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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: COSMÓPOLIS



Sinopse:Eric Packer (Robert Pattinson) é um milionário egocêntrico que acordou com uma obsessão: cortar o cabelo no seu barbeiro localizado do outro lado da cidade. Para isso, o gênio de ouro das finanças terá que atravessar, em sua limousine, uma caótica Nova York que irá revelar uma ameaça a seu império a cada quilometro percorrido.

No curso sobre David Cronenberg, que aconteceu em fevereiro desse ano (que foi criado pelo Cena Um e ministrado por  Rosângela Fachel), havia soltado uma pergunta: será que Cronenberg seria capaz de tirar leite da pedra?  A resposta é sim e não!
Embora ainda limitado, eu devo confessar que a interpretação de Robert Pattinson é no mínimo competente neste filme e que bate com a proposta que a trama  quer passar, sendo que o seu personagem é um ser de imagem fria e que não passa nenhum sentimento perante as pessoas que ele considera inferiores. Mas é aquela historia: se o protagonista é opaco, os coadjuvantes é que roubam a cena.
Na verdade as situações que o personagem passa é que rouba a atenção do espectador. De uma simples ida com a sua limusine (para ir cortar o cabelo no outro lado da cidade), se torna uma verdadeira via crus, em que o protagonista riquinho vê o seu mundinho perfeito ser destroçado por diversos eventos que ocorrem durante o percurso: desde a vinda do presidente, há um funeral de um famoso cantor e inúmeros protestos que ocorrem nas ruas devido à crise financeira. É curioso observar, que embora o cineasta tenha deixado um pouco de lado algumas de suas características nos seus filmes anteriores, elas novamente vêm à tona, que é a exploração do corpo e a fixação pela maquina. Que aqui no caso, seria o protagonista proteger o seu “eu” dentro de uma limusine hiper equipada, mas que acaba se tornando uma verdadeira lixeira no decorrer do filme devido aos percalços que ela passa.  
A limusine destroçada acaba se tornando uma representação da mente já declinada de Eric, que atinge o se fundo do poço, num ato final onde ele testa a sua própria sanidade. Até lá, a trama é invadida por coadjuvantes, que mesmo pouco tempo em cena, acaba por roubar os holofotes, como no caso da personagem de Juliette Binoche, mais translocada do que nunca.
Para os fãs de Cronenberg é prato cheio, mas para as meninas avoadas que só pensam em apreciar  Robert Pattinson na tela grande, pode se tornar um verdadeiro soco no estomago para elas. E olha que esse filme não representa nenhum pouco o período sanguinolento do cineasta.     

Leia também: Cine Especial:David Cronenberg.  

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