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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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domingo, 31 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 11


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.
  
“Anna Pavlova Vive em Berlim' 

Sinopse: Perdida num limiar de insanidade e lucidez poética, a "party queen" russa Anna Pavlova perambula pelas ruas de Berlim em uma crise de identidade.

O subtítulo acima faz uma referencia a uma das principais frases da protagonista, ditas para o cineasta que fica atrás dela o tempo todo durante quatro meses de filmagens. A frase pode ser muito bem usada como exemplo do que está por vir na tela, pois o jovem cineasta Theo Solnik segue a jornada de dias e noites da jovem russa amalucada nas ruas de Berlim, mas jamais se intromete em suas aventuras onde tudo pode então acontecer. Com o objetivo de mostrar o lado utópico desse clima constante felicidade, que aparece ser comum em Berlim, “uma cidade onde é possível viver com pouco dinheiro e se divertir muito”, segundo as próprias palavras do cineasta.
Com essa intenção, Solnik pega carona com Ana nas ruas da cidade, onde tudo que vemos na tela nada é ensaiado, sendo tudo bem cru, realista, por vezes deprimente, mas não menos que espetacular. A bela fotografia em preto e branco, aliás, se casa muito bem com os momentos, tanto sombrios da protagonista, como também os momentos de muita luz e vida que ela passa para a câmera. Além de claro servir muito bem em mostrar um lado um tanto obscuro da cidade, que por vezes, de nada lembra as belas imagens dos cartões postais que tantos os alemães vendem por lá. Muito embora ajam momentos de mais pura beleza, principalmente quando surgem as verdadeiras pessoas naquelas ruas, e tornam elas muito mais interessantes.
Mas embora a fotografia, montagem e á idéia principal que o cineasta quis passar, tenham se cruzado no momento certo e na hora certa para a criação desse filme, nada disso funcionaria se não fosse pela energia magnética de sua protagonista. Ao assistir Ana na tela, imediatamente me identifiquei com ela, pois ela é uma jovem, cheia de vida e que pretende (a todo custo) viver ao máximo. Essa característica via sempre aos montes quando era mais jovem, sendo que me lembrou bastante umas colegas de escola, mas elas não tinham essa força tão destrutiva como à dela, na qual, com certeza ninguém conseguiria sempre acompanhar suas aventuras naquelas ruas. Existem momentos, inclusive, que Ana para na frente da câmera, e passa tamanha força em seus olhos, que cria um verdadeiro contraste, se comparado nos momentos no qual seu corpo se entrega a bebedeiras e drogas, mesmo ela estando consciente que tais fraquezas são prejudiciais a ela. Embora pequena, é uma verdadeira entidade imprevisível, onde ela se arrisca a noite ao falar mal e cuspir em uma pessoa de uma danceteria em que ela estava devendo dinheiro. Momento esse, aliás, um dos mais tensos, pois nada daquilo é armado, onde até mesmo Theo, por pouco não é agredido.
São esses momentos dela que nos fazem ficar tão fascinados pela sua pessoa, que até chegamos a duvidar em certos momentos, se aquilo tudo foi realmente real. Não é a toa que a própria Ana Pavlova foi mencionada em alguns prêmios de melhor atriz no mundo a fora, mesmo ela não estando atuando em momento algum na tela, pois ela é aquilo e isso é o que mais fascina. Sendo que não sentimos tanta energia de vida e naturalidade em outras pessoas, quando as vemos atuando como elas mesmas em determinados documentários. Pelo menos no meu caso, não me lembro de algo parecido como isso que eu vi na tela.
Com um ato final em que Ana revela novas camadas de sua personalidade para a câmera, o filme deixa no ar certas duvidas, sobre o futuro da protagonista e o que é mais importante, nos faz desejar em não querer largar do ombro da protagonista, e desejar passar mais algumas noites com ela nas ruas de Berlim.

NOTA: Infelizmente o filme teve somente duas sessões na Usina do Gasômetro, na mostra de Documentários Artdoc., que complementa o seminário recém realizado RODA-Rodada de Debates sobre a Arte, que abrigou na capital encontros entre artistas, críticos e curadores. Tive o maior prazer de participar de uma das sessões, com a participação do próprio cineasta Theo Solnik, que contou em um debate após a sessão, sua experiência de rodar esse filme e do seu dia a dia junto com Ana, nos quatro meses de filmagem.
Para um filme cheio de qualidades (e um dos melhores que vi desse ano), merece uma segunda vinda em nossa capital.    

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sexta-feira, 29 de março de 2013

Cine Dica: Estreias no final de semana (29/03/13)


Já faz umas duas semanas que não andei postando as estreias do final de semana, mas também pudera, pois eu não tenho parado muito em casa, tendo saído bastante para curtir essas semanas de folga. Mas como hoje é sexta feira santa e se deve ficar quieto em casa (segundo a tradição da minha família), decidi postar o que ta chegando aos cinemas. Como todo feriadão que se preze, muitas pessoas irá viajar para aproveitar esse tempo livre e, portanto está chegando poucas estreias e não muito indispensáveis.
A Hospedeira é mais nova tentativa em adotar os órfãos (livres) da Saga Crepúsculo.  G.I. JOE: RETALIAÇÃO é uma espécie de tentativa de melhorar o que não deu certo no filme anterior, que acabou sendo bastante desprezado pelo publico e por fim, JACK - O CAÇADOR DE GIGANTES é mais um de uma leva de filmes baseados em contos de fadas, que por sinal, não deu muito certo em território americano.
Abaixo, confiram as sinopses e os trailers das estreias.    


