Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Cine Especial:MARIO BAVA:Maestro do Macabro:Parte 3




Nos dias 10 e 11 de Outubro,  eu estarei no Cine Capitólio,  participando do curso Mario Bava: Maestro do Macabro, criado pelo Cine Um e ministrado pelo doutor em Literatura Inglesa pela Universidade de São Paulo, com especialização em romance gótico, Fernando Brito. Enquanto atividade não chega, irei falar dos principais filmes desse diretor que foi fonte de influência para inúmeros outros diretores como Francis Ford Coppola e Tim Burton. 
 

Seis Mulheres para um assassino (1964)

Sinopse: Isabella, uma jovem modelo, é assassinada por uma misteriosa figura mascarada numa Casa de Moda, pertencente a Condessa Cristiana. Quando o namorado de Isabela se torna suspeito do assassinato, o diário da vítima, contendo informações que relacionem a jovem ao assassino, desaparece. O mascarado passa então a matar todas as modelos da casa para encontrar o diário.

Esse é considerado o primeiro filme Giallo da história, subgênero do Terror que teve seu auge nas décadas de 1970 e 1980. Além de inaugurar um gênero, o filme influenciou uma gama de cineastas, que vai de Dario Argento a Pedro Almodovar, passando por Martin Scorsese e Tarantino, só para citar alguns poucos. Na verdade, o filme criou as bases do cinema de terror que seria explorado nas décadas seguintes por Hollywood; o assassino em série, o sadismo, a perseguição de jovens, os assassinatos bizarros e muitos dos posteriores clichês do cinema de terror foram inaugurados por Bava neste filme e disseminados em Hollywood através dos chamados Slashers.
Em termos técnicos, vale destacar o trabalho de Bava com as cores: Uma mistura inebriante de cores fortes que produz uma atmosfera perfeita aos propósitos do filme, tornando-o atraente também por sua estética.



 O Chicote e o Corpo (1963)
 
Sinopse: No século XIX, um nobre sádico aterroriza os membros de sua família. Ele é encontrado morto, mas seu fantasma retorna para assombrar os residentes de seu castelo.

Como no segmento de As Três Máscaras do Terror ou posteriormente no clássico Mata, Bebê, Mata!, Bava mais uma vez faz juz ao apelido de maestro, e dá início a uma experiência realmente assustadora, uma pintura macabra e terrível em movimento, com closes do rosto diabólico de Kurt (christopher Lee soberbo) surgindo da penumbra, filmado com uma saturação de cores vermelhas e azuis jogadas sobre ele, ou apenas a sua mão destacando-se em primeiro plano vinda da escuridão, junto de todo o misé-en-scene habitual do gênero, com seus gemidos fantasmagóricos, trilha sonora pesada e fúnebre, passos no corredor, marcas de pegadas misteriosas, cortinas esvoaçantes sob o uivo do vento, sussurros na escuridão e o interessantíssimo uso dos efeitos sonoros do chicote apavorando a atormentada e libidinosa Nevenka, que vai sendo aos poucos, conduzidas às raias da loucura.
 

Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Nenhum comentário: