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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Cine Dica: MARIO BAVA: Maestro do Macabro


Apresentação

Ao longo de quatro décadas, do início dos anos 1940 ao final dos 70, o diretor de fotografia, técnico de efeitos especiais e cineasta Mario Bava (1914-1980) escreveu, com uma imaginação visual única, o seu nome na história do cinema de horror, e também no cinema popular italiano, do qual foi o mestre maior, desbravando o caminho para uma geração de diretores cultuados, como Dario Argento e Lucio Fulci. Nos últimos anos, graças ao trabalho dedicado de pesquisadores como o norte-americano Tim Lucas, seu principal biógrafo, e a ótimas restaurações que possibilitaram o lançamento de praticamente todos os seus filmes em versões integrais no mercado de vídeo doméstico, a extensa obra de Bava, que inclui mais de 20 longas-metragens somente na função de diretor, começou a receber o reconhecimento que merece pelo mundo, com a publicação de inúmeros estudos críticos, organização de retrospectivas, etc.


Seu frutífero legado pode ser visto não apenas em inúmeros elogios e citações, mas também nos filmes de famosos cineastas que estão entre seus confessos admiradores: Tim Burton (BatmanA Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça), Joe Dante (O Buraco), Martin Scorsese (A Última Tentação de CristoCabo do Medo), Federico Fellini (Julieta dos EspíritosHistórias Extraordinárias) e David Lynch (Twin Peaks). Portanto, não causa nenhuma surpresa a bela homenagem a Bava realizada pela cineasta neozelandesa Jennifer Kent no recente e ótimo The Babadook (2014).


Sendo assim, hoje, mais do que nunca, é fundamental que todos os interessados e estudiosos pela história e crítica não apenas do cinema de gênero como também do cinema de autor vejam, revejam e compreendam os filmes de Mario Bava, o “Hitchcock da Cinecittà” e um dos monstros incontornáveis da criação cinematográfica.
                                     
Objetivos

O curso Mario Bava: Maestro do Macabro, ministrado por Fernando Brito, vai apresentar um panorama da vida e da obra de Mario Bava dentro do contexto histórico do cinema popular italiano, e também buscar compreender o estilo visual do diretor, a partir da análise de cenas de seus principais filmes e, por fim, discutir sua enorme influência em outros cineastas.

Conteúdo das aulas

AULAS 1 e 2 (10/Outubro)
  • Apresentando Mario Bava: por que “maestro do macabro”?
  • Uma família de artistas italianos: o aprendizado com o pai Eugenio Bava, escultor, cenógrafo e diretor de fotografia.
  • Os primeiros anos, a atuação como diretor de fotografia, técnico de efeitos especiais e operador de câmera, e o trabalho com grandes cineastas como Roberto Rossellini, Raoul Walsh, Steno, Mario Monicelli, G. W. Pabst, Mario Camerini e Jacques Tourneur.
  • Diretor de fotografia, diretor ou codiretor de Os Vampiros Caltiki – O Monstro Imortal?
  • Um dos melhores filmes de estreia de todos os tempos: A Maldição do Demônio.
  • Anos 60 – o gótico e “todas as cores da escuridão”: O Chicote e o CorpoAs Três Máscaras do Terror e O Ciclo do Pavor.
  • Anos 60 – a criação do giallo: o episódio “O Telefone” de As Três Máscaras do TerrorA Garota que Sabia Demais Seis Mulheres para o Assassino.
  • Anos 60 – os peplaHércules no Centro da TerraA Vingança dos Vikings Os Punhais do Vingador, e o “Polifemo” da minissérie A Odisseia.
  • Anos 60 – a incursão pelo pop: Bonecas Explosivas Perigo: Diabolik.
  • Anos 60 – paradigma de sci-fi “B” e “pai” do AlienO Planeta dos Vampiros.
  • Anos 60 – os obscuros faroestes spaghettiA Estrada do Forte AlamoRingo del Nebraska e Roy Colt & Winchester Jack.


AULAS 3 e 4 (11/Outubro)
  • Anos 70 – novas explorações estéticas: O Alerta Vermelho da LoucuraQuatro Vezes Naquela Noite Cinco Bonecas para a Lua de Agosto;
  • Anos 70 – subvertendo o giallo e antecipando o slasherBanho de Sangue;
  • Anos 70 – a volta ao gótico e o magnífico filme-súmula: Os Horrores do Castelo de Nuremberg e Lisa e o Diabo;
  • Anos 70 – um policial visceralmente moderno – Cães Raivosos;
  • Os últimos anos: ShockA Vênus de Ille e a colaboração com Argento em A Mansão do Inferno;
  • Os discípulos e filhos do maestro do macabro e Bava hoje.

