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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: O Grande Gatsby


Sinopse: Jay Gatsby é um jovem milionário que organizava festas luxuosas cheias de bebidas e gente da alta sociedade de Nova York. O grande objetivo de Gatsby é atrair um antigo amor Daisy Buchanan. O único que sabe disso é Nick Carraway narrador da história e primo de Daisy.

Os filmes de  Baz Luhrmann são sempre envoltos de uma tragedia grega com pitadas de humor acalorados, capas de por muitas vezes a gente não saber ao certo em que gênero a produção quer ficar. Mas um dos grandes trunfo de suas obras, é não só pegar um publico mais exigente, como também o publico jovem que vai ao cinema mais para se entreter e sabendo disso, o cineasta nos brinda com uma primeira meia hora de O Grande Gatsby cheia de ritmo, a lá vídeo clipe e com uma trilha sonora contemporânea em plena década de 20.  Montagem, fotografia, edição de arte, figurino, tudo jogado aos trancos e barrancos, enchendo os nossos olhos em profusão acelerada raras vezes vistas no cinema e tudo embalado com um 3D competente. 
Infelizmente O Grande Gatsby sobre de um pequeno mal visto também nos outros filmes do cineasta, que é o fato da produção ser tão requintada e cheia de energia, que acaba sobrando pouco para os atores demonstrarem um desempenho melhor na tela grande. Não      que eles estejam ruins, muito pelo contrario, mas eles jamais superam o apuro técnico envolta deles e o que acaba tornando-os apenas peças de um jogo maior. Tobey Maguire é o único que se sai melhor, ao interpretar o cupido do casal da trama, mas em muitos momentos temos a ligeira sensação de que ele estará balançando em certas teias conhecidas nossas, fazendo a gente sentir saudade do seu melhor período da carreira. O mesmo não pode se dizer do casal central, pois Leonardo Dicaprio não passa química nenhuma quando está contracenando com Carey Mulligan, sendo que ele se sai muito melhor nas cenas que atua ao lado de Maguire. 
Embora com esses pesares, as interpretações melhoram na meia hora final, principalmente que surgem momentos cruciais na trama e que exige o melhor de cada um do elenco. De quebra, Baz Luhrmann nos brinda com uma bela homenagem ao Crepúsculo dos Deuses com relação ao destino de um dos personagens. No saldo geral, é um filme que enche os seus olhos, diverti,  mas que  não foi exatamente dessa vez que Baz Luhrmann conseguiu o equilíbrio perfeito entre a pirotecnia e interpretações inspiradoras.

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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Cine Dica: Revolução Industrial é o tema do próximo História no Cinema para Vestibulandos


O História no Cinema para Vestibulandos deste sábado, 6 de julho, exibe o filme Oliver Twist de Roman Polanski, no CineBancários. A sessão, que tem entrada franca, tem inicio às 9h30, seguida de palestra sobre a Revolução Industrial, com ênfase nas questões da prova de história do vestibular. Os palestrantes são os professores de história Guilherme Lauterbach (voluntário no Projeto Iniciativa Cidadã, PEAC) e Aécio Severo (Centro de Educação e Cultura Pré-Vestibular Resgate).
Adaptado do romance de Charles Dickens, Oliver Twist (Barney Clark) é um garoto órfão na Londres do século XIX. Depois de fugir de um cruel orfanato, acaba sendo atraído para o crime e torna-se batedor de carteiras, mas sempre com grandes esperanças de ter uma vida melhor.
Com os acontecimentos vividos por Oliver, que passa por diferentes segmentos da sociedade moderna da época, podemos evidenciar o impacto do processo produtivo e econômico na vida da população.

História no Cinema para Vestibulandos - 10 anos | dia 6 de julho, sábado, às 9h30, no CineBancários (General Câmara, 424 – Centro - POA)
- Exibição do filme Oliver Twist, de Roman Polanski (Reino Unido / República Checa / França / Itália, 2005, 130 minutos)
- Palestra sobre a Revolução Industrial, com enfase nas questões da prova de história do vestibular, com os professores de história Guilherme Lauterbach e Aécio Severo.

Entrada Franca

CineBancários
(51) 34331204 / 34331205
Rua General Câmara, 424, Centro - POA
blog: cinebancarios.blogspot.com.br
site: cinebancarios.sindbancarios.org.br
facebook.com/cinebancariose_bancarios

Cine Dica: Em Cartaz: Antes da meia-noite


Sinopse: Último filme de uma trilogia Antes da Meia-Noite conta a história do norte-americano Jesse e da francesa Céline que se conheceram em um trem para Viena em Antes do Amanhecer (1995) e Antes do Pôr do Sol (2004).

Todo o começo tem um fim: essa frase poderia resumir como um todo a terceira parte da trilogia  iniciada com “Antes do amanhecer” (“Before Sunrise”), de 1995. A história dos dois jovens (o americano Jesse e a francesa Celine) que se conhecem num trem de Budapeste para Viena, optando em saltar na capital austríaca e conversar durante toda a noite, com a promessa de terem a companhia um do outro até o amanhecer, se tornando então um grande sucesso dos anos 90. Vencedor do Urso de Prata para a direção de Richard Linklater e um desempenho estupendo de Ethan Hawke e Julie Delpy, que acabaram ganhando inúmeros admiradores e que torciam para que eles retornassem novamente num novo capitulo.  
Eis que em 2004, os protagonistas voltam a se encontrar em Paris em “Antes do por do sol”. Celine virou uma ecologista, mas meio que sofria em silencio por ter um namorado ausente. Jesse se casou, teve um filho e estava na capital francesa para lançamento do seu livro de grande sucesso na América, que era justamente baseado na noite em que ele passou com Celine. Neste novo encontro, eles conversam em uma longa caminhada, onde aos poucos é revelado inúmeras surpresas um do outro e que acabam aos poucos abrindo os seus corações em diálogos afiados e muito espertos. Facilmente o filme superou o original e acabou surpreendentemente entrando na lista dos melhores filmes da primeira década do século 21.  
Agora, nove anos depois de “Antes do Pôr do Sol”, Linklater, Hawke e Delpy, se encontram novamente em “Antes da Meia-Noite”. O casal de protagonistas finalmente estão casados, possuem gêmeas para criar e estão numa bela parte da Grécia passando férias em família. Só que aqui há uma grande diferença se compararmos com os filmes anteriores. Para inicio de conversa o filme não possui tantos planos fechados do casal, optando assim em mostrar mais a bela ambientação onde se passa a historia. A trama começa pra valer, no momento que Jesse começa se questionar se deveria ou não ter passado mais tempo com o seu filho do seu primeiro casamento. Isso acaba se tornando o ponta pé inicial para que o casal comece a fazer uma revisão de sua relação, onde acabara saindo do armário um certo desgaste não assumido por ambos, mas que está ali escancarado.               
Para os mais românticos e fãs da série cinematográfica isso pode soar até decepcionante, pois o casal encara o fato que o conto de fadas deles não era exatamente perfeito e quando a realidade bate no mundo perfeito dos sonhos, sempre acaba com alguém se machucando. Como o casal está na casa dos 40 anos, eles começam ambos se avaliarem e reverem o que acertaram e o que erraram ao longo dos anos em que viveram juntos e acabam se perguntando, se pelo que sentiam um pelo outro antes, continua firme e forte atualmente?
Por mais duro que seja para os fãs, é o amadurecimento da trilogia romântica, queiram ou não. No final das contas é um retrato de todos nos, sobre os nossos relacionamentos, sofrimentos e questionamentos, pois ao longo da vida, sempre a gente fica se perguntando: se tivéssemos uma chance de mudar o nosso passado o que você mudaria? 
Mas se você realmente tivesse a chance de mudar, você mudaria e arriscaria perder tanto as situações ruins como boas que passou ao longo da vida?
Querendo ou não, os momentos ruins de uma relação sempre estarão lá, para fazer a gente amadurecer, deixar os nossos corações cada vez mais fortes e prontos quando nos precisarmos deles. Jesse e Celine chegaram num momento que precisam que os seus corações estejam fortes para ambos e os minutos finais da trama, dão a entender que eles deram conta (ou não) do recado. 

