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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 5 de maio de 2015

Cine Curiosidade: 007 CONTRA SPECTRE - Novo vlog legendado


Caros,

Segue o video do  novo vlog (legendado em Português) gravado no set de filmagens de 007 CONTRA SPECTRE (Spectre):

O material inédito apresenta uma perseguição com  o Aston Martin DB10 e o Jaguar C-X75 e mostra o diretor Sam Mendes, o ator Dave Bautista (Mr. Hinx), o Supervistor de Efeitos Especiais Chris Corbould, o Coordenador de Dublês Gary Powell, e o Coordenador Técnico de Véiculos Neil Layton.

Sam Mendes (Diretor)
“Eu adoro a ideia deste carro fantástico estar em uma batalha com outro carro incrível da Jaguar. É um jogo de gato e rato pelas ruas de Roma à noite, em alta velocidade, entre dois dos carros mais velozes do mundo.”  

Dave Bautista (Mr. Hinx)
“É incrível. É uma daquelas cenas que serão icônicas. Apenas os dois carros correndo nas ruas de Roma – quer dizer, com que frequencia você vê isso? É uma daquelas coisas que você sõ vê em um filme do James Bond.”

SINOPSE:
Uma mensagem enigmática do passado de Bond o envia a uma caçada para descobrir uma organização sinistra. Enquanto M batalha contra forças políticas para manter o serviço secreto vivo, Bond desmascara as fraudes para revelar a terrível verdade por trás de SPECTRE.

LINK PARA DOWNLOAD DE IMAGENS EM ALTA: https://workspace.cimediacloud.com/r/TY3E48

007 CONTRA SPECTRE (Spectre) será lançcado no Brasil em 05 de novembro/2015.

Fico à disposição,

assinaturaEZ-poa-bruna

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Cine Curiosidade: Em primeiro vídeo promocional, Spielberg destaca o diferencial de ‘Jurassic World’

DIRIGIDO POR COLIN TREVORROW, AVENTURA CHEGA AOS CINEMAS BRASILEIROS EM 11 DE JUNHO COM DISTRIBUIÇÃO DA UNIVERSAL PICTURES
Com distribuição da Universal Pictures, “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros” (Jurassic World) teve seu primeiro vídeo promocional divulgado. Com um clima de nostalgia ao som da música de John Williams, tema da série “Jurassic Park”, o vídeo apresenta uma viagem no tempo e leva o público a apreciar o icônico primeiro filme e a aguardar a nova produção. Para assistir, acesse aqui: http://migre.me/pGd2J.     
Além de imagens inéditas, o vídeo ainda conta com depoimentos do diretor Colin Trevorrow, além de produtores e elenco principal. “Quando vi o primeiro ‘Parque dos Dinossauros’, saí perplexo porque parecia que o cinema estava sendo reinventado’, exclama Chris Pratt, responsável pela interpretação do biólogo Owen. “Ás vezes nos entreolhamos e sussurramos: ‘O que estamos fazendo aqui? Isso é muito doido!’”.         
Para Steven Spielberg, que depois de 20 anos retorna ao Parque como produtor executivo, dar vida ao “Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros“ é como transformar o antigo parque em algo real: “Ele vai aonde os anteriores não se atreveram a ir”, explica.      
Com estreia marcada para 11 de junho nos cinemas brasileiros, o filme é baseado nos personagens criados por Michael Crichton com história de Rick Jaffa e Amanda Silver. A produção, que tem roteiro assinado por Rick Jaffa, Amanda Silver, Derek Connolly, além do próprio Trevorrow, conta ainda com Ty Simpkins, Nick Robinson, Irrfan Khan, Vincent D’Onofrio, Jake Johnson, Omar Sy, BD Wong e Judy Greer no elenco.            

Para mais informações, acesse o site oficial: www.jurassicworldfilme.com.br

Cine Dica: O DESEJO DA MINHA VIDA ENTRA EM CARTAZ NA SALA P. F. GASTAL

A partir de quinta-feira, 7 de maio, o filme japonês O Desejo da Minha Alma, de Masakazu Sugita, entra em cartaz na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro, na sessão das 17h. Nos dias 5 e 6, no mesmo horário, acontecem as últimas exibições de Noites Brancas no Píer, de Paul Vecchiali. O valor do ingresso é R$ 8,00. A projeção é em blu-ray. 
 
