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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: HACKER



Sinopse: Nicholas Hathaway (Chris Hemsworth) é um ex-prisioneiro que é também um gênio da informática. Liberado pela polícia para auxiliar em uma investigação, ele participa de uma emboscada a uma rede de criminosos, que o faz viajar a Chicago, Los Angeles, Hong Kong e Jacarta.

Embora seja conhecido como cineasta de filmes de ação policial, Michael Mann não é um diretor americano dos mais convencionais. Se formos analisar, ele pode até pegar um roteiro previsível para se fazer um filme, mas dali sairá algo que vai contra as nossas expectativas. Exemplos é o que não faltam: Fogo Contra Fogo, Miami Vice e Inimigos Públicos, são títulos que nos surpreendem da maneira como ele filma e do percurso que a trama irá tomar. 
Em Hacker a situação não é nenhum pouco diferente, pois embora seja uma trama, cujo seu eco soa familiar e nos lembre outros filmes, Mann esta ali para ir contra a maré e tentar de todas as formas nos pegar desprevenidos. Curiosamente, o lado científico da informática fica bem em segundo plano, servindo apenas como válvula de escape para mover os piões da trama. A partir do momento que uma catástrofe nuclear acontece na China, se cria na realidade uma espécie de filme policial que, por vezes, lembra muito a forma como se criava esse gênero nos anos 70.
No instante em que o protagonista  Nicholas Hathaway (Chris Hemsworth) se alia aos agentes liderados por Carol Barrett (Viola Davis), Mann utiliza a sua câmera para tentar extrair o que ele e os demais personagens pensam em cena e no que irão fazer em seguida. Basta pegarmos exemplos de cenas das quais ele foca muito o rostos dos personagens principais, ou até mesmo quando ele está filmando eles de costas, dando a entender como se ele estivesse nos pedindo para prestarmos atenção com relação ao que os personagens estão pensando, mesmo a gente não tendo uma visão da reação dos seus rostos.
Além disso, quando ocorrem as cenas de ação, elas surgem do nada, em momentos em que (aparentemente) existe uma calmaria. Quando elas acontecem, Mann cria ângulos inusitados com a câmera, como se ele estivesse filmando um documentário e indo direto para ação dos acontecimentos. Isso se aplica ainda mais quando a ação acontece na rua, aonde o cineasta dá mais a entender que colocou a câmera no ombro e está correndo junto com os atores, em momentos em que a cenas se encontram extremamente estremecidas, como se ação fosse realmente real e o som dos tiros (muito semelhante como em Fogo Contra fogo) fortalece isso.
Portanto é uma pena que, embora com toda sua competência na forma de filmar, o cineasta não tenha caprichado melhor na hora na escolha do seu elenco. Chris Hemsworth até que se esforça bem como protagonista, mas ao mesmo tempo ele não lembra em nada um gênio da informática e sua contratação está mais do que óbvia que foi uma maneira de atrair público ao cinema. Outro ponto falho é a criação de um casal forçado na trama, entre o personagem de Hemsworth e da atriz Tang Wei (Desejo e Perigo), sendo que, juntos em cena, eles somente funcionam quando o restante do elenco sai no final do segundo ato da trama (numa sequência imprevisível e explosiva). 
Fracasso de público nos EUA (estreando na época do mega sucesso Sniper-Americano), Hacker infelizmente não passou em nossos cinemas, tendo somente uma exibição exclusiva na semana passada na P.F Gastal de Porto Alegre. Contudo, é uma obra como as muitas de Michael Mann, que merecem uma segunda chance agora em DVD. Um filme que foge do convencional e uma verdadeira aula de como se filma uma trama que poderia correr o risco de soar como qualquer outra.  

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