homossexuais, quando na realidade se revela em seus momentos finais algo que vai contra tudo que se imaginava. Obra um tanto que corajosa para aquele período, que era cheio de preconceito e com uma censura opressora.   


Interessados em participar da atividade cliquem aqui.

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