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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Cine Curiosidade: “O LOBO ATRAS DA PORTA” CONQUISTA O TROFÉU GRANDE OTELO DE MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO NO 14º GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO

Tony Ramos e Babu Santana dividiram o prêmio de Melhor Ator. Homenagens ao diretor Roberto Farias e ao centenário de Grande Otelo, com a presença de seus familiares, foram um dos destaques da cerimônia realizada no Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro
A décima quarta edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro reuniu os principais nomes do cinema nacional no Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, na Cinelândia, nessa terça-feira (1º de setembro). O filme “O Lobo Atrás da Porta” se sagrou vencedor, com sete troféus Grande Otelo, incluindo as categorias Melhor longa-metragem Ficção, Melhor Direção e Melhor Atriz. “Este filme foi feito com o coração. Um trabalho feito com orçamento pequeno, mas com uma paixão enorme”, agradeceu o diretor Fernando Coimbra, ao lado das premiadas Leandra Leal e Thalita Carauta (Melhor Atriz Coadjuvante). A noite foi de muita emoção, com homenagem ao cineasta Roberto Farias e ao centenário do ator Grande Otelo, que dá nome ao troféu, que este ano ganhou novo desenho de Ziraldo. O filho de Otelo, José Prata, também esteve presente.
Os atores Marcelo Faria, Miguel Thiré, Saulo Rodrigues e Cristina Lago foram os anfitriões da noite, que encenaram personagens em um set de filmagem montado no palco, além de anunciar os indicados de cada categoria. No total, foram 30 troféus Grande Otelo distribuídos entre atrizes, atores, diretores e outros profissionais da indústria do cinema nacional – 23 escolhidos pelos membros da Academia Brasileira de Cinema e três categorias escolhidas pelo público: “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” em Longa-metragem Ficção, ”Dominguinhos” em Melhor Longa-metragem Documentário e Melhor Longa-metragem Estrangeiro, vencido por “Boyhood – Da Infância a Juventude”.
Em um inesperado empate técnico dos votos do júri, Tony Ramos e Babu Santana dividiram o premio de Melhor Ator por suas atuações nos filmes Getulio e Tim Maia. “Jamais imaginaria estar neste lugar ao lado de Tony Ramos” vibrou Babu, ao que Tony Ramos declarou “Não existe ator de teatro, ator de cinema ou ator de televisão. Existe o ator!” e concluiu dizendo “A gente não compete, a gente concorre”.
Grande homenageado da noite, o diretor Roberto Farias viu sua longa e importante trajetória do cinema ser contada no palco, através da encenação do seu sobrinho, o também ator, Marcelo Faria. Diversos filmes realizados pelo cineasta foram exibidos no telão, como “Assalto ao trem pagador” e “Pra frente, Brasil”. Ao final das apresentações, Marcelo e seu pai Reginaldo Faria, irmão do homenageado, chamaram Roberto Farias ao palco. “Graças a Deus os brinquedos que produzi quando pequeno viraram meu trabalho. Não poderia ser outra a minha vida” agradeceu o cineasta que já rodou 13 filmes que, juntos, levaram mais de 26 milhões de espectadores aos cinemas do Brasil.
A cerimônia teve direção artística e roteiro de Ivan Sugahara, um dos profissionais mais requisitados e criativos da atualidade (vencedor na categoria melhor espetáculo do Prêmio Cesgranrio de Teatro 2015 com ‘Fala Comigo como a Chuva e me Deixa Ouvir’), com cenografia de Sérgio Marimba e iluminação de Paulo César Medeiros. A noite foi uma celebração do cinema brasileiro, do centenário do nascimento do Grande Otelo artista que, desde 2002, dá nome à estatueta do Grande Prêmio de Cinema que este ano, ganhou novo desenho assinado por Ziraldo, além da homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro.O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é realizado pela Academia Brasileira de Cinema e pela Espaço/Z e conta com o patrocínio da TV Globo através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, da Prefeitura do Rio de Janeiro por meio da RioFilme, do Telecine, Cinemark e Hotéis Othon. Os apoiadores são: Globo Filmes, Paramount, Universal, Sony Pictures, Lereby, FOX, Warner Bros Pictures, Kinoplex, Paris Filmes, Exibidor, Stella Artois, Chandon, CiaRio, O2 Filmes, UCI, Associação Brasileira Cinematográfica, Donna, Link Digital, Adorocinema, Telequality, Foto na Cabine, Fotosfera Rio, KL Digital, Filme B, além da apuração da PWC.
Descrição: http://i0.wp.com/academiabrasileiradecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/09/IMG_55121.jpg?resize=365%2C243


VENCEDORES – GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2015

MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO
·         O LOBO ATRAS DA PORTA de Fernando Coimbra. Produção: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Debora Ivanov e Gabriel Lacerda por Gullane e Rodrigo Castellar e Pablo Torrecillas por TC Filmes

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
·         BRINCANTE de Walter Carvalho. Produção: Caio Gullane, Fabiano Gullane e Debora Ivanov por Gullane

