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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Cine Especial: Rei Kane. Não tão rei assim



Qual o melhor filme de todos os tempos? Seria Cidadão Kane, obra máxima de Orson Wells que tanto os críticos pregam? Será que eles estão certos? Seria obrigatório um filme americano ser o melhor de todos os tempos da sétima arte?
Lembro-me de uma lista muito boa em que a revista BRAVO publicou, na opinião deles, sobre os 100 melhores filmes de todos os tempos. O bom dessa lista é que não estavam somente filmes americanos, mas também de muitos países como no caso Brasil, Itália, Japão e dentre outros. Mas mesmo sendo uma ótima lista, sempre esta lá o tal filme que sempre é considerado pela maioria dos críticos como o melhor filme de todos os tempos, Cidadão Kane, sempre ele. 
Nada contra a obra máxima de Orson Wells e se formos analisar mais a fundo, era realmente um filme a frente daquele tempo (1941) o que talvez tenha sido esse o seu único defeito por assim dizer, porque as pessoas e críticos em geral não estavam ainda preparadas para aquele tipo de filme e isso se refletiu na entrega do Oscar, que quando era para ter sido ele o grande vencedor, os membros da academia premiaram o apenas simpático, Como era verde meu vale de John Ford com o premio maximo daquela noite. Ao longo do tempo, (já apartir dos anos 50) o filme começou a ganhar o status de obra prima e liderar a preferência de muitos críticos de cinema e nas duas ultimas décadas, sempre esta em primeiro lugar dos 100 melhores de todos os tempos, seja dos melhores filmes americanos ou mundial. Mas será que realmente estão certos? Será que não precisavam dar uma nova analisada sobre isso?
No meu ponto de vista, eu acredito que o que faz de um filme se tornar uma obra prima é ter, não somente uma boa historia, mas inúmeras cenas marcantes que tornem a obra inesquecível. Cidadão Kane, por exemplo, possui alguma das cenas mais importantes da historia como a do inicio do filme quando o protagonista diz a tão enigmática palavra “Rosebud”. Mas de cenas clássicas são poucas se compararmos esse filme com outras obras primas que podem muito bem substituí-lo do posto de melhor de todos os tempos.
Estou comprando briga? Vejam os cinco filmes abaixo que eu selecionei e vejam como eu posso estar com a razão. Lembrando que nenhum desses filmes abaixo é o meu filme preferido e sim é o meu olhar de critico profissional (eu me achando) que falou mais alto. Se não fosse assim, colocaria muito bem o meu filme preferido que é Blade Runner mas daí então seria forçar demais em meio a grandes pesos pesados da sétima arte. Deixa o meu filme quietinho com seus status de Cult mesmo.

 

O PODEROSO CHEFÃO
De longe a obra máxima de Coppola e como eu disse no texto acima, são o numero de cenas clássicas e marcantes que tornam o inesquecível e ganha status de obra prima. O filme possui uma lista extensa de cenas marcantes as minhas preferidas são essas:

A abertura (eu acredito na America)
A cabeça do cavalo na cama
O atentado contra CorLeone
A primeira vez de Michael (minha favorita)
O refugio de Michael em Corleone
A morte de Johnny
A morte de Corleone nas laranjeiras
A vingança de Michael

Fizeram as contas? Olha que tem bem mais durante o filme, mas daí ficaria a tarde toda escrevendo os detalhes de cada uma delas.

2001: Uma Odisséia no Espaço
Assim como Cidadão Kane, a obra máxima de Stanley Kubrick foi um filme a frente do seu tempo e que fez com que muitas pessoas que assistiam na época ficavam se perguntando o que realmente assistiram. O próprio Kubrick disse uma vez que se a pessoa que assiste 2001 e compreende, então ele falhou em seu projeto, porque a intenção não era essa de compreender, mas sim interagir com a obra senti-la dentro de si.
Nunca me esqueço da minha primeira sessão vendo esse filme, era na TV e na época não entendi nada e o apelidei de o filme “silencioso”, mas jamais deixei de admirar essa ficção cientifica “pé no chão” que até hoje cria inúmeras teorias sobre as suas imagens, como a enigmática meia hora final, talvez a mais enigmática da historia da sétima arte.

O GAROTO
Se fosse pegar uma imagem que representasse o cinema como um todo, acho que seria sem sombra de duvida Charles Chaplin. Criador de obras maiores do que a vida, Chaplin era outro gênio a frente do seu tempo, cujo seu talento era de criar inúmeras emoções no espectador no decorrer dos seus filmes. E com certeza, O Garoto esta entre os seus melhores filmes em provocar isso no espectador, porque rimos de suas situações ao adotar uma criança abandonada, mas choramos quando tentam tirar dele a mesma, numa cena impactante para qualquer coração que assista.

Um Corpo que Cai
Alfred Hitchcock era um caso raro de diretor que dificilmente fazia um filme ruim (talvez o Terceiro Tiro fosse um deles) criando assim uma infinita lista de ótimos filmes, onde cada um deles possui cenas inesquecíveis. Muitos consideram Psicose sua obra prima, mas acho que Um Corpo que Cai se supera por criar uma trama que possui tantas camadas para serem descascadas que quando chegamos ao verdadeiro enigma da trama, ficamos estufados com o fato de termos sido manipulados tanto quanto o próprio personagem de James Stewart.

Casablanca
Talvez, a obra máxima dos estúdios Warner. Um filme que tinha tudo para dar errado, mas que existem muitos os motivos para ter levado a ter se tornado um clássico, desde a musica clássica ouvida em tantos lugares como também inúmeras cenas marcantes como a tão lembrada (e imitada) cena da separação do casal que muitos consideram ela corajosa, principalmente numa época em que o cinema americano era obrigatório um final 100% felizes pra sempre, mas que atualmente é difícil tentar imaginar um final diferente para aquele ato final icônico e deslumbrante.

Um comentário:

ANTONIO NAHUD disse...

O seu blog está cada vez melhor, amigo. Adorei o novo layout.

O Falcão Maltês