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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 19 de março de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: GOLPE DUPLO



Sinopse: Will Smith interpreta Nicky um experiente mestre trapaceiro que se envolve romanticamente com a golpista novata Jess (Margot Robbie). Enquanto ele ensina a ela os truques do negócio Jess acaba se aproximando demais e ele termina a relação abruptamente. Três anos mais tarde essa antiga paixão - agora uma talentosa femme fatale - aparece em Buenos Aires no meio das altas apostas de um circuito de corrida de carros. Durante o esquema mais recente e perigoso de Nicky ela promove uma reviravolta em seus planos deixando o calejado vigarista fora de seu jogo.


Quando os diretores Glenn Ficarra e John Requa (Amor à Toda Prova) dão destaque aos seus atores, eles conseguem criar boas cenas que falam por si. Há uma sequência engenhosa em um quarto de hotel, que nos dá uma lição de como se faz cinema: os diretores entendem que bater em uma porta e ser levado para a cama é muito mais sedutor do que meramente ver um casal entrar em um quarto.
Destaque também pela boa forma de interpretação de Will Smith, e para as piadas verbais: mesmo quando há um ato de violento, eles são bem preparados por tensão e bom humor. Outro ponto forte de Golpe Duplo são os espaços que dão para os atores como B.D. Wong (de Law & Order: SVU), Gerald McRaney (Major Dad) e Rodrigo Santoro  brilhem em suas cenas, cada um do seu jeito. 
Golpe Duplo dosa nas cenas longas, cheias de diálogos tão extensos que, quando a situação esquenta, as coisas não dão muito certo. As cenas de roubo são ligeiras e empolgantes, mas inverossímeis (quem vai acreditar que tanta gente consegue ter joias, relógios e carteiras roubadas em lugares públicos?). O personagem que dá humor à trama (Adrian Martinez) é imperfeito no papel, e pior ainda em cena. Isso para não falar dos diversos pega ratões que o filme prega no cinéfilo: atenção à cena em que Jess aparece pela primeira vez como exemplo. Tudo é um pouco exagerado em Golpe Duplo.
Mas esses são problemas irrisórios. Os diretores Ficarra e Requa prestam pouca atenção a eles também, deixando para dar o grande golpe de Golpe Duplo nos momentos em que podem ter seus atores conversando de forma suave e sedutora ou deixando algum personagem secundário roubando  a cena, ou ainda quando usam de forma contagiante a trilha sonora, com canções de Iggy Pop e Edward Sharpe & the Magnetic Zeros. 
Tudo é acertado para se ter bom divertimento com o filme: quando ele começa a abusar na sua trama, você sabe que haverá uma boa cena de diálogos em sequência. Os diretores passam correndo pelas armas e carros de corridas para chegar logo a cadeiras, sofás e camas, quando podem finalmente se utilizar da estratégia dos diálogos certeiros. 
Depois de um longo tempo, Will Smith finalmente dá a volta por cima em um bom papel que, felizmente não traz consigo nenhum dos seus parentes para fazer deles astros e suas cenas contracenando com Margot Robbie é a chave do sucesso de O Golpe Duplo.  



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