A HOSPEDEIRA

Sinopse: A trama se passa no futuro, quando o planeta Terra foi dominado por um inimigo invisível, os hospedeiros, que controlam as mentes e os corpos das pessoas extiguindo os humanos. Melanie (Saoirse Ronan, de Um Olhar do Paraíso) que, mesmo depois de ser infectada, resiste bravamente à Peregrina (Diane Kruger, Bastardos Inglórios), a parasita que tenta se hospedar em seu corpo para localizar os humanos sobreviventes por meio de suas lembranças. Entretanto, Melanie ocupa a mente com visões do homem que ama, Jared (Max Irons, de A Garota da Capa Vermelha), e assim desvia a atenção da invasora, que, incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, começa a se sentir intensamente atraída por aquele humano.


G.I. JOE: RETALIAÇÃO


Sinopse:Na sequência de G.I. Joe: A Origem da Cobra, a equipe dos G. I. Joe foi desmontada pelo governo e precisa agora lutar por conta própria contra Zartan (Arnold Vosloo), seus comparsas e os líderes mundiais influenciados por ele que iniciaram uma grande guerra. No elenco, atores como Bruce Willis, Channing Tatum, Dwayne Johnson e Ray Stevenson.
  
JACK - O CAÇADOR DE GIGANTES 

Sinopse: Uma guerra antiga se reinicia quando Jack (Nicholas Hoult), um jovem trabalhador do campo, abre inconscientemente um portal entre o nosso mundo e uma raça de gigantes apavorantes.


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quinta-feira, 28 de março de 2013

NOTA: EM BREVE NO MEU BLOG.....



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Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 10


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.
  
Bullying


Sinopse: Em 2011, cerca de 13 milhões de crianças americanas sofreram algum tipo de bullying, seja na escola, no ônibus, em casa, no bairro em que mora ou através de celulares ou da internet. Este documentário busca analisar esta situação, levando em conta tanto as vítimas quanto quem pratica bullying, além do porquê de tamanho silêncio em torno do assunto, tendo como parâmetro da realidade nos Estados Unidos.

Hoje em dia é comum cada vez mais ouvir casos de Bullying, mas que infelizmente isso só foi mais sentido agora (devido a casos de mortes), pois no meu tempo de escola já havia esses casos, que na época nos chamávamos síndrome do “Karate Kid”. Para o bem ou para o mal, antes tarde do que nunca, pois graças a inúmeros meios de comunicação (como rede sociais) esses casos foram cada vez vistos com mais atenção, tanto pelos os pais, como também os educadores que convivem no dia com essas crianças na escola. Embora existam pessoas duras com relação a não demonstrar certos sentimentos, é preciso ter um coração de pedra para não se comover com o dia a dia de algumas crianças que esse documentário registra.
Com um numero cada vez maior de suicídios registrados em território americano e de outros países, o documentário investiga o dia a dia de algumas dessas crianças: Alex, por exemplo, é constantemente ameaçado, unicamente por possuir um corpo fragilizado e uma boca diferente das outras crianças. Num primeiro momento, os pais dele simplesmente não tinham idéia da situação que ele vivia no dia a dia, tanto dentro do ônibus escolar, como também na escola. Para piorar, a diretora da escola se mostra (aparentemente) não ter nenhuma noção da situação em que ele ou outras crianças de lá viviam, que segundo suas próprias palavras “todos são anjos”.
O filme não busca uma solução exata, mas sim passa um alerta para que esses casos não se repitam mais. No ato final, a união dos pais e de crianças que sofreram ao longo dos anos por serem diferentes das outras, faz nascer uma chama de esperança, tanto para essa geração, como para a próxima.   

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quarta-feira, 27 de março de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: A FUGA



Sinopse: Addison e Liza fogem com o dinheiro de um golpe em um cassino. Enquanto isso, o ex-boxeador Jay está a caminho da casa dos seus pais – June e o xerife aposentado Chet – para passar o Dia de Ação de Graças com a família. Quando Addison atira em um policial, ele e Liza se separam e seguem em direção à fronteira.

