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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 15 de maio de 2015

CINE ESPECIAL: TRILOGIA MAD MAX



Após 30 anos, George Miller retorna ao universo que ele criou em Mad Max: Estrada da Fúria. As criticas especializadas já adiantam que o filme é um dos melhores em termos de ação do ano e talvez dos últimos anos. Mas o filme é inadequado para menores de 18 anos, dizem que é cru, violento e não poupará os olhos e a mente do espectador. Será que essa geração nova, acostumada em efeitos visuais e pouco sangue nos filmes de ação e aventura, estará preparada para encarar o inferno no deserto de Mad Max?
Somente nesse final de semana isso será respondido. Porém, enquanto a resposta do público nas bilheterias não vêm, relembramos a trilogia clássica que dá de 10 a 0 contra qualquer filme de Velozes e Furiosos que se preze. 

 Mad Max (1979)


Sinopse: Num futuro próximo, o combustível que alimenta os motores dos carros é também motivo para crimes perpretados por violentas gangues. Max é um jovem policial e junto com seus companheiros patrulha as estradas a fim de impedir a ação daqueles que insistem em perturbar a paz. A morte de um membro pelas mãos de Max dá início a uma série de crimes cruéis cometidos contra sua família e o melhor amigo. Assim, Max só tem uma escolha: vingança.

A história se passa em um futuro punk pós-apocalíptico que vai pouco a pouco se instalando ao longo da trilogia. É interessante ver (e acredito ser essa a grande sacada de George Miller) como a civilização vai gradualmente retornando àquele estado selvagem e primitivo para depois começar a se reconstruir. No primeiro filme somos apresentados à Max e o mundo ainda não está totalmente destruído, embora ele se resuma a uma estrada. Max é uma espécie de força da lei, um policial. A diferença, contudo, entre policiais e bandidos nesse filme é muito tênue e começa logo pela vestimenta: ambos se vestem muito parecidos. No papel que lhe consagrou, Mel Gibson interpreta um cara razoavelmente normal, cuja família é assassinada friamente por uma gangue de motoqueiros. E como toda boa história de vingança, ele vai atrás dos caras. Ainda há vestígios da civilização como a conhecemos hoje, mas o Estado é quase invisível. Esse primeiro filme foi feito com apenas 400.000 dólares e arrecadou 100 milhões de bilheteria pelo mundo, tornando-se até 1998 o filme mais rentável da história.


Mad Max 2 - A Caçada Continua


Sinopse: No futuro o bem mais precioso é a gasolina, em virtude de uma guerra que acabou com os campos petrolíferos do Oriente Médio. Tendo combustível pode-se fugir da morte ou se dirigir a algum lugar para matar alguém. Neste contexto, Max (Mel Gibson) resolve ajudar uma comunidade a defender sua refinaria contra uma gangue de motoqueiros.



O segundo é o que tem a história mais interessante de todos. Aqui o Apocalipse já se instalou quase que completamente. Ainda há resquícios de estradas e concreto, mas a maior parte do filme é areia e desolação. O resto do mundo é meramente conhecido como wasteland (terra devastada). O bem mais importante aqui é a gasolina. Pessoas matam e fazem atrocidades para consegui-la.
O Estado aqui já desapareceu completamente. Não há mais Estado não há mais leis. Não há mocinhos e bandidos, há apenas e tão somente sobreviventes, que farão de tudo para continuar sobrevivendo. Max está no meio disso. Um homem sem vida, sem destino, sem ambições, apenas sobrevivendo, ou como ele mesmo diz: “escapando da morte”. 
Atenção para a sequência final, onde o grupo de Max foge na estrada com o tanque de gasolina e a gangue corre atrás deles. Embora já tenham sido feitos 7 filmes de Velozes e Furiosos, nenhum deles supera a adrenalina, fúria e emoção dessa sequência que, para mim, esta entre as melhores cenas de ação de todos os tempos. Um detalhe: só eu quem achou uma das personagens desse filme (a “enfermeira” loira) igual à Xuxa?


Mad Max Além da Cúpula do Trovão


Sinopse: Após a destruição da civilização surge Bartertown, uma cidade no deserto com regras primitivas e mortais que tem uma governante (Tina Turner) que deseja consolidar seu poder a qualquer preço. Até que lá chega Max (Mel Gibson), que é forçado a participar de uma luta e, por ter se recusado a matar seu oponente, acaba sendo banido no deserto. Até que um grupo de jovens selvagens o salvam e passam a considerá-lo um messias que os levará até uma nova terra.


Mad Max 3, wasteland virou Wasteland. O mundo resume-se a um amontoado de areia. A Terra, como a conhecemos, tornou-se literalmente uma lenda. É considerado o pior dos três filmes, mas eu discordo. Ele está no mesmo nível do segundo. Em meio às suas escapadas da morte, Max, com um estilo totalmente Highlander, encontra uma nova tentativa de civilização: Bargertown (Cidade-feira). E aqui nós somos apresentados a um dos personagens mais bizarros da história do Cinema: Master-Blaster, o “anão-gigante” que domina o submundo de Bargertown. Gasolina já não existe mais. O combustível do momento agora é metano, extraído do excremento de porcos, muito mais civilizados que os próprios humanos do filme. Aqui a humanidade tenta reconstruir o Estado. Bargertown é uma tentativa disso: uma pequena civilização com suas próprias leis. Se você tem algum problema com alguém,  desafie essa pessoa a ir para o Thunderdome (Cúpula do Trovão). Lá dois homens entram, apenas um sai (“two men enter, one man leaves”). Por sinal, a luta entre Max e Blaster no Thunderdome é um dos melhores momentos da série.
Curiosamente, além de ter atuado como uma das protagonistas da trama, Tina Turner cantou a música tema do longa  (We Don´t Need Another Hero) que, não somente fez sucesso na época, como também é sempre lembrada dentro da trilogia como um todo. 


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