SINOPSE Um forte terremoto atingiu o Japão, destruindo mais do que apenas casas. Os mortos são enterrados e os sobreviventes são deixados entre as ruínas. Após o desastre, Haruna e seu irmão Shota vão morar com seus tios. Apesar dos tios serem amorosos e cuidarem bem das crianças, elas estão longe da felicidade. Menção Especial na Mostra Generation do Festival de Berlim 2014.
Masakazu Sugita nasceu em 1981 no Japão. Estudou no Visual Concept Planning Department na Osaka University of Arts. Dirigiu alguns curtas-metragens que foram selecionados para diversos festivais e também trabalhou com os diretores japoneses Junji Sakamoto, Nobuhiro Yamashita e Tatsushi Ohmori. O Desejo da Minha Alma (Hitono Nozomino Yorokobiyo – 2014) é seu primeiro longa-metragem. O filme recebeu a Menção Especial na Seção Generation do 64º Festival Internacional de Cinema de Berlim.

EQUIPE E ELENCO
Direção e Roteiro: Masakazu Sugita
Elenco: Ayane Ohmori, Riku Ohishi, Naoko Yoshimoto, Koichiro Nishi, Shumpei Ohba, Kyosuke Watanabe, Ritsuko Kohno, Hiroshi Araki
Produção: 344 Productions
Distribuição Nacional: Supo Mungam Films

INFORMAÇÕES TÉCNICAS
Título Original: Hitono Nozomino Yorokobiyo
País: Japão
 Ano: 2014
Duração: 85 min.
Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos
Colorido Digital
FESTIVAIS 2014 – 64º Festival Internacional de Cinema de Berlim – Generation (Menção Especial) 2014 – 10º Tel Aviv International Children’s Film Festival 2014 – 2º Sharjah International Children’s Film Festival

BERLIM “Entre tantos filmes maravilhosos, este filme em particular nos deixou comovidos e fascinados. Graças aos atores fantásticos, especialmente os excelentes jovens protagonistas, conseguimos nos solidarizar com as experiências deles ao ponto de chegar às lágrimas. Tudo se encaixa nesta história, até os mínimos detalhes.” – (Júri Infantil da Seção Generation Kplus do Festival de Berlim)

 “"O Desejo da Minha Alma" é um conto mágico que fala de tristeza, perdão e esperança. Sua história simples, mas profunda, se baseia nos sentimentos mais elementares e se torna acreditável por isso. Maravilhosamente filmado e conduzido por um elenco espetacular, este filme encantou o público alemão de todas as gerações. "O Desejo da Minha Alma" foi uma verdadeira joia rara do Festival de Berlim de 2014 e meu maior desejo é que ele atinja em cheio o coração do público japonês.” – Thomas Hailer (Curador do Festival de Berlim)

GRADE DE HORÁRIOS

05 a 10 de maio de 2015

05 de maio (terça)
17h – Noites Brancas no Píer
20h – A Música de Gion

06 de maio (quarta)
17h – Noites Brancas no Píer
20h – Contos da Lua Vaga

07 de maio (quinta)
17h – O Desejo da Minha Alma
20h – O Intendente Sansho

08 de maio (sexta)
17h – O Desejo da Minha Alma
20h – Projeto Raros (Desejo Profano, de Shohei Imamura)

09 de maio (sábado)
15h – Contos da Lua Vaga
17h – O Desejo da Minha Alma
19h – Oharu – A Vida de uma Cortesã

10 de maio (domingo)
15h – A Nova Saga do Clã Taira
17h – O Desejo da Minha Alma
19h – Os Amantes Crucificados
 
 
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

www.salapfgastal.blogspot.com

domingo, 3 de maio de 2015

Cine Dica: Em Cartaz:O RIO NOS PERTENCE

FILME VOLTA EM CARTAZ NO SANTANDER CULTURAL NA CAPITAL GAUCHA 

Sinopse: Após 10 anos longe da cidade do Rio de Janeiro, Marina (Leandra Leal) recebe um cartão postal misterioso que a faz retornar à cidade. Sem saber claramente os motivos que a fizeram retornar, ela procura por respostas. Aos poucos, sua mente é conturbada com paranoias e os sonhos começam a se confundir com a realidade.
Nos primeiros momentos de projeção, a protagonista interpretada por Leandra Leal está relaxada ao lado do namorado, falando inglês (não espere explicação por isso) e se esquecendo por completo do mundo lá fora. Contudo, um cartão postal que ela recebe, faz com que ela de encontro com o passado, para resolver assuntos não resolvidos, tanto com sua família como também de amores não resolvidos. A partir daí, somos levados a ir juntos ao lado da protagonista, numa realidade familiar, mas pouco convencional aqui.
Escrito e dirigido por Ricardo Pretti (Estrada para Ythaca, 2010, e No Lugar Errado, 2011), O Rio nos Pertence por vezes lembra Nina de Heitor Dhalia, onde ambos os filmes possuem uma realidade filtrada, onde faz parecer que determinados ambientes que nos conhecemos, acabam por ser apresentados de uma forma jamais vista. É como se aquela visão sempre esteve lá, mas nunca nos demos conta, ou faz entender que há duas realidades, mas que nunca dão espaço uma para outra e somente nos, num determinado momento da vida, é que nos damos conta disso.
Mas diferente de Nina, a questão não é o fato de a protagonista estar vendo coisas, mas talvez não se dando conta de onde realmente está. Numa das melhores cenas do filme (que me lembrou O Som ao Redor), a protagonista começa a rasgar uma parede, que por sua vez se mostra ser uma grande janela que da de encontro com a paisagem carioca. Mas o visual é sombrio, para não dizer melancólico e com que faz a protagonista gritar por alguém, mas sem ser respondida.
Gritos e escuridão é que fazem também o clima da produção se tornar bem estranho, beirando até mesmo num clima de filme de terror clássico, mas muito distante daqueles vistos do cinema americano. Na realidade o filme de Pretti está mais para A Hora do Lobo de Ingmar Bergman, onde só faltou mesmo a protagonista dialogar com a gente. Mas em vez disso, ela se encontra com um amor antigo chamado Mauro e com sua irmã vivida com maestria por Mariana Ximenes, onde ambas se digladiam numa conversa reveladora e que da uma dica (ou não) do que está acontecendo na tela.
É um filme que poderia ser filmado da forma mais simples, mas o cineasta preferiu ir contra a maré e apresentar uma obra mais experimental e que fizesse com que a gente tirasse inúmeras interpretações do que estamos vendo realmente. Podemos até mesmo ir para um caminho fácil sobre a verdadeira natureza da jornada da protagonista, mas ir para esse caminho seria obvio demais, então o diretor nos joga outros inúmeros detalhes para fazermos uma teia de teorias sobre inúmeros significados das seqüências apresentadas.  Fora o momento da janela já citada, não há como ignorar a enigmática cena da praia, onde a personagem da a entender que está sendo puxada contra a sua vontade por algo, mas não se importando muito com isso.
Assim como o já cultuado Doce Amianto, Rio nos Pertence é mais um de muitos filmes experimentais brasileiros que veio para ficar. Mesmo indo contra a onda de comedias que assola nossos cinemas, mas são obras como essa de Pretti, que faz com que a trama continue em nossas mentes e nos convencendo a dar mais uma conferida na sala escura.       

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Cine Dica: Historia do Cinema Gaucho


Apresentação


Pensar na história do cinema é abrir um leque de possibilidades de abordagens que envolvem, por exemplo, os processos de produção, distribuição, divulgação, exibição, recepção, fomento, etc. Normalmente, voltamos o olhar para um dos produtos do processo de produção que é o filme de ficção e em longa-metragem, mas, e se em muitos momentos esse produto final não se realiza?


Essa perspectiva também faz parte da história do cinema. E no cinema feito no Rio Grande do Sul muitos foram os momentos em que se pensou que o estado seria a terra do curta-metragem ou a terra do cinejornal. A busca pela realização do longa-metragem ficcional movimentou o campo cinematográfico gaúcho ao longo de décadas. E ainda hoje o movimenta. Entender os motivos dessa busca e os percalços para atingir tal objetivo nos leva a compreender as especificidades do campo audiovisual no Rio Grande do Sul.


Para manter-se como polo produtivo importante, desde os anos 70, os realizadores precisaram desenvolver suas estratégias de produção: cinema de grupo, parcerias com emissoras de televisão, visão ampliada do audiovisual. Portanto, o modelo de produção audiovisual do Rio Grande do Sul está diretamente ligado às suas estratégias de sobrevivência, após décadas de dificuldades. Outra característica do cinema feito no estado são as temáticas dos filmes, que dialogam com a sua peculiar forma de ocupação do espaço e com um passado de guerras e de visões políticas dicotômicas.