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Minha Mãe é uma Peça - O Filme


Sinopse: A trama conta a história das loucuras da mãe e dona de casa Hermínia uma mulher de meia idade aposentada e sozinha que tem como preocupação maior procurar o que fazer.

O cinema brasileiro atualmente vive de duas formas: entreter e refletir, sendo que o primeiro é o que acaba rendendo para os bolsos dos produtores, que cada vez mais investem em filmes de comedia para atrair as massas interessadas em ir ao cinema do shopping unicamente para se descontrair. É claro que conforme o tempo passa boa parte dessa safra humorística irá se perder com o tempo, pois quem vai se lembrar do filme E ai Comeu? daqui a dez anos? Nem toda piada que se preze sobrevive ao tempo é claro. Eis que então cheguemos a Minha Mãe é Uma Peça, baseado numa peça de teatro de grande sucesso (um milhão de espectadores), cuja essa versão cinematográfica possui um grande acerto: Paulo Gustavo.
Assim como na versão teatral, Gustavo interpreta aqui Hermínia com uma intensidade absurda, onde simplesmente incorpora a personagem de tal forma, que chegamos até esquecer que é um ator e não atriz que está diante de nossos olhos. Com trejeitos amalucados, piadas certeiras e sem papa na língua, a personagem Hermínia e seu interprete é o típico exemplo cada vez mais raro atualmente no cinema de um casamento perfeito e que dificilmente da para imaginar de outra forma na pele de outro ator. Praticamente com o filme no bolso, todo o foco da trama se concentra nela, sendo que seus filhos (Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo)  ex marido (Herson Capri) e amante (Ingrid Guimarães) pouco podem fazer perante a essa entidade cheia de energia e que nos faz rir em boa parte da historia.
A trama em si não traz muita novidade, sendo que o atrito e magoa que a protagonista tem com os seus filhos no inicio do filme, serve unicamente para a trama se adentrar aos flashbacks e é aonde possui os melhores momentos: a seqüência da reunião dos moradores do prédio com a sindica é digna de nota. Curiosamente, o filme escapa de uma enrascada, quando por uns momentos o roteiro é invadido pelo lado melodramático, mas quando isso acontece, serve unicamente mais para compreendermos melhor a obsessão pelo cuidado e carinho em abundancia que a protagonista tem pelos seus filhos. Nunca é demais também refletirmos dentro do universo do humor.
Com cores quentes, que remetem as melhores fases das comedias espanholas, Italianas e do nosso próprio cinema, Minha Mãe é uma Peça entra e sai sem ambições, sendo que a produção veio unicamente  para entreter publico, mas que felizmente nos rimos e continuamos com o sorriso no rosto depois que saímos da sala de cinema. 

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terça-feira, 2 de julho de 2013

Cine Dica: Sala P. F. Gastal Exibe Westerns Políticos

CICLO DE FAROESTES POLÍTICOS NA SALA P. F. GASTAL
  
Em sintonia com as recentes manifestações que tomaram as ruas da cidade nas últimas semanas, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe entre os dias 2 e 14 de julho a mostra Westerns Políticos, reunindo faroestes que trazem à tona questões políticas a partir de diferentes olhares.
 São muitos os conflitos e as revoluções retratados nas incursões abertamente políticas do gênero, em narrativas que questionam as figuras heróicas do imaginário norte-americano e rompem com o maniqueísmo clássico presente nas obras mais tradicionais. De grandes nomes de Hollywood, serão exibidos, entre outros, Vera Cruz, de Robert Aldrich, um dos pais do faroeste moderno, Viva Zapata!, de Elia Kazan, com Marlon Brando vivendo o emblemático líder revolucionário mexicano, e o último western de John Ford – o principal mestre do gênero –, Crepúsculo de uma Raça, espécie de acerto de contas pessoal com os índios, personagens frequentemente retratados como desordeiros violentos em obras clássicas daquele universo – incluindo muitas do próprio Ford.      
 Por mais que boa parte dos westerns discorra sobre fatos históricos norte-americanos – ou de suas fronteiras mexicanas –, tais narrativas muitas vezes refletem turbulências políticas contemporâneas às suas realizações. É o caso do cultuado Quando Explode a Vingança, de Sergio Leone, outro destaque do ciclo, que aborda as conseqüências das rebeliões europeias de 1968 mesmo tendo como tema a revolução mexicana do início do século XX.
 O zapata western, vertente extremamente politizada do western spaghetti com suas jornadas violentas sobre guerrilheiros e separatistas, também ganha destaque no ciclo. Além da obra-prima de Leone, serão exibidos Uma Bala para o General, um dos primeiros filmes do renomado cineasta Damiano Damiani, e o clássico Vamos Matar, Companheiros!, de Sergio Corbucci, mestre do cinema de gênero italiano recentemente homenageado por Quentin Tarantino em Django Livre.
 O ciclo também exibe alguns dos faroestes que promoveram revoluções importantes dentro dos paradigmas do gênero, como Meu Ódio Será Sua Herança, de Sam Peckinpah, que elevou o nível de sordidez e violência a um patamar poucas vezes visto, El Topo, incursão surrealista do chileno Alejandro Jodorowsky aos desertos do oeste, e Jogos e Trapaças – Quando os Homens São Homens, de Robert Altman, que, apoiado pela música de Leonard Cohen, insere uma poderosa carga metafísica aos dramas de seus personagens.
 A mostra Westerns Políticos tem o apoio da distribuidora MPLC, e pode ser conferida em três sessões diárias.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.  

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Cine Dica: Dossiê Jango


Sinopse: João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato premeditado. Este documentário traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.

Se eu paro por um momento e olho para traz, percebo a enorme quantidade de títulos brasileiros que foram lançados recentemente e que foca exclusivamente eventos do período da ditadura militar, desde os documentários há tramas fictícias. O diretor Paulo Henrique Fontenelle (Loki) decide se aventurar, ao adentrar num verdadeiro quebra cabeças sobre a vida e a morte de João Goulart, que até hoje existe mais perguntas do que respostas. Assim como o genial O Diário de uma Busca, a produção lembra por vezes um filme investigativo, onde tanto o cineasta como as pessoas ligada a Goulart tentam destrinchar cada parte dessa complicada historia.
Curiosamente, o filme surpreende ao mostrar de uma forma explicita os verdadeiros peões que foram responsáveis pela queda do Presidente, sendo que para nossa surpresa, o próprio governo dos EUA é que acabou se envolvendo em meio aos bastidores, pois acreditavam que a forma que Goulart estava administrando o País, acabaria levando o governo para uma situação bem pior.  Atualmente fica meio difícil imaginar se foi para melhor ou para pior a intervenção dos americanos, mas o resto da historia todos nos conhecemos: o golpe de 1964 em que os militares tomaram o governo e o exílio de João Goulart na Argentina. A partir desse ponto Fontenelle começa a focar inúmeras coincidências durante aquele fatídico período, como a morte dos aliados do ex Presidente em pouco espaço de tempo e a morte do próprio em que até hoje está sob investigação.
A investigação dos produtores dos documentários chega a um ponto, em que tudo que é apresentado na tela se torna uma verdadeira teia de eventos, que acaba formando uma imensa  teoria da conspiração, em que nos leva a um surpreendente encontro do filho de Goulart com uma figura que só não direi quem é para não estragar a surpresa. Embora o filme tenha começo, meio e fim, os minutos finais terminam em aberto para o espectador, pois as investigações da morte do ex Presidente ainda prosseguem, assim como também as inúmeras investigações sobre os desaparecimentos e mortes de inúmeras pessoas daquele complicado período. Um filme para ser visto por todos e como um alerta para que tempos como aqueles não voltem mais.   


