Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Cine Dica:Projeto Raros exibe filme político da Nouvelle Vague Japonesa

GOLPE DE ESTADO DE KIJU YOSHIDA NA SALA P. F. GASTAL

Na sexta-feira, 27 de maio, às 20h, o Projeto Raros da Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe o filme Golpe de Estado (Kaigenrei, 1973, 110 minutos), de Yoshishige "Kiju" Yoshida, um dos mestres da Nouvelle Vague Japonesa. Com projeção digital e legendas em português, a sessão tem entrada franca.

SINOPSE Sem motivo aparente, Heigo Asahi mata um poderoso homem de negócios e comete suicídio. Mesmo sem conhecer o homem, um escritor descobre que um de seus livros inspirou o assassinato. Golpe de Estado é a biografia livre de Ikki Kita, o intelectual ultranacionalista cujas ideias inspiraram uma tentativa de golpe militar no Japão em 1936.

Golpe de Estado é o terceiro filme da trilogia de Yoshida que encara a história política japonesa do século 20, completada por Eros + Massacre (1969), sobre a vida do pensador anarquista dos anos 1920, Sakae Osugi, e Purgatório Eroica (1970), reconstrução ultraexperimental dos anos radicais dos grupos estudantis na década de 1950. O filme foi considerado pelo próprio cineasta o ápice de sua obra em conteúdo e estilo. Depois de Golpe de Estado, Yoshida permaneceu treze anos sem realizar longas-metragens. 

Yoshishige Yoshida é um dos principais nomes da Nuberu Bagu, também conhecida como a Nouvelle Vague Japonesa, responsável pela ruptura no cinema japonês a partir do final dos anos 1950. Trabalhando em uma das produtoras mais tradicionais do país, a Shochiku, Yoshida realizou melodramas delicadíssimos, como o celebrado As Termas de Akitsu, sobre um amor impossível no pós-guerra. A partir de 1965, o diretor decide sair da produtora e realizar filmes independentes, movimento simultâneo a de vários nomes importantes de sua geração, como Nagisa Oshima, Shohei Imamura e Seijun Suzuki (esse último acabou demitido da produtora Nikkatsu por conta de sua guinada experimental).

Apostando cada vez mais na experimentação da linguagem cinematográfica, a fase independente de Yoshida é caracterizado em um primeiro momento pelos filmes sobre a libertação da mulher japonesa no contexto da modernização do país no pós-guerra, em uma impressionante parceria criativa e amorosa com a atriz Mariko Okada. No final dos anos 1960, busca os conflitos políticos da história recente do Japão e radicaliza aquilo que se tornou sua marca registrada: o desenquadramento, quando o protagonista deixa de ser o centro da imagem, esmagado entre paredes, tetos, objetos e pelos próprios limites do fotograma.

PROJETO RAROS
GOLPE DE ESTADO
27/05
(Kaigenrei, 1973, 110 minutos)
Direção: Yoshishige Yoshida
Elenco: Rentarô Mikuni, Yasuo Miyake, Akiko Kurano, Tadahiko Sugano.

Exibição digital com legendas em português
 

Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

Nenhum comentário: