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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Cine Especial: HISTÓRIA DO CINEMA GAÚCHO: Parte 6



Nos dias 30 e 31 de Maio eu estarei participando do curso História do Cinema Gaúcho, criado pelo Cine Um e ministrada pela Doutora, jornalista e professora Miriam de Souza Rossini. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, estarei postando por aqui os filmes rodados em nossa terra (de ontem e de hoje) e que eu tive o privilegio de assistir.

A Última Estrada da Praia



Sinopse: Esta adaptação livre de "O Louco de Cati", de Dyonelio Machado, traz a história de três grandes amigos, e também amantes: Leo, Norberto e Paula. Em uma viagem pelo litoral gaúcho, eles encontram um homem estranho, que não fala, e acaba, seguindo viagem com ele. Juntos, os quatro fazem novas descobertas.


Esse foi primeiro longa do diretor Gaucho Fabiano Souza. Depois da passagem em curtas como Um Estrangeiro em Porto Alegre (1999) e Cinco Naipes (2004), aqui ele demonstra total controle em um longa metragem, com uma trama simples, mas que tem muito a dizer. Embora tendo como um dos protagonistas que surge mudo e sai calado, ele se torna o melhor personagem de toda a trama, interpretado com excelência pelo ator Rafael Sieg. 
Esse surge do nada e, sem querer, se une ao trio de amigos “coloridos” (Marcos Contreras, Miriã Possani e Marcelo Adams) e partem para uma viagem, bem ao estilo "road movie" e, durante o percurso, curtem ao máximo os lugares que passam, embalado com muita azaração, sexo e bebida.
O passado do quarteto pouco é explorado, principalmente do personagem de Rafael Seg, mesmo tendo afinidade com o personagem de Contreras. Tudo que sabemos é que tem medo de ambulância, e seja o que for algo de muito ruim deve ter acontecido, mas as perguntas jamais são respondidas, mas é ai que o filme ganha pontos, pois faz o cinéfilo tirar suas próprias conclusões.
O melhor fica no terceiro ato do final da trama, onde o foco fica em torno somente de Sieg e Contreras e como cenário somente a praia. É nesse ponto da trama é que fica a sensação de que chegaram ao nada e tudo que resta é somente os dois juntos, para preencherem o vazio que ambos sentem perante a solidão que existe no lugar. Isso pode ser interpretado em muitos sentidos, como o fim do mundo ou o começo de uma nova vida para ambos, mesmo que isso leve a dupla para caminhos diferentes. 
Com o resultado tão positivo, Sousa acabou na época  sendo convidado  para dirigir novos projetos e colocando essa mesma vitalidade e o desejo de criar algo no mínimo original, assim como foi neste longa.




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Cine Dica: Curso sobre Woody Allen

Apresentação

Cineasta, roteirista, escritor, ator e músico, Allan Stewart Konigsberg, é o diretor de cinema mais identificado com Nova Iorque, a metrópole onde nasceu e desenvolveu sua carreira. Homem das letras e do Jazz, de humor refinado e sarcástico, Woody Allenconstruiu uma sólida e extensa filmografia. Hoje ocupa na indústria uma posição privilegiada para um cineasta já está prestes a completar 80 anos. Com prestígio inabalável, ainda que não seja exatamente um campeão de bilheterias, o cineasta mantém uma impressionante marca de produção: realiza em média um filme por ano há mais de três décadas.

Woody Allen começou a trabalhar como redator de comédia e humor na década de 50, inicialmente para a televisão e o teatro. Na virada da década venceu sua reconhecida timidez e encarou o palco atuando em antológicas apresentações solo de comédia stand up. Logo foi reconhecido por seu talento peculiar que unia humor, crítica e ironia em piadas impagáveis. Em rápido destaque na indústria do entretenimento, Allen logo foi convidado para escrever também para o cinema. Iniciou então uma carreira de roteirista, cujo primeiro trabalho foi o longa-metragem O Que é Que Há, Gatinha? de 1965. Já no ano seguinte estreia como diretor com a comédia What's Up, Tiger Lily?, que no Brasil recebeu o título de O Que Há, Tigresa?. A partir destas duas experiências Woody Allen passa a se dedicar quase que exclusivamente para o cinema.


