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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Cine Especial:HORROR NO CINEMA BRASILEIRO:Parte2



Sim, o gênero de horror existe no Brasil e ele será tema do próximo curso de cinema, criado pelo Cine Um e ministrado pelo Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial Carlos Primati. O curso ocorre nos dias 29 e 30 de Agosto no Cine Capitólio.  Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os filmes de horror que eu tive o privilegio de assistir, seja em DVD ou no cinema.

Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver (1967) 

Sinopse: Após sobreviver ao ataque sobrenatural do final de 'À Meia-Noite Levarei Sua Alma', Zé do Caixão continua na busca obsessiva da mulher ideal, capaz de gerar o filho perfeito. Com ajuda do fiel criado Bruno, ele rapta seis belas moças, submetendo-as às mais terríveis torturas. Só a mais corajosa sobreviverá ao teste e poderá ser a mãe de seu filho. Mas Zé comete um crime imperdoável ao assassinar uma moça grávida. Atormentado pela culpa de ter assassinado uma criança inocente, ele sofre um pesadelo no qual é levado para um inferno gelado, onde reencontra suas vítimas.
 Se A Meia Noite Levarei Sua Alma já surpreendia, o que dizer de uma sequência que supera o original em todos os quesitos. Embora pareça em alguns momentos uma produção barata, o filme possui um cuidado muito maior do que o filme original, fazendo parecer com que, as ultimas diabruras de Zé do Caixão vistas anteriormente, parecesse então tímidas comparadas a essas. Com o sucesso do original, Mojica está muito mais a vontade interpretando o seu personagem que o consagrou, dobrando em tudo em que ele faz e o que não fez anteriormente: duplicar o número de suas vitimas femininas, com seqüências de tortura em seu covil, com direito a inúmeras aranhas reais, ácidos e armadilhas mortais em que esmaga suas vítimas.
Como no anterior, Zé vive sempre combatendo as crendices e a religiosidade do povo que ele chama de ignorante e crente do nada. É Zé do Caixão disparando o seu ateísmo a torto e a direito, sem se preocupar com nada, mas sim se preocupando em alcançar o seu único objetivo: achar a sua mulher perfeita para gerar o seu filho perfeito, para então dar a continuidade do seu sangue. É claro que mesmo parecendo estar sempre no controle, o personagem há de enfrentar as consequências dos seus atos, principalmente vinda de uma de suas vítimas mesmo a pôs a morte. A partir desse ponto, Zé começa a enfrentar conflitos de culpa interiores, onde o leva a um dos momentos mais interessantes do filme, que era o próprio inferno.
Não resta a menor dúvida que a sequência do inferno seja a melhor parte do filme, pois o que mais contrasta com o resto da obra, é que ela foi rodada toda em cores e fazendo das cenas de terror mostradas (pessoas sendo torturadas por demônios), se torne muito mais forte. De volta ao mundo dos vivos (na reta final), o protagonista chega ao ápice da insanidade e desespero em conseguir o seu filho perfeito, mas é ai então que ele terá que enfrentar as pessoas da vila que desejam a sua morte. É neste momento que o filme me lembrou um pouco os clássicos filmes de horror dos estúdios da Universal, onde o povo enlouquecido tenta destruir monstro incompreendido. 
Embora tenha tido liberdade em quase tudo que fez durante o processo de criação do filme, infelizmente os minutos finais foram modificados devido uma ordem da famigerada censura na época, sendo que a bendita modificação torna a cena ilógica e trai completamente o que personagem foi do começo ao fim. São minutos que não diminui as qualidades desse filme e que felizmente foi corrigido esse erro histórico na terceira parte da saga do Zé do Caixão em A Reencarnação do Demônio, mas isso já é outra historia há ser contada.    



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