Objetivos

O curso História do Cinema Gaúcho, ministrado por Miriam de Souza Rossini, se propõe a analisar as condições de produção do cinema do estado ao longo de um século de existência, bem como observar algumas das construções temáticas e narrativas recorrentes na cinematografia gaúcha.


Conteúdos

Aula 1

Primeiras décadas, muitos percalços
Enfim o longa-metragem
Entre visões de cinema e conflitos geracionais
Parcerias para a sobrevivência

Aula 2

Cinema gaúcho ou cinema de Porto Alegre?
O litoral e as serras
O passado recontado em filmes


Ministrante: Miriam de Souza Rossini

Doutora em História (UFRGS), mestre em Cinema (USP) e graduada em Jornalismo (PUCRS) e História (UFRGS). Professora da Universidade do Rio Grande do Sul, onde leciona "Mídia Audiovisuais" no Departamento de Comunicação, e "Estética das Imagens Audiovisuais" no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação. É professora de "História do Cinema" há vinte anos e pesquisadora na área há quase trinta anos, já tendo ministrado cursos e palestras em diferentes instituições de ensino no Brasil e exterior. É autora do livro 'Teixeirinha e o cinema gaúcho" (Fumproarte, 1996) e de diversos artigos e capítulos de livros sobre o cinema brasileiro.


Curso
HISTÓRIA DO CINEMA GAÚCHO
de Miriam de Souza Rossini

DATAS
Dias 30 e 31 / Maio (sábado e domingo)

HORÁRIO
14h às 16h30

LOCAL
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)

INVESTIMENTO
R$ 70,00

FORMAS DE PAGAMENTO
Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

MATERIAL
Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

INFORMAÇÕES / INSCRIÇÕES
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714


REALIZAÇÃO
Cine UM Produtora Cultural

APOIO

Cinemateca Capitólio

PATROCÍNIO

PARCERIA

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Cine Dicas: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: O DUPLO

Sinopse: Tímido, solitário, rejeitado pela mãe e desprezado pela amada, Hannah (Mia Wasikowska), Simon (Jesse Eisenberg) tem um choque ao conhecer seu novo colega de trabalho, de nome James. Fisicamente idênticos, os dois são opostos em termos de personalidade.

Hoje atualmente existe uma corrida sem precedentes para se conseguir um lugar ao sol, ou mais precisamente no lugar aonde você trabalha para ser bem reconhecido. O problema é que, tudo se torna corriqueiro, banal, ao ponto de tudo ficar no piloto automático e chegando ao fato que, é preciso ter um grande talento para que outros percebam que você existe, pois eles também vivem numa vida alienada e sem perspectiva. O Duplo é basicamente isso: uma luta para se fazer com que as pessoas prestem atenção em você, mas se você não se esforça, então você se torna insignificante, mesmo quando você não mereça tal fardo. 
Ao vermos Simon (Jesse Eisenberg de A Rede Social) em seu dia a dia no trabalho, percebemos que, por mais que ele se esforce, as pessoas o desprezam, ao ponto daquele ambiente (meio retro futuristico) se torne um verdadeiro pesadelo e ao ponto de querer acordar. A situação não é muito diferente na sua vida familiar, pois a mãe dele vive num asilo e, mesmo ele visitando ela com frequência, ela pouco valoriza isso. O único consolo do protagnista é em suas investidas em sua colega e vizinha (Mia Wasikowska de Alice no País das Maravilhas), mas por ela mesma viver as vezes no piloto automático, não percebe as qualidades dele.
Tudo muda (e piora) quando entra em cena James (também Jesse Eisenberg) que, é idêntico ao protagonista, mas diferente dele, possui uma grande auto-estima, mulherengo e muito bem reconhecido no trabalho. É tudo o que Simon deveria ser, mas não é, o fazendo então enfrentar uma realidade cada vez mais dura, aonde vive sofrendo a sombra do outro. Mas no decorrer do filme se levanta uma pergunta que não quer calar: são duas pessoas diferentes ou é a mesma pessoa o tempo todo?
Essa pergunta, e outras que surgem no decorrer da projeção, são difíceis de serem respondidas, poís o cineasta Richard Ayoade (A Vida e Morte de Peter Sellers) está mais preocupado em tornar a vida do protagonista numa verdadeira via Crúcis, embalado com um humor negro assustador vindo dos personagens secundários. Além disso, sua montagem rápida das cenas tornam o filme dinâmico, mas ao mesmo tempo um tanto que apressado demais, ao ponto que, quando chega aos minutos finais da obra, se levanta inúmeras perguntas e que dificilmente serão respondidas. A sensação que fica é que, o diretor queria passar um filme com inúmeros quebra cabeças, mas na pressa se criou um resultado final, que talvez muitos não irão compreender.
Com momentos que lembram O Inquilino (de  Polanski), Cisne Negro,O Clube Da Luta e o recente O Homem Duplicado, O Duplo é um filme inquietante, pertuba e, para o bem ou para mau, não deseja você ficar em nenhum momento pouco confortavel durante a sessão. 


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Cine Dica: O Cinema de Kenji Mizoguchi na Sala P. F. Gastal


O CINEMA DE KENJI MIZOGUCHI NA SALA P. F. GASTAL


Entre os dias 05 e 17 de maio a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) apresenta a mostra O Cinema de Kenji Mizoguchi, com seis filmes em película do grande mestre do cinema japonês, incluindoContos da Lua VagaO Intendente Sansho e Oharu – A Vida de uma Cortesã. Com apoio a Fundação Japão e do Escritório Consular do Japão em Porto Alegre, a mostra tem entrada franca. Durante a mostra, acontece uma edição especial do Projeto Raros, com o filme Desejo Assassino, obra-prima deShohei Imamura, um dos principais herdeiros de Mizoguchi dentro da Nouvelle Vague Japonesa.

KENJI MIZOGUCHI

A mostra O Cinema de Kenji Mizoguchi exibe seis filmes realizados durante a década de 1950, a última (e uma das mais prolíficas) do diretor japonês, que morreu precocemente em 1956, aos 58 anos, após várias décadas marcadas por dezenas de obras-primas da história do cinema. A mostra exibe os filmes Oharu – A Vida de uma Cortesã (1952, 16mm) Contos da Lua Vaga (1953, 16mm), A Música de Gion (1953, 35mm), Os Amantes Crucificados (1954, 16mm), O Intendente Sansho (1954, 16mm) e A Nova Saga do Clã Taira (1955, 16mm).

Destacando-se nos principais festivais europeus na década de 1950 (Oharu, Contos da Lua Vaga e O Intendente Sansho receberam prêmios importantes em Veneza), Mizoguchi foi rapidamente alçado ao panteão dos principais realizadores do mundo, especialmente pela crítica francesa, que via na obra do japonês o supra-sumo daquilo que era tido como a principal especificidade do cinema: a arte da mise en scène. Dizia o então crítico Jacques Rivette, na revista Cahiers du Cinéma: “esses filmes - que nos falam, numa língua estrangeira, de histórias às quais nossos costumes e modos de vida são completamente alheios - se comunicam conosco através de uma linguagem familiar. Qual linguagem? A única à qual um cineasta deve reivindicar quando tudo está dito e feito: a linguagem da mise en scène”. Naqueles anos, Mizoguchi era recebido como uma novidade singular no Ocidente, mas já havia realizado mais de cinquenta filmes desde sua estreia, em 1923, ainda no período silencioso do cinema japonês.

Nos anos 1930, Mizoguchi ficou conhecido pelo modo atípico de filmar, construindo a maioria das cenas em apenas um plano, deixando muitas vezes a câmera distante dos atores – num tipo de enquadramento que só seria frequente no cinema contemporâneo. Desde o início, colocou em cena o seu tema favorito: a luta das mulheres e o conseqüente destino trágico num país de costumes patriarcais, tanto em representações contemporâneas quanto em narrativas do período antigo. Nos pós-segunda guerra, Mizoguchi intensificou seu olhar sobre as tragédias femininas, construindo uma série de melodrama sobre a condição da mulher japonesa, entre nobres infelizes, gueixas revoltadas e camponesas dedicadas à família. Na última década de vida, o cineasta apurou ainda mais o seu estilo cinematográfico, trabalhando o plano-sequência e os enquadramentos com uma sensibilidade jamais igualada na história do cinema.  
     

RAROS ESPECIAL

Na sexta-feira, 08 de maio, às 20h, o Projeto Raros exibe o filme Desejo Assassino (Akai Satsui, 1964, 150 minutos), de Shohei Imamura, um dos principais discípulos de Mizoguchi, especialmente no modo como centraliza suas tramas na luta das mulheres para. No filme, também conhecido no Brasil comoSegredos de uma Esposa, Imamura constrói um delicado drama psicológico sobre uma dona de casa que vive com o marido e o filho numa casa em ruínas perto da linha férrea e começa a repensar sua vida após as visitas constantes de um estuprador. O filme é um dos marcos iniciais da Nouvelle Vague Japonesa. A entrada é gratuita.   

GRADE DE PROGRAMAÇÃO

Oharu – A Vida de uma Cortesã (Japão, 1952, 148 minutos)

Baseado em romance de Saikaku Ihara, o filme conta a história da vida de Oharu, uma mulher que na juventude fazia parte da cortê do imperador e que em virtude de um relacionamento acaba como pedinte e cortesã, já senhora.Exibição em 16mm.

Contos da Lua Vaga (Japão, 1953, 94 minutos)

Durante a guerra civil japonesa, no século 16, o pobre oleiro Genjuro e seu cunhado Tobei viajam com as respectivas mulheres à capital da província onde vivem, nas redondezas do lago Biwa, para vender utensílios de cerâmica. Com as vendas, Tobei compra armas e se torna samurai, abandonando a esposa. Genjuro, por sua vez, acaba passando vários dias no castelo da misteriosa Lady Wakasa, quando vai entregar as mercadorias. Exibição em 16mm.

A Música de Gion (Japão, 1953, 85 minutos)

A gueixa Miyoharu precisa de uma grande quantia de dinheiro para o debute de sua aprendiz, Eiko. Para ajudá-la, seu amigo Okimi, que pega o valor emprestado com o empresário Kusuda. Como pagamento, Kusuda quer possuir Eiko e ofertar Miyoharu como presente a Kanzaki, para fechar um negócio. As duas vão contra a tradição e se rebelam. Exibição em 35mm

Os Amantes Crucificados (Japão, 1954, 100 minutos)

Osan e Mohei vivem uma história de amor proibida no Japão do XVII, que por sua paixão vão contra os valores morais predominantes. Mesmo lutando contra todas as adversidades, o amor de ambos acaba de forma trágica. Inspirado na obra do dramaturgo Monzaemon Chikamatsu. Exibição em 16mm.

O Intendente Sansho (Japão, 1954, 120 minutos)

Tamaki viaja com Zushio e Anju, seu casal de filhos. No caminho, ela é enganada e é levada para a ilha Sado, e vê seus filhos serem vendidos como escravos. Dez anos depois, Zushio e Anju sabem da história de uma mulher em Sado famosa por cantar uma triste canção por eles. Os irmãos então fazem de tudo para reencontrar sua mãe.Exibição em 16mm.

A Nova Saga do Clã Taira (Japão, 1955, 108 minutos)

O capitão Tamadori retorna a Kyoto depois de derrotar piratas no mar ocidental. A corte decide não recompensar o capitão, já que reprova o crescente poder de sua classe. Kiyomori, filho do capitão, é enviado pelo pai para a residência de Tokinobu, e se apaixona pela filha do dono da casa, Tokiko. Exibição em 16mm.




GRADE DE HORÁRIOS DA PRIMEIRA SEMANA

05 a 10 de maio de 2015


05 de maio (terça)

17h – Noites Brancas no Píer
20h – A Música de Gion

06 de maio (quarta)

17h – Noites Brancas no Píer
20h – Contos da Lua Vaga

07 de maio (quinta)

17h – O Desejo de Minha Alma (estreia)
20h – O Intendente Sansho

08 de maio (sexta)

17h – O Desejo de Minha Alma
20h – Projeto Raros (Desejo Assassino, de Shohei Imamura)

09 de maio (sábado)

15h – Contos da Lua Vaga
17h – O Desejo de Minha Alma
19h – Oharu – A Vida de uma Cortesã

10 de maio (domingo)

15h – A Nova Saga do Clã Taira
17h – O Desejo de Minha Alma
19h – Os Amantes Crucificados




Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
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