Desde então foram mais de 30 longas-metragens como diretor, roteirista e ator. Em 1977 recebe a consagração da Academia ao receber quatro prêmios Oscar (Filme, Roteiro, Direção e Atriz) pela comédia Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall). Woody Allen já foi indicado 23 vezes para a maior premiação do cinema norte-americano. Destas indicações, 16 delas foram para o Oscar de Melhor Roteiro, um recorde na categoria. No entanto, apesar de toda esta atenção da Academia para seu trabalho, Woody Allen mantém uma distância regulamentar de Hollywood. Ao invés de comparecer à cerimônias de entrega do Oscar, Allen prefere ir tocar clarinete com seu grupo de Jazz no Bar Carlyle de Nova Iorque.
Woody Allen se descreve da seguinte maneira: "As pessoas sempre se enganam em duas coisas sobre mim: pensam que sou um intelectual, porque uso óculos, e que sou um artista, porque meus filmes sempre perdem dinheiro".


Objetivos

O curso Desconstruindo Woody Allen, ministrado por Josmar Reyes, vai explorar toda a filmografia do realizador a partir de um olhar analítico sobre sua obra. O curso ressaltará os aspectos narrativos, estéticos e técnicos, bem como as particularidades da carreira do diretor e suas influências artísticas. Serão abordados também os temas recorrentes em seus filmes, assim como curiosidades relativas à produção de seus filmes.

Não é necessário nenhum pré-requisito para frequentar esta atividade.
O curso é aberto a todos os interessados.


Temas

O início da carreira
A consagração de "Annie Hall" e "Manhattan"
Da comédia ao drama
Cinema e Psicanálise: as neuroses de um cineasta
As principais influências: Bergman, Truffaut e Fellini
Experiências fora dos EUA

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Ministrante: Josmar Reyes

Doutor em Ciências da Informação e da Comunicação, Artes do Espetáculo e Novas Tecnologias pela Université de Paris III (Sorbonne Nouvelle). Mestre em Estudos Francófonos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professor do curso de Realização Audiovisual da UNISINOS e do curso de Comunicação Social da UNISC. Já ministrou o curso "Todas as Cores de Pedro Almodóvar" pela Cine UM.



Curso

DESCONSTRUINDO WOODY ALLEN

de Josmar Reyes


DATAS
Dias 13 e 14 / Junho (sábado e domingo)
HORÁRIO
14h às 16h30

LOCAL
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)

INVESTIMENTO
R$ 70,00

FORMAS DE PAGAMENTO
Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

MATERIAL
Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

INFORMAÇÕES
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714




terça-feira, 26 de maio de 2015

Cine Especial: HISTÓRIA DO CINEMA GAÚCHO: Parte 5

Nos dias 30 e 31 de Maio eu estarei participando do curso História do Cinema Gaúcho, criado pelo Cine Um e ministrada pela Doutora, jornalista e professora Miriam de Souza Rossini. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, estarei postando por aqui os filmes rodados em nossa terra (de ontem e de hoje) e que eu tive o privilegio de assistir.

Ainda Orangotangos

 Sinopse: Porto Alegre, no dia mais quente do verão. Um casal de imigrantes chineses cruza a cidade em um vagão de metrô. Doentes e cansados, eles tentam ajudar um ao outro, ao mesmo tempo em que enfrentam a desconfiança dos demais passageiros e a incompreensão de sua língua. O chinês vagueia pelos corredores da estação de metrô e pelo mercado público da cidade, em busca de ajuda. É o início de uma série de situações-limite vividas por diversos habitantes da cidade.


