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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: Trash – A Esperança que vem do Lixo


Sinopse: Três adolescentes vivem e trabalham em um lixão no Rio de Janeiro e um dia encontram uma carteira que contém instruções para encontrar um tesouro. É o início de uma jornada feita pelo trio na qual encontrarão pessoas inesperadas pelo caminho.


Stephen Daldry impressiona pela sua sensibilidade na construção do mundo infantil e saber conduzir muito bem personagens mirins como protagonistas em seus filmes como Tão Forte e Tão Perto. Com parceria do roteirista Richard Curtis (Simplesmente Amor) ambos criam uma aventura juvenil, que embora tenha um pé com relação à dura realidade de certas favelas do país, não hesitar em dosar momentos de fantasia e esperança.  Baseado na obra de Andy Mulligan existe sim cenas violentas, principalmente no início do filme, mas nada que crie pesadelos para o jovem cinéfilo que for assistir e que com certeza já viu coisas mais fortes até mesmo na TV aberta.
A aventura se passa no Rio, onde vemos um garoto chamado Rafael (Rickson Tevez), que num dia qualquer de trabalho em um lixão, encontra uma carteira com uma enigmática chave. A curiosidade do jovem desperta e com ajuda do seu melhor amigo Gardo (Eduardo Luiz) e do esperto garoto chamado Rato (Gabriel Weinstein) partem para descobrir a origem da chave e ao mesmo tempo conseguir alguma coisa com isso. Não demora muito para o cinéfilo descobrir que os significados que contem essa carteira é muito maior do que se imagina.
Não tarda para a jovem trindade sofrer a perseguição de um policial corrupto (Selton Mello) que há serviço de um deputado mais corrupto ainda (Stepan Nercessian) tentam a todo custo recuperar a carteira. O que tem de tão valioso nessa chave e as motivações que levam todos atrás dela, aos poucos o filme vai revelando em flashback, cujas cenas são protagonizadas por Vagner Moura. Embora a sua participação seja pequena, ela essencial e como aperitivo temos o prazer de vê-lo contracenar com Selton Mello, numa cena curta, mas marcante.
Curiosamente temos aqui a participação de dois ótimos talentos, mas de gerações diferentes: Martin Sheen e Rooney Mara (da versão americana de Homens que não amavam as mulheres), que interpretam padre e professora que estão a serviço da favela que está localizada no lixão. Embora com todos esses talentos conhecidos, os astros aqui são realmente o elenco mirim formado Rickson Tevez, Eduardo Luiz e Gabriel Weinstein que por vezes chegam até mesmo a ofuscar os talentos adultos que se encontram em cena, graças ao fato de serem naturais e descontraídos.
Numa verdadeira aventura, que por vezes lembra até mesmo O Código Da Vinci com suas inúmeras charadas e quebra cabeças, o filme possui um ritmo contagiante, graças a sua montagem energética e trilha sonora caprichada. Os meninos por si surpreendem nas cenas que exigem deles um grande preparo físico nas cenas mais perigosas. Selecionado em meio a milhares de candidatos, o cineasta Stephen Daldry foi feliz nas suas escolhas.
Embora com alguns momentos forçados, principalmente com algumas soluções fáceis no ato final, Trash – A Esperança que vem do Lixo pelo menos é uma boa aventura juvenil que ainda consegue ter tempo de criticar e apontar o dedo para as grandes corporações que não hesitam em ajudar políticos corruptos em épocas de eleições. 



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