Ministrante: Fernando Brito

Doutor em Literatura Inglesa pela Universidade de São Paulo, com especialização em romance gótico, Fernando Brito é também pesquisador e crítico de cinema, tendo colaborado ao longo de sua carreira com diversas publicações, como a Sci-Fi News Cinema e o extinto Jornal do Vídeo.
Desde 2002, trabalha como curador na Versátil Home Video, onde teve a felicidade de idealizar e supervisionar o lançamento de (por enquanto) dez filmes de Mario Bava em DVD: O Chicote e o CorpoO Ciclo do PavorLisa e o DiaboO Planeta dos VampirosA Maldição do DemônioO Alerta Vermelho da LoucuraA Garota que Sabia DemaisCães RaivososBanho de Sangue Seis Mulheres para o Assassino.
Curso
Mario Bava: Maestro do Macabro
 
de Fernando Brito

Datas
Dias 10 e 11 / Outubro (sábado e domingo)
Horário
Sábado: Aula 1: 14h30 às 16h20 / Aula 2: 16h40 às 18h30
Domingo: Aula 3: 14h30 às 16h20 / Aulas 4: 16h40 às 18h30
Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)

Investimento
R$ 80,00
(Inclui: Certificado de participação + Apostila)

INFORMAÇÕES
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714
 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: ORESTES



Sinopse:A filha de uma militante política traída e executada, uma defensora da pena de morte e uma enfermeira que lida diariamente com o resultado da violência são alguns dos personagens que se confrontam nesta reflexão sobre os mecanismos da justiça.


Atualmente a resposta dos brasileiros contra o crime tem sido muito agressiva, aonde muitos desejam até mesmo a morte de bandidos através do linchamento. Esse assunto, por vezes, se manifesta em alguns casos, como quando ocorrem confrontos entre policiais e (supostos) criminosos e é então quando entra em cena reflexões sobre o que ocorreu realmente nos tempos da ditadura. No mais novo filme de Rodrigo Siqueira (Terra Deu, Terra Come), Orestes constrói um cenário entre ficção e realidade para voltar no assunto com todo o seu lado complexo do decorrer do tempo.
Inspirado na tragédia Oréstia de Ésquilo com o caso do Cabo Anselmo, agente infiltrado que colaborou para a morte de vários militantes nos anos 1970, entre eles sua companheira Soledad Viedma, o filme estabelece e enlaça outros assuntos similares do passado, presente e cria um mosaico de inúmeros debates e reflexões para serem digeridas gradualmente. Das inúmeras opiniões colocadas na mesa, vários envolvidos com a discussão, basicamente divergem de uma defensora de vitimas da violência que procura explicar de uma forma franca os sentimentos de vingança com o discurso de proteger os inocentes contra os bandidos que devem ser punidos severamente. Nesse ponto, o filme escancara os movimentos de grupos que praticam justiças com as próprias mãos e que acreditam estar acima de qualquer pessoa para praticar tais atos.
Em situações que exploram o lado emocional, as sessões de psicodrama envolvem os mesmos protagonistas, com destaque para a filha de Soledad e suas dores com relação a dúvidas quanto a sua paternidade. No nível jurídico, um julgamento fictício protagonizado por dois advogados põe em debate a culpabilidade de um Orestes fictício que, é baseado no caso de Anselmo e Soledad, e por extensão o perdão aos torturadores facultado pela Lei da Anistia. As cenas filmadas de São Paulo, aonde focam um  urubu voando  e depois por um helicóptero policial representam esse assunto e transformam num verdadeiro  estudo sobre as pulsões latentes na sociedade do passado e de hoje.
Em certo momento do longa, um dos personagens, sobrevivente da ditadura, diz: “Tive que procurar ajuda profissional para arrumar minha cabeça porque eu ia pirar. A questão não era o torturador que me machucou. É o torturador que tinha dentro de mim”. Os padrões de comportamento que são repetidos podem também ser fruto do que em psicologia chamamos de reforço positivo. Aquele que é achacado, assim que mudar de posição, não perderá a chance de dar o troco.
Nesse particular, Rodrigo, que dirigiu e escreveu o documentário, faz importante crítica à Lei da Anistia, que ao perdoar os crimes, chancela a impunidade e deixa livre a possibilidade de que os tais padrões de comportamento continuem acontecendo. A revisão da lei da Anistia proposta pela OAB foi rejeitada pelo STF, ainda em 2010, sob a justificativa de que, “devemos olhar para o futuro não para o passado”, nas palavras de Marco Aurélio Mello. A instância máxima da Justiça falava em transição democrática pacífica. O perdão aos torturadores trouxe uma carga emocional fortíssima para os violados e não propiciou a transição. Ainda vivemos em uma ditadura. Mas as vítimas e os motivos mudaram.
Embora sendo exibido num circuito restrito, Orestes é um documentário para ser visto por todos, onde nós coloca  de frente com o melhor e o pior de nós e resta somente você descobrir quais desses dois lados você mais alimenta. 


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Cine Dica: Amy Winehouse na Cinemark: não perca!


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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Cine Especial: CINEMA DE AUTOR: FINAL


Nos dias 26 e 27 de  setembro,  eu estarei no Cine Capitólio,  participando do curso Cinema de Autor, criado pelo Cine Um e ministrado pelo pesquisador e professor com atuação nas áreas de Teoria do Cinema Prof. Dr. Fernando Mascarello. Enquanto atividade não chega, como sempre irei fazer umas postagens especiais com relação ao assunto. Como já participei de inúmeros cursos, faço aqui uma retrospectiva dos cineastas autores que já foram tema dos cursos do Cine Um.
 
 (NOTA: Acessem as matérias sobre cada diretor clicando no nome deles).






Leia também: Partes 1 e 2.

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