NOTA: O filme ainda não se encontra em cartaz, sendo que eu o assisti numa sessão especial pelo Cine Clube Zero Hora.   


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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Os Amantes Passageiros


Sinopse: A bordo de um avião que se dirige para a Cidade do México um grupo de passageiros vai conhecer o pânico quando se apercebe que uma falha técnica ameaça pôr em risco as suas vidas. Os pilotos assim como o resto da tripulação treinados para todas as situações de crise estão absolutamente decididos em tornar aquela viagem no mais agradável possível independentemente das condições adversas a que estão submetidos. E é assim que a viver uma situação limite passageiros e tripulação acabam por se ligar de uma maneira inesperada em que cada um se torna capaz das mais íntimas confissões das suas vidas.

Quando a crise global estourou em todo o mundo, a Espanha foi um dos países que mais saíram afetados e com isso era mais do que obvio que os produtores de lá iriam se empenhar em levar o publico ao cinema para rir um pouco e esquecer-se dos problemas. Nesse quadro, fica difícil imaginar Pedro Almodóvar fazendo uma comedia, principalmente após o seu ultimo lançamento, o pesadão A Pele que Habito. Contudo se olharmos para traz, Almodóvar começou com filmes bem humorados como Mulheres a Beira de um Ataque de Nervos, que alias, havia sido o filme que lhe garantiria sucesso internacional na época e voltar atualmente as suas raízes seria uma questão de lógica para animar os seus conterrâneos.
Basicamente uma chanchada Espanhola, o filme possui todos os ingredientes habituais do diretor, desde as cores quentes, há inúmeros personagens que vão se interligando uns aos outros na trama, que embora possa parecer absurda em alguns momentos, não deixa de ser bastante divertida. Embora ele já tenha explorado o homossexualismo em outros filmes, aqui talvez seja o seu filme mais gay, embora muito menos explicito, pois o filme se prende ao lado cômico de cada um deles: três comissários como gays, enquanto que o piloto é bissexual e o copiloto é heterossexual, mas infeliz no casamento. Javier Cámara, Carlos Areces e Raúl Arévalo brilham como os comissários gays, rendendo as melhores piadas e situações inusitadas, como quando eles começam a dançar e cantar a clássica musica  “I’m so excited”.
Lola Dueñas, Cecilia Roth, José Maria Yazpik, Guillermo Toledo e José Luis Torrijo representam os principais passageiros do avião, sendo que Lola Dueñas é que se sobressai, ao interpretar uma espécie de sensitiva, que embora com um ar de inocência, seu personagem vai se descascando cada vez mais, de acordo com as situações absurdas que vão surgindo dentro do avião. Ela alias é protagonista da cena mais sensual e inusitada do filme e que não deve nada com relação a outras cenas de sexo que o diretor já faz ao longo da carreira. Infelizmente nem tudo é perfeito nessa pequena obra do diretor, pois ele erra ao criar uma trama paralela em terra firme, que é interligado com um dos passageiros do avião e estrelado pela bela atriz Paz Vega, que embora talentosa, a trama que ela protagonista acaba meio que prejudicando um pouco o ritmo do filme.
Com pequenas, mas importantes participações de Antonio Bandeiras e Penélope Cruz, Os Amantes Passageiros pode até ser classificado nesse momento como uma obra menor do diretor, mas com o tempo, acredito que ganhara status de Cult e porque não dizer também um pequeno clássico da filmografia do diretor. 

Leia mais sobre a carreira e filmes de Almodóvar clicando aqui.

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