“Os melhores perfumes estão nos pequenos frascos”. Essa frase define muito bem esse pequeno filme de estréia em território americano, do diretor australiano Stefan Ruzowitzky (Os Falsários), que embora dirija uma trama que não traga muita novidade no gênero policial, é graça a sua forma de dirigir as cenas e arrancar as melhores interpretações do elenco que fazem a diferença. Na realidade, sua direção se baseia no que já foi feito no gênero, mas sua visão pessoal com relação a esse tipo de filme faz com que a trama passe um frescor de originalidade impossível de não ser seduzido.
O casal de irmãos (e ladrões) da trama (Eric Bana e Olivia Wilde) acabam por se tornarem o principio, para o inicio de uma teia de eventos, em que envolve inúmeros personagens, nos quais a maioria deles possui fortes laços de sangue e que acaba por sinal explorando determinados dramas familiares, a partir do momento em que se começa uma caça florestal para o encontro dos irmãos em fuga. Com um ótimo elenco que inclui Sissy Spacek, Kris Kristofferson, Treat Williams e Kate Mara – Ruzowitzky, todos esses personagens irão chegar a um ponto de se colidir no ato final da trama. Sendo que durante todo o filme, ocorrem inúmeras situações, que acabam se tornando peças fundamentais de uma espécie de jogo de xadrez, no qual se nascerá um verdadeiro cheque mate, numa inesperada (e mórbida) reunião de ação de graças em família e que acabara testando os nervos do publico.  
É uma pena que justamente nesse crucial e melhor momento de toda a trama, o diretor simplesmente falhou em  agilizar demais as coisas para finalizar ela, sendo que muitos pontos ficaram em aberto e deixando para o espectador, tanto um gosto de decepção na boca, como também o desejo da trama prosseguir por mais alguns minutos. Embora com esse deslize, é um filme que merece ser descoberto.  


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Cine Dica: Sessão Aurora Exibe "La Cecilia"


SESSÃO AURORA NA SALA P. F. GASTAL
EXIBE RARO FILME SOBRE A COLÔNIA CECÍLIA  

A Sessão Aurora apresenta no sábado, 30, às 18h, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), o longa-metragem La Cecilia (1975), um dos raros filmes de ficção do renomado crítico de cinema francês Jean-Louis Comolli. Após a sessão, haverá um debate com os editores da revista Aurora. A entrada é franca.
 La Cecilia versa sobre um grupo de italianos que migra para os confins do Brasil no século XIX com a intenção de criar uma comunidade anarquista. Distante da Europa e dos anos 1970, Comolli busca inspiração na vida do pensador libertário Giovanni Rossi para colocar em debate alguns dos tópicos mais urgentes das rupturas políticas setentistas – que ainda ecoam em nossos dias –, como a negação das hierarquias, o desejo como uma condição essencial da revolução e as relações estreitas entre amor e poder.
 Para além das questões mais pontuais daqueles anos, Comolli destaca o fato de que seu filme também lança um olhar sobre a migração: “A passagem de um país a outro, de uma cultura, de uma língua, de uma sociedade a outra, mas também a passagem de um tipo de luta a outra, de um tipo de marginalidade a outra”. La Cecilia sempre foi tido como um título discreto entre as produções europeias contemporâneas, especialmente as de realizadores italianos como Francesco Rosi, Elio Petri e os Irmãos Taviani, mas a problematização dos diversos processos de transformação, do extremo íntimo ao social, faz do filme um exemplar precioso (e atual) do cinema político dos anos 1970.
 Jean-Louis Comolli foi editor-chefe da revista francesa Cahiers du Cinéma entre 1966 e 1971, período que marca a transição da defesa intensa do cinema moderno, encarnado especialmente nas manifestações experimentais dos Novos Cinemas espalhados pelo mundo, para a morte da cinefilia clássica – com a absorção total das reviravoltas políticas pós-maio de 1968 em seus escritos.

La Cecilia será exibido numa cópia em DVD, com legendas em português.
La Cecilia. França/Itália, 1975, cor, 113 minutos. Direção: Jean-Louis Comolli. Com Massimo Foschi, Maria Carta, Vittorio Mezzogiorno e Mario Bussolino.

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terça-feira, 26 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 9


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.

Tropicália 

Sinopse: Uma análise sobre o importante movimento musical homônimo, liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil no final dos anos 1960. O documentário resgata uma fase na história do Brasil em que cena musical fervilhava e os festivais revelavam vários novos talentos. Ao mesmo tempo, o Brasil sofria com a ditadura dos generais no poder, o que fez com que Caetano e Gil fossem exilados do país.

O cinema brasileiro vive o seu auge no gênero documentário e Tropicália é grande cereja no bolo. Embora foque o universo musical que moldou no nosso país nos anos 60 e 70, a arte da musica aqui é apenas o primeiro catalisador que acabou se espalhando em diversos gêneros daquele período. A mistura de diversas artes daquele tempo possibilitou um panorama  e que acabou sendo muito lembrado ao longo dos anos.
O cineasta Marcelo Machado foi fundo na coisa, graças a um precioso material de arquivo preservado, que se casa com momentos em que clássicos filmes como Terra em Transe e o Bandido da Luz Vermelha se entrelaçam com as musicas já clássicas daquela época . Como se não bastasse, a obra tem a participação dos mestres Gilberto Gil e Caetano Veloso, cujo seus depoimentos (mais imagens raras deles naquele período) se cria uma viajem no tempo, tanto no auge deles dentro do movimento Tropicália, como também no período que tiveram que viver na Inglaterra devido ao período nebuloso da Ditadura daqui.

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segunda-feira, 25 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 8


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos. 

O DIAMANTE BRANCO

SINOPSE: O Diamante Branco, de Werner Herzog - Amazônia, 1992: um acidente com um protótipo de dirigível criado pelo cientista britânico Graham Dorrington mata seu amigo e diretor de filmes ecológicos, Dieter Plage, enquanto filmava animais selvagens junto ao Rio Amazonas. Doze anos depois, Werner Herzog retorna à região ao lado de Dorrington, disposto a fazer uma segunda tentativa. Melhor documentário pelo New York Film Critics Circle.

Sendo um filme de Werner Herzog, já podemos ter uma idéia do que esperar dessa produção, pois o que todos os seus filmes tem em comum é mostrar pessoas que buscam a realização dos seus desejos e ao mesmo tempo enfrentam seus próprios limites, mesmo que isso possa lhe custar muito. Ou seja: vemos nos personagens apresentados em seus filmes um reflexo do próprio diretor do que ele faz, que é simplesmente busca meios para tentar se desafiar ou buscar alguém para se espelhar. E a bola da vez nesta produção de 2004 foi o cientista britânico Graham Dorrington, uma pessoa completamente obstinada em atravessar o Rio Amazonas com um dirigível.
Embora nos estejamos vendo o lado meio que excêntrico de Graham, ao mesmo tempo ele demonstra que tem pleno conhecimento do que ele faz é perigoso e que tudo tem seus limites, mas ao mesmo tempo, quanto mais ele sente que algo lhe impede de realizar o seu desejo, mais ele quer ir em frente, principalmente por talvez buscar redenção e fazer as pazes com o passado quando perdeu o seu amigo Dieter Plage numa tentativa de auto risco.
Como sempre, o filme explora bastante a natureza do lugar e Werner busca pela câmera as melhores cenas em retratar tanto a natureza como também os perigos que ela traz consigo. Em determinados momentos ficamos aflitos pelo destino dos protagonistas do documentário, principalmente pelos personagens secundários que surgem na tela, como um nativo do lugar que vive com suas galinhas e ajuda o resto do grupo, se interagindo e fazendo parte desse sonho de Graham.
Um filme indispensável para quem é fã do diretor e sabe muito bem o que esperar da produção.

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Cine Dica: Mostra Dedicada a Odete Lara na Sala P. F. Gastal


MOSTRA NA SALA P. F. GASTAL HOMENAGEIA ODETE LARA, UMA DAS GRANDES ATRIZES DO CINEMA BRASILEIRO
  
 A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) dedica a partir de terça-feira, 26 de março, uma pequena mostra em homenagem a Odete Lara, uma das mais importantes atrizes do cinema brasileiro. A mostra reúne quatro títulos, que estão entre os principais momentos da filmografia da atriz: Absolutamente Certo, de Anselmo Duarte, Bonitinha, mas Ordinária, de J. P. de Carvalho, Copacabana me Engana, de Antônio Carlos da Fontoura, e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro.
Nascida em São Paulo, em 1928, Odete Lara teve uma infância e uma adolescência difíceis (tanto sua mãe quanto seu pai se suicidaram, deixando-a sozinha, pois era filha única). Desde cedo chamou a atenção por sua beleza, o que lhe valeu o convite para trabalhar como manequim. Logo começa a atuar no teatro, no elenco do célebre TBC. A passagem para o cinema se dará naturalmente. Seu primeiro filme será a comédia O Gato de Madame, de 1956, ao lado do cômico Mazzaroppi. Após atuar em várias chanchadas, que exploravam sobretudo a sua beleza, o momento de virada acontecerá com Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri, no qual comprova seu talento dramático. A partir daí, se torna uma das atrizes mais requisitadas do cinema brasileiro, atuando sob a direção de nomes como Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Antônio Carlos da Fontoura, Cacá Diegues e Bruno Barreto, entre outros. Na metade da década de 70, decide abandonar a carreira artística, e passa a se dedicar ao budismo.
A mostra dedicada a Odete Lara tem o apoio da Programadora Brasil, projeto do Ministério da Cultura destinado à difusão do cinema brasileiro, e pode ser conferida em três sessões diárias, às 15h, 17h e 19h.

Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 7


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.
  
5x Pacificação

Sinopse: Para contar a história das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nas favelas do Rio de um modo diferente do que se vê nos noticiários, os produtores Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães abraçaram o projeto de quatro diretores de "5x Favela -- agora por nós mesmos", para que as UPPs fossem examinadas de dentro, do ponto de vista dos que moram nas comunidades.