MELHOR DIREÇÃO
·         FERNANDO COIMBRA por O lobo atrás da porta

MELHOR ATRIZ
·         LEANDRA LEAL COMO ROSA por O lobo atrás da porta

MELHOR ATOR
·         BABU SANTANA COMO TIM MAIA por Tim Maia 2º fase
·         TONY RAMOS COMO GETÚLIO VARGAS por Getúlio

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
·         THALITA CARAUTA COMO BETTY por O lobo atrás da porta

MELHOR ATOR COADJUVANTE
·         JESUÍTA BARBOSA COMO AYRTON por Praia do futuro

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
·         LULA CARVALHO por O lobo atrás da porta

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
·         TIAGO MARQUES por Getúlio

MELHOR FIGURINO
·         KIKA LOPES por Trinta

MELHOR MAQUIAGEM
·         MARTÍN MACIAS TRUJILLO por Getúlio

MELHOR EFEITO VISUAL
·         ADAM ROWLAND por Trash – a esperança vem do lixo

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
·         FERNANDO COIMBRA por O lobo atrás da porta

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
·         JORGE FURTADO E PEDRO FURTADO – adaptado da obra “ Frontal com Fanta” de Jorge Furtado por Boa sorte

MELHOR MONTAGEM FICÇÃO
·         KAREN AKERMAN por O lobo atrás da porta

MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
·         PEDRO BRONZ por A Farra do Circo

MELHOR SOM
·         GEORGE SALDANHA, FRANÇOIS WOLF E ARMANDO TORRES JR. por Tim Maia

MELHOR TRILHA SONORA
·         BERNA CEPPAS E MAURO LIMA por Tim Maia

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
·         ANDRÉ ABUJAMRA por Trinta

MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
·         OS HOMENS SÃO DE MARTE… É PRA LÁ QUE EU VOU Marcus Baldini Produção: Bianca Villar, Fernando Fraiha e Karen Castanho por Biônica Filmes

MELHOR LONGA METRAGEM ANIMAÇÃO
·         O MENINO E O MUNDO de Alê Abreu. Produção: Fernanda Carvalho e Tita Tessler por Filme de Papel

MELHOR LONGA METRAGEM INFANTIL
·         O MENINO E O MUNDO de Alê Abreu. Produção: Fernanda Carvalho e Tita Tessler por Filme de Papel

MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO
·         O CAMINHÃO DO MEU PAI de Maurício Osaki

MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
·         EFEITO CASIMIRO de Clarice Saliby

MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO
·         A PEQUENA VENDEDORA DE FÓSFORO de Kyoko Yamashita

MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO
·         RELATOS SELVAGENS (Relatos Selvajes, ficção, Argentina) – dirigido por Damián Szifron. Distribuição: Warner Bros

VOTO POPULAR- GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2015
MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO
·         HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO de Daniel Ribeiro. Produção: Daniel Ribeiro e Diana Almeida por Lacuna Filmes.
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
·         DOMINGUINHOS
MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO
·         BOYHOOD – DA INFANCIA A JUVENTUDE


Fonte:
assinaturaEZ-poa-lisi

Cine Curiosidade: Protagonizado por Eddie Redmayne, ‘A Garota Dinamarquesa’ ganha cartaz teaser

 DIRIGIDO POR TOM HOOPER, LONGA CONTA A HISTÓRIA DE LILI ELBE, PRIMEIRA
MULHER TRANSGÊNERO A SE SUBMETER A UMA CIRURGIA DE REDESIGNAÇÃO 
 
Premiado com o Oscar de melhor ator neste ano pela interpretação de Stephen Hawking em “A Teoria de Tudo”, o britânico Eddie Redmayne retorna aos cinemas em “A Garota Dinamarquesa” (The Danish Girl). Previsto para estrear no Brasil em fevereiro de 2016, o filme acaba de ganhar cartaz teaser.
Com distribuição da Universal Pictures e direção de Tom Hooper (de “O Discurso do Rei” e “Os Miseráveis”), o drama biográfico apresenta ao público a história de Lili Elbe – primeira mulher transgênero a se submeter a uma cirurgia de redesignação de sexo. Ao lado de Alicia Vikander - no papel da mulher de Lili, Gerda Wegener -, Eddie Redmayne dá vida à artista e traz para os cinemas os dramas pessoais, a vida profissional e a jornada de Lili até ser considerada pioneira transgênero.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: O HOMEM IRRACIONAL



Sinopse: Em crise existencial o professor de filosofia Abe Lucas (Joaquin Phoenix) chega para lecionar em uma pequena cidade dos Estados Unidos. Logo uma de suas alunas Jill (Emma Stone) se aproxima dele devido ao fascínio que sente pelo seu intelecto além da tristeza que sempre carrega consigo. Simultaneamente ele é alvo de Rita (Parker Posey) uma professora casada que tenta ter um caso com ele. A vida começa a melhorar para Abe quando numa ida à lanchonete com Jill ouve a conversa de uma desconhecida sobre a perda da guarda do filho devido à uma decisão do juiz Spangler (Tom Kemp). Abe logo começa a idealizar o assassinato de Spangler e como por ser um completo desconhecido jamais seria descoberto.


