Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cine Especial:Nouvelle Vague do Cinema Coreano: Parte 2



Nos dias 25 e 26 de Junho eu estarei me encaminhando para minha 58ª participação nos cursos do Cine Um. Na próxima aula o tema será Nouvelle Vague do Cinema Coreano  que será ministrado pelo Doutor em Ciências da Comunicação Josmar Reyes. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei postando sobre os filmes que eu assisti desse cinema inovador e corajoso que estourou no início do século 21.
 
Sede de Sangue

Sinopse: Sang-hyeon (Song Kang-ho) é um padre que se tornou voluntário de um projeto secreto de desenvolvimento de vacinas. Seu intuito é ajudar a salvar vidas, ameaçadas por um vírus mortal. Porém durante o experimento ele é infectado e morre. Quando recebe uma transfusão de sangue de paradeiro desconhecido, ele volta à vida mas se torna um vampiro. Sang-hyeon está agora dividido, entre o desejo carnal por sangue e sua fé, que o impede de matar.
A mania Crepúsculo deu origem há uma febre sem precedentes de filmes e livros de vampiros de uma maneira jamais vista, mas como todo o gênero sempre existe os altos e baixos como a própria saga Crepúsculo. Mas o vampirismo não fica somente restringido nos EUA, sendo que na Suécia tivemos Deixe Ela Entrar, elogiado filme de terror que ganharia posteriormente sua versão americana e para a surpresa de todos, um filme de vampiro vindo da Coréia do Sul. Park Chan-wook, descoberto ao redor do mundo graças a sua segunda parte de sua trilogia de vingança (Old Boy) acabou não só sendo reconhecido lá fora como fez que o mundo voltasse para o cinema Coreano e com isso outros títulos vieram a ser conferidos no ocidente como O Hospedeiro e Mother: A procura da verdade. Aqui, Park faz sua visão do mundo dos vampiros da sua maneira, mas sem ignorar as características convencionais de um filme desse gênero. Contudo, espere todas as características do diretor, como jogo de câmera, terror psicológico e muito, mas muito sangue. Para os fãs de Crepúsculo acostumados com os vampiros bonzinhos, Sede de Sangue pode acabar sendo um verdadeiro soco no estômago, mas serve como alivio para os fãs que esperam um filme de vampiros com o mais puro terror e ao mesmo tempo de uma forma totalmente original.

 
Zona de Risco

Sinopse: Na fronteira das duas Coréias, dois soldados são assassinados misteriosamente. Responsável por investigar o incidente, o Major Sophie E. Jean (Yeong-ae Lee) procura provas que levem aos culpados. Durante a investigação, os depoimentos se mostram inconsistentes e algo parece não se encaixar. A verdade é muito mais simples e trágica do que o Major imagina.
O filme mais famoso de  Chan Wook Park sempre será Oldboy de 2003. Porém, antes do sucesso mundial, Park, também já tinha prestigio em seu país, e por toda Ásia, graças à Zona de Risco. A trama mostra soldados da fronteira entre Coréia do Norte e Sul, que cultivam uma amizade enorme, independente de seus ideais, e de suas pátrias.
Mas em uma fatídica noite de Outubro, dois soldados norte coreanos são mortos e abala a paz da região. O mistério permanece. Uma suíça é encarregada de assumir o caso. Ela trabalha para Forças dos Países Neutros.
Inteligente e ágil, o filme prende atenção com seu suspense, ação e drama, que retrata a amizade proibida de quatro soldados, que em meio ao clima tenso, conseguem se firmar em uma bela amizade. A pergunta fica é: porque das guerras? Porque desse eterno duelo entre as duas pátrias, que só foram separadas após a Guerra da Coréia? As perguntas ficam no ar e nos faz refletir sobre esse grande vazio. Em meio ao caos eles abriram uma brecha e uma esperança. 


Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera

Sinopse:Em um pequeno monastério flutuante sobre um lago vivem um velho monge e seu jovem aprendiz. Enquanto o menino explora os arredores, ele se deixa levar por seus instintos e crueldades infantis. Porém, o mestre sempre está pronto para ensinar suas lições, e mostra para o garoto que as consequências de pequenos atos podem durar a vida toda.
Do cineasta Kim Ki-duk, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera”,  as estações do ano são uma metáfora para os estágios, não só da vida, mas também de desenvolvimento humano: nascimento, crescimento e declínio. Dois monges budistas, um mais velho que exerce a função de mestre; e outro mais novo, jovem aprendiz, convivem em uma casa no meio de um lago entre as montanhas. O filme é dividido em cinco partes de acordo com as estações do ano, como destacado pelo título: há a primavera, o nascimento; o verão, o despertar; o outono, o declínio; o inverno, a queda; e o renascimento com a primavera, novamente. Na obra fica evidente o eterno retorno da situação humana, mas em um plano metafísico, de constituição da essência humana nos seus estágios de desenvolvimento.  

 Casa Vazia

Sinopse: Um jovem vagabundo invade a casa de estranhos e mora nelas enquanto os donos estão fora. Para pagar a estadia ele realiza pequenos consertos ou faz limpeza na casa. Ele costuma ficar um ou dois dias em cada lugar, trocando de casa constantemente. Até que um dia encontra uma bela mulher em uma mansão, que assim como ele também está tentando escapar da vida que leva.
 
O Cineasta Kim-Ki Duk chamou a atenção mundial com seu filme anterior que eu citei acima. O mundo ficou deslumbrado com a carga cheia de filosofia apresentada na relação entre mestre e discípulo. Quando Casa Vazia foi lançado à expectativa era enorme e muitos esperavam algo na mesma linha. De forma certeira e imprevisível, Kim-Ki Duk tomou um rumo completamente diferente. Desta vez ele conta a história de Hee-Jae (Hyun-kyoon Lee), um jovem que invade casas cujos donos estão viajando e lá fica por algum tempo. Ele não rouba nada e, para compensar a "hospedagem", procura algo dentro da casa que precise ser arrumado. Certo dia, em uma das casas que ele invadiu, Hee-Jae presencia a bela modelo Sun-hwa (Seung-yeon Lee) levar uma surra do marido. A partir daí se estabelece uma forte relação entre os dois sem que eles troquem uma única palavra sequer. A narrativa que o diretor imprime aqui não segue um padrão convencional. A trama é, antes de tudo, romântica, porém, vem impregnada de poesia, de realismo fantástico, de questões sobrenaturais. Parece uma salada que não combina bem seus ingredientes, no entanto, tudo o sentido nesta belíssima historia de amor.




Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Nenhum comentário: