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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cine Especial: DUBLAGEM X LEGENDA


Esses dias eu estava lendo um desabafo do critico de cinema Pablo Villaça (leia aqui) sobre o numero cada vez maior de filmes com copias dubladas que estréiam nas salas brasileiras. O caso que o numero de copias de filmes legendados esta cada vez diminuindo mais e com isso somos obrigados a ver somente copias dubladas. Mas daí qual o problema? Não é a nossa língua que está sendo ouvida? Pode até ser e respeito à dublagem brasileira que está entre as melhores do mundo, contudo, quando se dubla um filme, o som original se perde completamente. Se tiver alguma duvida do que eu estou falando então pegue um filme seu em DVD e compare o áudio original com o áudio dublado, é uma diferença gritante.
Outro problema nisso tudo, é que normalmente ocorre com os filmes uma estréia mundial, (vide a cine serie Piratas do Caribe) e por conta disso, os responsáveis pela dublagem correm as pressas para terminar o trabalho ligeiro antes da estréia e com isso fazem um trabalho nas cochas com um resultado decepcionante, ou seja, a pressa é a inimiga da perfeição. O problema que sempre vai ter alguém dizendo “a mais filme dublado não precisa ler”, ou quando vem com aquela desculpa que não consegue acompanhar o filme direito lendo e assistindo ao mesmo tempo. Eu ouvi muito isso nestes anos todos do meu pai que não é nem um pouco cinéfilo e acredito que a maioria que reclama dessa forma, vai para o cinema somente para curtir a ocasião, mas nunca para se apreciar uma obra, seja boa ou ruim, não é então um cinéfilo que cresce assistindo a filmes legendados sem nenhum problema e se não consegue ler, deveria ter estudado mais e lido mais. E é ai que ocorre outro grande problema, o publico que já não tem nenhum interesse de ler, ira ter menos interesse ainda em ver um filme legendado se a situação se generalizar de vez. O caso que os donos das salas de cinema pensam em dinheiro, o que ocorre em todo tipo de negocio que se preze, pensa nas massas que vão lotar as salas de cinema e não se importam nem um pouco como ficara a qualidade do filme. Em um mundo justo, teríamos o filme nas duas versões (dubladas e legendadas) e nos mesmos horários, mas a realidade é outra, sendo que algumas salas de cinema colocam a versão legendada em horários noturnos, onde atrai menos pessoas.
Mas essa situação é totalmente generalizada? Nem tanto, pois atualmente isso acontece mais com os filmes de entretimento vide as grandes produções americanas com suas intermináveis sagas, enquanto os filmes mais artísticos e autorais escapam dessa, como no caso dos sucessos de publico e critica como Copia Fiel, Em Um Mundo Melhor e Arvore da Vida, que estrearam na capital gaucha somente com legendas e com o seu som original, limpo e cristalino.

NÃÃOOOOOO
Se quiser um bom exemplo desse problema que anda acontecendo em nossas salas, dou como, por exemplo, o que aconteceu comigo neste ultimo sábado. Fui assistir ao elogiado Planeta dos Macacos: A Origem, que por sinal gostei muito, mas fui impedido de ver em sua total plenitude, tudo devido à ambição dos donos do cinema que eu fui. Segundo o jornal, seria uma copia legendada que eu iria assisti, mas o dia que eu fui era o ultimo sábado do mês e normalmente nessa sala que eu vou, eles cobram somente cinco reais neste dia. Somando dois mais dois, eles não iriam deixar de escapar uma fatia gorda do publico e com isso (somente naquele dia que eu fui) eles colocaram somente uma copia dublada, ou seja, perdi o direito de ver a versão que eu queria.
Felizmente, tanto eu, como Pablo Villaça, outras pessoas e outros  meios de comunicação tem levantando esse assunto o que é bom, para então, as pessoas (cinéfilas ou não) darem a sua opinião. Talvez não mude muita coisa, mas serve como uma prova que a maioria dos cinéfilos que vão assistir a um filme no cinema, deseja ver ele com o maximo de qualidade possível e que tenha o direito de escolher de que forma quer ver e ouvir o seu filme. Afinal, vivemos numa democracia, ou eu estou errado?


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