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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Cine Especial: BLADE RUNNER EM EXIBIÇÃO NO CINEMARK



MAIS DE TRINTA ANOS DEPOIS, OBRA MÁXIMA DE RIDLEY SCOTT  DEIXA O TITULO DE CULT, PARA SE TORNAR A MAIOR OBRA PRIMA DA FICÇÃO CIENTÍFICA.



Foi no ano de 1998 em que eu assisti pela primeira vez Blade Runner. Antes disso, não tinha muito conhecimento sobre o filme, sendo que, somente soube sobre a obra na saudosa revista Herói, aonde havia uma matéria especial sobre a carreira de Harrison Ford. Na mesma revista (e em algumas edições depois), soube que o visual do filme serviu de base para inúmeros filmes posteriormente, como Juiz Dreed e o Quinto Elemento. Com o pouco que eu sabia, queria então ter a oportunidade de assistir o filme um dia e isso acabou acontecendo numa sessão tarde da noite do Inter-Cine da rede Globo. Mas a maneira que a emissora carioca anunciava, fazia com que eu esperasse algo completamente diferente, dando a entender que  eu viria um filme cheio de ação e efeitos especiais.
 

No tempo em que eu vivia no VHS, esperei até o início da exibição (para poder cortas as propagandas), para gravar e apreciar a obra, mas não tive uma sessão muito boa, pois tive que assistir em volume baixo para não acordar os meus pais. No dia seguinte, com minha cópia em VHS, pude assistir do começo ao fim, mas para o meu espanto, quebrou com a minha expectativa, pois como havia dito acima, esperava algo cheio de ação ou efeitos visuais. Revendo o filme de novo, pela segunda e terceira vez, pude aos poucos, compreender um pouco daquele universo apresentado por Ridley Scott que, nada mais era, do que um retrato de nosso dia a dia que nos vivíamos já naquele tempo e o que antecedeu o que viria depois. Embora seja um filme de ficção, Blade Runner é um retrato cru sobre aonde podemos ir um dia, onde as cidades, com as pessoas aglomeradas vivendo por lá, serão cada vez mais sujas e abandonadas a sua própria sorte e os poderosos subindo aos céus e longe da minoria. Já vivemos também num mundo em que cada vez mais os sentimentos e certas ações que, antes poderiam soar desconcertantes em tempos mais coloridos, aonde tudo era muito claro, como o bem e o mau, hoje se tornarão piada e que passa despercebida por todos. Sendo que as relações de casais atualmente, por exemplo, são tudo questões do momento, cujos sentimentos se evaporam gradualmente e se tornando apenas uma imagem pálida dos sentimentos que foram um dia no princípio.
Ao perdemos certos valores que, antes nos eram importantes, eles se tornam valiosos, para seres que a recém começarão a aprender a viver que, no caso do filme, são os “replicantes” que representam o que nós fomos um dia, de ter o desejo de viver ao máximo no dia a dia, mas que por azar deles tem pouco tempo de vida. E quem melhor que o personagem Roy (brilhantemente interpretado por Rutger Hauer) que é o melhor em cena, passa para nós esse doloroso fardo que carrega, mas que vai até o fim buscando um meio, seja para ganhar mais tempo, ou para fazer algo significativo em sua curta vida e que valesse a pena. Seus últimos momentos em cena estão entre os momentos mais inesquecíveis e surpreendentes da 7ª arte e que gera múltiplos sentimentos para quem assiste. Até hoje, essa cena gera inúmeros debates, sendo não somente ela, como também as inúmeras cenas que antecedem essa e que acabaria gerando outros inúmeros textos até melhores do que esse que estou escrevendo.

Mais de trinta anos depois, Blade Runner não é somente um filme Cult, como também já é considerado uma obra prima, não só do gênero, como também de toda história do cinema. Nada mais do que correto então do filme ganhar uma merecida sessão pelos cinemas da rede Cinemark, além de ter no mercado uma edição especial em Blu-Ray, com todas suas versões que teve ao longo dos anos (desde a versão original, até a versão definitiva do diretor), com mais de dez horas só de extras para os fãs se deleitarem. Com tudo isso, a pergunta que sempre me vem na cabeça é: como será, quando finalmente chegarmos à data em que a trama do filme se passa que é novembro de 2019?
Dificilmente iremos ver carros voando por aí, muito menos estaremos fazendo colônias em outros planetas ou criando seres idênticos a nós. Mas uma coisa eu garanto que, quando essa data chegar, certamente todo mundo irá se lembrar das primeiras cenas do filme, embalada com a inesquecível trilha do  músico grego Vangelis e que certamente haverá sessões a meia noite ou durante os dias, do não tão distante mês de novembro de 2019. Vamos aguardar!

O filme terá  sessões hoje a noite em Porto Alegre, Canoas e em outras cidades do país. Confiram no site Cinemark clicando aqui.        

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