Num determinado momento do clássico Matar ou Morrer, a personagem de Grace Kelly pergunta para o dono de um hotel, porque ele não gosta do marido dela, que é o xerife local da cidade (Gary Cooper)? A resposta é mórbida, pois o dono do estabelecimento respondeu que ganhava muito mais na cidade, quando não havia o xerife Cooper e quando a bandidagem controlava as redondezas. Essa cena me veio à mente imediatamente ao assistir esse documentário, quando um dono de um bar na favela do alemão, disse que ganhava bem mais, quando os bandidos e o universo do trafico dominavam aquela região, até é claro a chegada da invasão da policia e do UPPs  (Unidades de Polícia Pacificadora).
Os produtores Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães decidiram destrinchar esse novo universo apresentado na favela, entrevistando tanto pessoas satisfeitas com essa nova situação, como também aquelas que estavam a anos acostumados com aquela realidade em que a criminalidade dominava o território. Se por um momento ficamos chocados por declarações de pessoas que preferem como era antes, por outro devemos compreender que aquele mundo em que eles viviam já durava há anos e sempre um mundo novo é difícil de acostumar num primeiro momento. Principalmente com suas novas regras impostas pela lei, que para o bem ou para o mal, será algo para o bem futuramente para os dois lados da mesma moeda.  
Embora o documentário foque ao máximo todo o lado positivo dessa pacificação, por outro fica a sensação no ar, que sempre a qualquer momento pode tudo voltar como era antes. Mas é claro que isso somente irá acontecer se caso a boa vontade e determinação dos mesmos que criaram essa pacificação, venha a desaparecer conforme o tempo passe. 

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Cine Dica: CineBancários estréia longa nacional DISPAROS


CineBancários estreia longa nacional com trama sobre violência urbana

O CineBancários lança com exclusividade a partir de 26 de março o longa nacional Disparos, de Juliana Reis, tenso drama sobre violência urbana, valorizado por seu excelente elenco e pela fotografia de Gustavo Hadba, um dos mais competentes profissionais da área no cinema brasileiro.

A trama de Disparos, inspirada em fatos reais, mostra o envolvimento de um fotógrafo (Gustavo Machado) em um caso de violência pela cidade ao ser assaltado por motoqueiros, que são atropelados por um carro não identificado. Após recuperar sua câmera, ele percebe que precisa voltar ao local para encontrar o seu cartão de memória. Questionado por um policial (Sílvio Guindane), ele é acusado do crime por omissão de socorro e, consequentemente, é levado a uma delegacia. Lá precisa lidar com Freire (Caco Ciocler) e Gomes (Thelmo Fernandes), que não estão dispostos a facilitar a situação para ele.
 A diretora Juliana Reis, estreante no formato longa-metragem, consegue construir uma trama que evita o velho clichê dos mocinhos contra bandidos, criando uma tensa narrativa sobre um embate moral. De um lado, o fotógrafo arrogante que foi vítima de assalto. Do outro, o policial que prolonga a investigação ao máximo como resposta à postura superior do primeiro. É a partir deste conflito, sem uma única bala ser disparada – o título é uma referência ao disparo das máquinas fotográficas e também uma ironia em relação ao tema principal –, que o longa-metragem é apresentado. Disparos revela uma direção segura, que ma ntém a atenção do espectador desde o início. Também chama a atenção do espectador a habilidade da diretora em tirar bons desempenhos de seu elenco, formado por atores de talento comprovado, como Gustavo Machado, Caco Ciocler e Sílvio Guindane.

Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.  

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Cine Dica: Em Cartaz: ANNA KARENINA (2012)



Sinopse: Na Rússia de 1874, Anna Karenina (Keira Knightley), jovem aristocrata casada com Karenin (Jude Law), um alto funcionário do governo, envolve-se com o Conde Vronsky (Aaron Taylor-Johnson), oficial da cavalaria filho da Condessa Vronsky (Olivia Williams), chocando a alta sociedade de São Petersburgo.

Embora o cinema e o teatro sejam artes de entretenimento distintas, ambas possuem atores e atrizes que atuam em historias fictícias. Existem casos da união dessas duas artes, mas nenhuma me surpreendeu mais do que essa: a mais nova versão do clássico de Leon Tolstoi. Dirigido com empenho pelo cineasta Joe Wright (Orgulho e Preconceito), boa parte da trama se desenrola em um palco, onde elenco entra e sai de acordo com a mudança de cenário, que quando ocorre não existe cortes e simplesmente as coisas transcorrem com total normalidade, sendo que os atores prosseguem com suas interpretações sem mais nem menos. Se num primeiro momento isso possa parecer um tanto estranho, á formula nos fisga rapidamente, tornando o ritmo da trama dinâmico e muito bem orquestrado. Talvez essa forma de contar essa trama, seja uma espécie de representação da forma que vivia a sociedade aristocracia russa daquele período, em que as aparências (aparentemente) politicamente corretas, eram uma forma de representação dos bons costumes que as pessoas criavam umas com as outras, para então sempre se manterem na mesma roda.
Claro que tudo isso muda, quando Anna Karenina (Keira Knightley, competente) começa a ter um caso com o jovem Vronsky (Aaron Taylor – Johnson) e chega ao ponto de abandonar o próprio marido Karenin (Jude Law, espetacular) e filho. Diferente da versão clássica estrelada por Greta Garbo, aqui a personagem, pode até ser um tanto ambígua, mas não vitima, sendo que ela não mede esforços para manter essa relação, ao ponto de perder a boa aparência que tinha perante a sociedade russa.  Outro ponto a favor dessa versão é terem tornado os personagens masculinos mais humanos, onde não escondem as suas falhas e fraquezas perante a uma situação que foge de seu controle.
Vale lembrar, que as versões anteriores sempre sofriam uma readaptação quando a obra era levada as telas, devido a sua longa trama. Mas aqui, Joe Wright foi abiu ao inserir uma sub-trama de um romance mais suave: do fazendeiro Levin (Domhnaill Gleeson), que não deseja fazer parte desse universo de aparências, com a personagem Kitty (Alicia Vikander). Se esse pequeno romance pode-se esperar um final feliz, o mesmo não se pode dizer do triangulo amoroso da trama principal, sendo que as escolhas e conseqüências de ambos os personagem levam há um caminho sem volta. Vitimas das aparências impostas pela sociedade? Ou vitimas de seus atos impulsivos? Cada um que assiste tira suas próprias conclusões!    

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quarta-feira, 20 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 6


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.
  
VOU RIFAR MEU CORAÇÃO

Sinopse: Assinado por Ana Rieper, o documentário Vou Rifar Meu Coração utiliza a obra dos principais nomes da música popular romântica - também conhecida como música brega - para falar sobre o imaginário romântico, erótico e afetivo do brasileiro.

O grande acerto desse documentário de Ana Rieper, foi ter escolhido as pessoas certas, acertar no tom das declarações dessas pessoas que vai do bem humorado ao mais puro desabafo. O documentário tem inicio focando as origens da musica brega, mais precisamente sobre os cantores e suas motivações que os levaram a cantar esses tipos de musicas. De todos os entrevistados, Vando é o que mais não se intimida em explicar, sobre as origens de suas musicas de sucesso, sendo que elas estão ligadas a sua vida amorosa do passado, que de uma forma ou de outra acaba em amor não correspondido ou traição.
Alias, Vando é de um grupo de geração de cantores, que decidiram não somente criar musica que contavam suas vidas amorosas, como também era uma forma de laçar o publico em geral que iria se identificar com elas. Mesmo reconhecendo que a musica não é aquelas coisas ou simplesmente brega, as pessoas entrevistadas reconhecem que se vêem em varias letras famosas e não tendo nenhum tipo de vergonha de ter ouvido e chorado junto com elas. O grande acerto da cineasta foi fazer a transição sobre as origens da musica brega, para focar os depoimentos de pessoas, cuja suas vidas poderiam gerar outras melodias semelhantes, através de suas historias de corações partidos e de uma grande bagagem para contar. O que vemos na tela, são pessoas humildes, humanas, sem papas na língua e não tendo nada para esconder. A sorte da diretora, foi ter pegado como exemplo, o depoimento do ex prefeito Osmar, que mesmo tendo tido uma relação fora do casamento durante 33 anos, e ter gerado filhos e netos do outro lado, ele ainda tenha a capacidade de chamar a outra nesta altura do campeonato de amante e focar a esposa como a sua prioridade.  
O que vemos, é a declaração de um ser humano reconhecendo os seus erros, que não deseja que outros façam o mesmo e que sente no fundo o sofrimento das suas mulheres que surgem na tela com as marcas das dores do passado que ainda as assombram. São momentos como esse e outros, que o publico em geral se vê na tela, compreendendo as pessoas que surgem, com seus erros e acertos e sem poder julgá-las se estão certas ou erradas. Pois no final das contas, há de todos nos cometermos erros semelhantes, mesmo quando não admitimos abertamente para outras pessoas. Para um documentário, cujo ponto de partida era descobrir as origens das musicas bregas, a proposta foi muito mais longe do que se poderia imaginar, e nos meros mortais com nossos inúmeros erros e defeitos, temos mais do que agradecer.

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terça-feira, 19 de março de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: OZ, MÁGICO E PODEROSO



Sinopse: Quando Oscar Diggs (James Franco), um inexpressivo mágico de circo de ética duvidosa é afastado da poeirenta Kansas e acaba na vibrante Terra de Oz, ele acha que tirou a sorte grande, até encontrar três feiticeiras, Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams), que não estão convencidas de que ele é o grande mágico que todos estão esperando. Relutantemente envolvido nos problemas épicos que a Terra de Oz e seus habitantes enfrentam, Oscar precisa descobrir quem é bom e quem é mau antes que seja tarde demais.

Revisitar um clássico sempre pode se tornar uma grande armadilha, principalmente um clássico de magnitudes que valem ouro como O Mágico de Oz. A produção de 1939 esta entre os melhores representantes, daquela que muitos consideram a era de ouro do cinema, mas coube a Disney entrar nesse desafio de revisitar aquele universo, mas respeitar a sua essência. Claro que muito disso se deve da nova onda de filmes de contos de fadas que andam fazendo sucesso atualmente, sendo que a própria casa do Mickey tem um grande sucesso recente desse gênero no currículo (Alice no País das Maravilhas).
Baseado nos primeiros contos de sucesso de  L. Frank Baum, o filme mostra as aventuras do mágico de araque Oz (James Franco) e o que levou a ser o grande mágico e rei das cidades das Esmeraldas daquele mágico lugar. Já no inicio, o filme presta uma bela homenagem ao clássico de 1939, sendo que os primeiros minutos que mostram o personagem fazendo suas mágicas, tudo é apresentado numa bela fotografia em preto e branco e com a tela reduzida, representando muito bem como os filmes eram apresentados naquele tempo. Quando Oz cai nesse mundo mágico, a cor finalmente aparece e a tela se estica, apresentando belas imagens coloridas que salta os olhos.
Até esse ponto, sentimos um pouco o lado autoral do diretor Sam Raimi (Uma Noite Alucinante), mas não espere as tão famosas marcas registradas do diretor (como a câmera vertiginosa), sendo que não é uma produção dele, mas sim de um grande estúdio que almeja ganhar um grande lucro com a produção. Se a intenção é essa, pelo menos capricharam em inúmeros momentos do projeto, no qual pode agradar tanto os adultos como as crianças. Muito embora não seja um filme que se pode exigir muito da interpretação do elenco, principalmente do seu protagonista: James Franco como Oz, por alguns momentos da entender que os produtores erraram feio na sua escolha, pois em muitos momentos sua atuação é exagerada, para não dizer caricata. Mas acredito que isso talvez tenha sido intencional, pois a todo o momento Oz interpreta algo que não é, mas que aos poucos terá que escolher um caminho, de ser um altruísta, ou falsário até o fim.       
Mas se o protagonista desaponta pelo menos os coadjuvantes que o seguem roubam a cena, como a garota de porcelana (Joey King) e o macaco Finley (Zach Braff) que se tornam a parte cômica e emocional do filme. Já o trio de bruxas é de altos e baixos: por mais elegante que esteja Rachel Weisz parece mais estar no piloto automático, interpretando a bruxa malvada Evanora, grande arquiteta do golpe de estado na cidade das Esmeraldas. Já  Mila Kunis oscila numa interpretação perfeita, para caricata, ao interpretar Theodora, a tão famosa bruxa verde do clássico de 1939, sendo que nos primeiros minutos em que ela é apresentada, fica até meio difícil de acreditar que a personagem se tornaria a clássica bruxa. Mas quando acontece isso, o lado caricato da personagem surge, mas somente para se casar perfeitamente com aquela imagem da bruxa que nos foi apresentado na década de 30. Já Michelle Williams está perfeita no papel de Glinda, uma moça cheia de doçura e bondade, que serve como contraponto para as armações de Oz.
Com começo, meio e fim bem previsíveis, embora  redondinhos, OZ, O Mágico e Poderoso é diversão garantida para toda a família e ao mesmo tempo pura nostalgia, para aqueles cinéfilos que tanto respeitaram o grande clássico da era de ouro do cinema.

NOTA: Por ser um filme dirigido por Sam Raimi, era mais do que lógico que o seu amigo de longa data Bruce Campell (o Ash da trilogia Uma Noite Alucinante) estaria no elenco. Mas ele está todo maquiado e quase irreconhecível, portanto boa sorte para aqueles que descobrirem onde ele está.          

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segunda-feira, 18 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 5


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.

A História do Pirate Bay


Sinopse: Dois anos de filmagem, TPB AFK é um documentário sobre três viciados em computador que revolucionou o mundo da distribuição de mídia com seu site criado por hobby. Como Tiamo, um fanático por cerveja e louco por hardware, quebrou uma árvore abraçando um ativista ecológico e Anakata, um libertário cibernético paranoico. Como eles conseguiram que a Casa Branca ameaçasse o governo sueco com sanções comerciais? TPB AFK explora como o ódio de Hollywood pelos dos piratas atingiu um nível pessoal.”

O compartilhamento de filmes, musicas, livros e dentre outras coisas pela internet, sempre será um assunto espinhoso, pois os dois lados tem a sua razão. Se de um lado os estúdios de cinema e musica ficam furiosos pelo fato de estarem perdendo dinheiro com isso, por outro, os criadores como o torrents, por exemplo, criaram algo que na verdade antecipou o futuro do mercado e provou que a forma de distribuição de filmes e musicas (vide CD e DVD) seria algo no futuro obsoleto, mas até que os estúdios se dessem conta disso, não faltaram perseguições e processos contra aqueles que criaram essa nova forma de se ver e ouvir as coisas. Embora seja um novato, Simon Klose surpreende numa direção agiu ao acompanhar os eventos de 2008 á 2010, quando os criadores de Pirate Bay, Fredrik Neij, Peter Sunde e Gottfrid Svartholm foram julgados e condenados pela criação do site.
São interessantes como esses protagonistas são apresentados na tela, sendo que a principio se mostram jovens com atitudes ousadas e descompromissadas perante a situação que se meteram. Contudo, gradualmente com decorrer do tempo, o trio começa a sentir os efeitos dessa situação, principalmente quando foram condenados e começaram a fugir para outros territórios. O filme explora minuciosamente até onde eles estão certos e até onde estão errados e acima de tudo, é um filme que levanta inúmeros debates sobre a liberdade de expressão pela rede, o que gera então uma teia de pontos de interrogação vasta e que dificilmente acaba.   
Não é um documentário que retratam culpados ou inocentes, mas sim sobre um assunto para ser debatido com calma e que da o direito de todos levantem a sua própria opinião sobre isso.