Além de ser um diretor autoral, Woody Allen sempre gosta de colocar o seu lado pessoal nas telas do cinema, mesmo quando os seus personagens não sejam literalmente o seu “eu” verdadeiro. Em alguns casos, o diretor opta em exorcizar os seus demônios interiores em suas tramas em que ele cria, para assim, se sentir desprendido por algo que ele carrega. Em O Homem Irracional, percebo que é uma trama que, sintetiza um pouco da turbulência que o cineasta passou nos últimos tempos (como a sua vida pessoal com Soon Yi Previn vindo novamente à tona na mídia) e, pôr esses sentimentos na trama, talvez seja um lugar bom para eliminá-los.
No longa, acompanhamos o dia a dia do professor de  filosofia Abe Lucas (Joaquin Phoenix, ótimo) que, embora seja talentoso no que faz, vive numa fase de crise existencial e não vê mais nenhum sentido em viver. As coisas mudam de forma gradual quando se muda para uma nova cidade e lá conhece a aluna Jill (Emma Stone), sendo que a mesma começa a sentir uma atração pelo professor e ambos começam ter um caso. Porém, Lucas somente começa a sentir um sentido na vida, no momento em que ele começa a ouvir numa lanchonete uma conversa desesperadora de uma mulher e é ai que ele toma uma decisão inusitada.
Embora num primeiro momento Allen seja sempre lembrado por comedias neuróticas, vale lembrar que ele sempre flertou em tramas das quais envolvem assassinato, como Crimes e Pecados e Match Point como exemplo. Aqui, o humor neurótico, existencialismo, crime e assassinato, são emoldurados num único quadro que, embora não traga nenhum frescor de originalidade, nos prende do começo ao fim. Isso se fortalece graças a uma galeria de personagens carismaticamente excêntricos, cujas suas vidas se encontram meio que vazias e não excitam em arriscar para encontrar algum sentido na vida.
Embora seja a primeira vez que esteja trabalhando com o cineasta, Joaquin Phoenix surpreende ao se apresentar totalmente à vontade em cena e criando mais um grande personagem em sua filmografia. O seu Abe Lucas nada mais é do que um lado do estado de espírito que Allen teve (ou tem) em alguma passagem de sua vida e que difere dos outros protagonistas dos filmes anteriores, dos quais enxergávamos o cineasta, mesmo não sendo ele próprio atuando. Atenção para a cena do revolver, sendo ela uma pequena prova da imprevisibilidade do personagem.
Embora já tenha trabalhado com o cineasta em Magia ao Luar, Emma Stone se apresenta aqui com todas as características das musas anteriores do cineasta. Basta dizer que as ações de sua personagem se assemelham com o que foi visto na personagem de Scarlett Johansson em Vicky Cristina Barcelona, mas de uma forma acentuada e muito melhorada. A química entre ela e Phoenix é outro ingrediente que nos faz perceber como Allen, mesmo já tendo feito quase cinquenta filmes na carreira, não tenha ainda perdido a mão na direção dos atores. 
Com passagens durante a trama, junto com um final que me fez lembrar o clássico A Sombra de Uma Duvida de Alfred Hitchcock, O Homem Irracional não é um filme de maior ou menor grau da carreira de Woody Allen, mas sim uma pequena amostra de uma das inúmeras facetas obscuras e escondidas no interior da alma do cineasta. 

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Cine Dica: Meredith Monk na Cinemateca Capitólio



Nos dias 01 e 02 de setembro, terça e quarta-feira, sempre às 20h, acontecem na Cinemateca Capitólio as duas únicas sessões dos filmes realizados por Meredith Monk. A exibição de Ellis Island e Book of Days marca a abertura da mostra Petrobras Cinepalco, com produção da Petrobras, do Porto Alegre em Cena e da Cinemateca Capitólio. Os ingressos custam R$ 10,00.
O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.
Ellis Island

Estados unidos, 28 minutos, 1981 / Direção: Meredith Monk
Entre 1892 e 1927 quase 16 milhões de pessoas chegaram à Ilha Ellis tentando imigrar para os Estados Unidos. ​Para os 280.000 imigrantes que foram expulsos, a Ilha tornou-se a "Isle of Tears"​ (Ilha de lágrimas​). O filme mistura documentário, ​experimento​, ficção e dança descrito por Monk como "um mosaico de sons e imagens ​entrelaçados em ​um desenho ​musical formal".
Book of Days

Estados Unidos, 74 minutos, 1988 / Direção: Meredith Monk
Embora centre sua ação na Idade Média, os personagens do filme e suas preocupações são profundamente familiares​. Há paralelos entre esta idade de guerra - a peste​​ e​ ​o medo do Apocalipse - com os nossos tempos modernos de conflito racial e religioso, AIDS, ​e ​​o medo de ​aniquilação nuclear​. O filme tem uma qualidade ​mística, um senso de deslocamento​ ​que incentiva o espectador a refletir sobre a fragilidade e a finitude da experiência humana.