Ainda Orangotangos é a adaptação de contos extraídos do livro homônimo do escritor gaúcho Paulo Scott. A trama se passa ao longo de 14 horas num dia quente do verão porto-alegrense, mostrando algumas situações de 15 personagens em um dia normal na cidade. O diferencial do filme está na sua proposta estética, um ousado (e bem sucedido) plano seqüência de 81 minutos (uma tomada única, sem cortes), algo até então inédito no cinema brasileiro, feito realizado anteriormente pela bela obra-prima Arca Russa, 2002, de Alexandr Sokurov. Vale lembrar que Spolidoro já utilizara essa técnica no curta Outros.
 O ambiente urbano é o meio em que os personagens transitam aleatoriamente sem maiores comprometimentos ou ações conectadas entre eles, o filme inicia mostrando a viagem de um casal de japoneses no metrô da cidade, onde ocorre algo inesperado, de uma forma “natural”, como senão tivesse ocorrido, e a cena ao som de Amigo Punk (música do grupo Graforréia Xilarmônica) executada por um pequeno conjunto de músicos que tocam talvez o “hino não-oficial de Porto Alegre”, em versão tango-gaudério. Terminada a viagem pelo metrô, os personagens começam a transitar entre a realidade e a fantasia.
 No transcorrer do filme, esse amálgama entre a realidade e a fantasia pode cansar um pouco o espectador, principalmente nas cenas dentro do prédio, onde uma mulher vive um pesadelo num ambiente surreal (nesse ponto, é notada a referência ao cinema de David Lynch, onde o normal e o absurdo caminham juntos). No mesmo prédio, porém em outro apartamento, um casal chega de uma festa, prontos para outra empreitada, dessa vez voluptuosa, cometendo exageros como beber perfume e provar desodorantes.
 O fato é que mesmo com essa sensação de estranhamento, o filme não perde o ritmo, pelo contrário. Em uma passagem anterior à chegada de uma personagem ao prédio, durante o trajeto percorrido na viagem de ônibus, ela e uma amiga discutem a origem da típica expressão porto-alegrense do “tri”, além de um dos pontos mais altos e cômicos do filme: a teoria do Papa Gremista. Uma ode a um dos principais aspectos de identidade do povo gaúcho (num plano geral), a rivalidade da dupla Gre-Nal. E esses encontros (e desencontros) dos personagens por meio da realidade e da fantasia fluem até o final da trama.
 Analisar Ainda Orangotangos por um viés mais crítico no sentido existencial é perda de tempo, pois a proposta não é essa, e isso fica claro desde o começo do filme. O filme deve ser encarado como uma forma de entretenimento, sob o aspecto de um dia normal onde alguns habitantes e passageiros transitam por uma pequena grande cidade (ou grande cidade pequena) expondo suas ações por meio de situações cômicas e bizarras, através de seus instintos e impulsos humanos, levando a crer que estes homo sapiens ainda são orangotangos.





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Cine Curiosidades: Amantes da Sétima Arte e Mad Max em Preto e Branco



Um dos segredos para deixar popular a sua pagina na rede é sempre compartilhar o seu trabalho em grupos que tenham haver com o que você escreve. Sendo eu crítico de cinema, sempre compartilho as minhas matérias nas redes sociais, sendo  mais especificamente os grupos de cinema do Facebook  por exemplo.
Cliquem aqui e participem do grupo Amantes da Sétima Arte do qual eu participo e compartilhem lá um pouco o conhecimento de cinema de vocês.   


Aproveitando o espaço, destaco a grande percussão que teve ontem sobre a versão em Blu-Ray de Mad-Max: Estrada da Fúria para Setembro. Segundo os produtores da Warner, irá haver duas versões do filme no formato digital, sendo uma em preto e branco que estava nos planos de George Miller. Ao saber disso, um fã pegou um dos trailers lançados e fez a sua própria versão em preto e branco. E vocês o que acham?   



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