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domingo, 17 de março de 2013

Cine Dica: Pirate Bay em Debate na Sala P. F. Gastal


A HISTÓRIA DO PIRATE BAY EM DOCUMENTÁRIO
QUE GANHA EXIBIÇÃO NA SALA P. F. GASTAL
  
Neste domingo, 17 de março, às 17h, acontece na Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro - 3º andar) a sessão comentada do documentário A História do Pirate Bay, sobre o serviço online de compartilhamento de arquivos via torrents que se tornou uma verdadeira bandeira pela internet livre desde que seus fundadores passaram a ser perseguidos e processados por pirataria. 

Seguida de um debate sobre inovação, liberdade de informação, novas tecnologias e direitos autorais, a atividade é organizada conjuntamente entre o movimento Piratas Gaúchos, a Associação Software Livre.Org e o programa Na Boa em POA, abrindo a programação do Gabinete de Inovação e Tecnologia para a Semana de Porto Alegre. Com direção do sueco Simon Klose, a produção é de 2013 e foi licenciada em Creative Commons, formato de licença que pode permitir, entre outras atribuições, a reprodução da obra e seu uso para diversos fins.

A sessão é aberta ao público e a entrada é franca.
  
A História do Pirate Bay (The Pirate Bay: Away from Keyboard), de Simon Klose. Suécia/Dinamarca/Noruega/Inglaterra/Holanda/Alemanha, 2013, 85 minutos, documentário.

Cine Dica: Em Cartaz: DEZESSEIS LUAS



Sinopse: Ethan Wate (Alden Ehrenreich) é um estudante do colegial que mora em Gatlin, um pequeno vilarejo na Carolina do Sul. Ele vive isolado dos outros jovens em uma sociedade intolerante, perturbado pelos sonhos com uma garota misteriosa. Um dia, uma nova adolescente chega ao local: Lena Duchannes (Alice Englert), que também tem problemas de adaptação. Logo, os habitantes de Gatlin descobrem que ela possui poderes sobrenaturais. Ethan e Lena se apaixonam e agora devem lutar contra uma maldição se quiserem ficar juntos.

Com o fim da endiabrada saga Crepúsculo, era inevitável que os estúdios não largassem tão facilmente uma formula (boba) que deu tão certo e, portanto correram para que essa fase ainda estivesse fresca na cabeça dos jovens apaixonados e politicamente corretos. Baseado na obra de Kami Garcia e Margaret Stohl, aqui tem um verdadeiro repeteco de tudo que já assistimos na saga vampiresca, mas que em vez de vampiros brilhantes no sol, temos dessa vez bruxos (ou conjuradores), que em meio a esse novo cenário, temos o mortal(Alden Ehrenreich) um peixe fora d’água de sua própria cidade, que se apaixona pela jovem conjuradora (Alice Englert). Até ai, não é nenhuma novidade, principalmente pelo fato que (logicamente) surge um conflito que fará que os pombinhos não possam ficar juntos (devido a uma maldição antiga) e que fará que Lena tema o seu próprio destino.
No decorrer da projeção, sempre me soava um alarme na cabeça dizendo que eu já sabia como tudo isso terminaria, mas precisei seguir adiante para ter certeza disso e dei com burros d’água. Contudo, é preciso salientar que a produção é até bem cuidada, principalmente se comparado aos primeiros filmes da saga Crepúsculo, que de tão preguiçosa, se via claramente as maquiagens mal feitas. Aqui não existe isso, sendo que talvez alguns erros do passado tenham existido para não se cometê-los de novo. Mas isso não quer dizer muita coisa, pois a trama (ou formula) que é importante não evolui em nada e o mesmo pode-se dizer do casal central, que são apenas um pouquinho melhores se comparado aos nossos velhos (e irritantes) conhecidos Edward e Bella.    
Mas se por um lado o jovem casal não acrescenta muita coisa, o mesmo não se pode dizer dos velhos veteranos que surgem na tela: Viola Davis (Duvida) se sai bem como conselheira de Ethan, ao ponto de sempre roubar a cena quando surge na tela. O mesmo se pode dizer de Jeremy Irons (Adorável Julia), que embora já tenhamos visto em interpretações melhores, ele até que defende com certa elegância o seu personagem, mesmo em momentos em que não se pode inventar muito, o que acaba lhe deixando um tanto que travado em alguns momentos. Já Emma Thompson é um caso super interessante, pois quando ela surge em sua primeira cena, ela simplesmente arrasa e se torna a personagem mais interessante da historia. Mas eis que no (arrastado) ato final da trama, Emma simplesmente exagera, ao transformar a sua personagem tão bem construída na sua entrada, numa vilã boba e megalomaníaca. Talvez o roteiro tenha colaborado para esse retrocesso na construção que a atriz estava fazendo para a sua personagem, pois nunca vi um personagem surgir tão bem e terminar de uma forma tão miserável.   
Com um final arrastado e com as inevitáveis pontas soltas para abrir caminho para uma inevitável seqüência, Dezesseis Luas, pode até ser melhor em alguns pontos se comparado a Crepúsculo, mas não me surpreenderia se morresse no meio do caminho, pois o publico alvo chegara um ponto que deverá  amadurecer e deixar de curtir certas formulas tão cegamente. 

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