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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: WOLVERINE: IMORTAL

FOX APRENDE COM OS ERROS DO PASSADO E CRIA UMA TRAMA QUE RESPEITA A ESSÊNCIA DO HERÓI.  

Sinopse: Esta aventura épica cheia de ação leva Wolverine o mais icônico personagem dentro do universo X-men ao Japão moderno. Em um mundo desconhecido ele enfrenta seu nêmesis definitivo e uma batalha de vida ou morte que o deixará marcado para sempre. Vulnerável pela primeira vez pressionado até o limite ele confronta não apenas o mortal aço samurai mas sua própria imortalidade que emerge mais forte do que ele jamais viu.

Sempre quando começa a fazer muito frio aqui no RS, me faz me lembrar de uma HQ de Wolverine nº 28 da editora Abril, em que no inicio da trama o herói está no Canadá, dentro de uma lagoa, nu e caçando peixe. Embora simples a trama, é o que melhor sintetiza o que é o personagem, que embora seja mutante com poderes incríveis, ele não deixa de ser um ser humano, que prefere as coisas mais simples como viver na natureza e ao lado dos animais que o cercam como os lobos. Felizmente essas características finalmente surgem no inicio do filme Wolverine: Imortal, que após os trágicos eventos de X-Men 3, vemos o herói (Hugh Jackman, mais a vontade do que nunca com o personagem) abatido, como um eremita e sem nenhum rumo, mas apenas usando a natureza como o seu conforto.   
Limando por completo dos erros que cometeram em Wolverine: Origens, a Fox decidiu levar mais á sério a sua pepita de ouro e decidiu explorar um lado mais sombrio e humano do personagem. Para isso, decidiram adaptar a essência principal da clássica HQ Eu, Wolverine, em que vemos um personagem mais humano, se apaixonando pela personagem Mariko e tendo que encarar inúmeros samurais no sol nascente. Para isso, a idéia do personagem querer ser um mortal e ter a oportunidade de alcançar isso, através de alguém que ele salvou na explosão de Nagasaki (numa seqüência espetacular) é uma mera desculpa para o protagonista mudar de cenário e ter que encarar novos desafios até então inéditos para ele.
Vale lembrar que um dos principais problemas de Origens a meu ver, foi o acumulo desenfreado de inúmeros personagens inseridos ali sem propósito, mas que aqui é diferente, sendo que eles surgem por um motivo e por nossa sorte são muito bem explorados. Para nossa surpresa, a personagem Yukio (Rila Fukushima) é quem rouba a cena, ao se tornar uma espécie de companheira mirim de Logan e nos fazendo nos lembrar de suas parceiras jovens dos quadrinhos (vide Jubileu e kitty pryde). Os seus momentos em que contracena com o herói, principalmente num intenso momento no final do segundo ato da trama, estão entre os melhores momentos do filme.
Porém, a força matriz do filme está no relacionamento que Logan começa a ter com Mariko (Tao Okamoto), sendo que o nascimento de um possível amor entre eles nos convence, mesmo quando ela no principio demonstra certa frieza perante o protagonista. É interessante observar, que embora seja um filme de aventura e ação estrelado por um dos personagens mais populares das HQ, o filme não se intimida ao se entregar aos momentos de calmaria, onde o casal se mistura com a cultura japonesa e rendendo momentos singelos e muito bem construídos. Mas ao mesmo tempo em que isso soa positivo para o filme, acaba se tornando meio que estranho, quando de uma hora para outra surge às cenas de ação cheia de adrenalina (como as do trem) e fazendo a gente ter a sensação que os personagens entraram em outro filme completamente diferente do que a gente estava assistindo.
Além disso, o terceiro ato da trama acaba meio que se entregando ao esquema de entreter a todo o custo o espectador, sendo que a ação incessante desvirtuou um pouco a proposta inicial da trama. Para piorar, a vilã Víbora, mesmo perigosa em alguns momentos, não nos convence com suas caras e bocas pra lá de canastronas, que são vindas da atriz sem sal Svetlana Khodchenkova. Pelo menos, os minutos finais nos brindam com revelações importantes de certos personagens e da um novo rumo ao protagonista, que por fim, consegue vencer os seus demônios interiores (representado por certa ruiva conhecida nossa).  
Embora não tendo a perfeição de X-Men 2 e tão pouco de X-men: Primeira Classe, Wolverine: Imortal pelo menos respeita a nossa mentalidade em boa parte das mais de duas horas de projeção e comprova que os estúdios estão cada vez mais querendo melhorar através dos seus próprios erros. Resta saber se o equilibro de boa historia e entretenimento terá longa vida nas adaptações de HQ a seguir.

NOTA: Não deixe de ver o inicio dos créditos, pois nela há uma importantíssima cena extra, que da uma deliciosa dica do que virá ano que vem em X-Men: Dias do Futuro Esquecido. 


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