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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cine Clássicos: Brazil o filme


Talves um dos filmes ingleses mais estranhos e surpreendentes de todos os tempo que apesar de ter o titulo do nome do nosso pais, quase nada tem haver nosso pais com a trama (ou não?)
Vamos a ele (acima curtam o final pertubador)
Brazil (filme)
1985
Direção Terry Gilliam
Elenco Jonathan PryceRobert De NiroKim GreistMichael PalinKatherine HelmondBob HoskinsIan Holm Roteiro/Guião Terry GilliamTom StoppardCharles McKeown
Género comédia, distopia Idioma inglês IMDb

Brazil ou (Brazil - o filme, no Brasil) é um filme de comédia britânico, de 1985. Caracteriza-se como uma comédia utópica dirigida por Terry Gilliam, um dos integrantes do grupo Monty Python. O ambiente no qual se desenrola a trama do filme costuma ser melhor chamado pelos críticos como uma distopia[carece de fontes?] (um neologismo que é resultado de uma brincadeira com a palavra "utopia", ou seja, seria aquele modelo com ideal de perfeição, mas que no fim se mostra imperfeito, com alguma ou toda a coisa não dando certo).
Lançado em 20 de Fevereiro de 1985, foi escrito por Terry Gilliam, Charles McKeown, e Tom Stoppard. Estrelando Jonathan Pryce, Kim Greist, Michael Palin, Katherine Helmond, Bob Hoskins, e Ian Holm. Robert De Niro tem uma participação especial. O título do filme se refere em grande parte à sua característica trilha sonora, a música Aquarela do Brasil, que possui papel de destaque ao longo da trama. Além desta referência, não há nenhuma outra ligação direta entre o filme e o país, mas permite algumas especulações[carece de fontes?] nesse sentido.
O filme Brazil continua uma linha de produções (literárias e cinematográficas) que exploram as possibilidades de uma suposta sociedade futura formada pela perpetuação (muitas vezes absurda) dos valores e dos costumes da modernidade, como foi feito com Laranja Mecânica, 1984, entre outros, mas enveredando para uma comédia explícita, ainda que com certo teor de tragédia. O filme Brazil, desta forma, encadea uma série de montagens e gags normalmente associadas ao non-sense, mas que retratam uma interpretação absurda de uma sociedade burocrática e tecnocrática.
Com grande orçamento para a época (cerca de quinze milhões de dólares), o filme foi considerado um grande fracasso, devido[carece de fontes?] sobretudo ao seu enredo confuso.
Enredo Aviso: Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).O herói (ou anti-herói) do filme, Sam Lowry (Jonathan Pryce), vive numa sociedade opressiva do futuro, recorrendo frequentemente a formas de escapismo, representado por sonhos de um paraíso distante, referência ao Brasil atual ou ainda a lendária ilha de Hy Brazil[carece de fontes?], sempre com a música Aquarela do Brasil soando ao fundo. Daí o título do filme.
Mas o Brasil também pode ser o país de Brazil, onde se desenvolveu essa estranha sociedade. Há algumas similaridades no roteiro com a cultura brasileira da época, além, é claro, de mostrar a típica burocracia estatal ineficiente, etc. Um bom exemplo é a quantidade de cirurgias plásticas feitas pelas mulheres idosas do filme.
Assim, em um futuro não muito distante, existe o Brazil: composto por uma sociedade à margem dos grandes centros mundiais, a conviver com o ancestral problema de luta de classes, onde envereda a personagem principal, um jovem alienado que, conseguindo um emprego burocrático por indicação de uma influente mãe que mal o conhece, acaba se apaixonando por uma guerrilheira.
Em meio às constantes festas promovidas pela elite, bombas estouram, causando uma desproporcional e autoritária reação do governo, que prende e tortura - um paralelo à ditadura militar que à época vigia no país.
Sam Lowry perpassa pelos dois polos opostos da sociedade de Brazil, totalmente perdido em meio à burocracia inoperante e ordens sem nexo, enviadas através de obsoletos computadores e máquinas de estranhos formatos, dando a entender que são sempre de segunda-mão. Encontrando-se com a terrorista Jill (Kim Greist), que via em sonhos confusos, ele passa de ignorada peça do sistema a alvo de perseguições.
A luta revela-se infrutífera: a grande bagunça estatal de Brazil não tem uma solução e sai vitoriosa.
PremiaçõesBrazil concorreu a dois Oscars, sem sucesso: Melhor Roteiro Original e Melhor Direção de Arte. Venceu, no BAFTA, os prêmios de efeitos especiais e desenho e produção.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cine dicas: Usina 80 anos 80 filmes: LAURA 1944



A minha postagem de cine dicas está se tornando Cine CLássicos por sempre está postando qual o clássico que a Usina está passando hoje mas vale a pena postar, principalmente porque eu da minha parte não vejo nenhum site falando muito das sessões que a Usina passa, portanto com todo o carinho faço esse serviço. Vamos a sessão de hoje

LAURA
DE Otto Preminger

Com:
- Judith Anderson: Sra. Ann Treadwell
- Dana Andrews: Det. Lt. Mark McPherson
- Gene Tierney: Laura Hunt
- Clifton Webb: Waldo Lydecker
- Vincent Price: Shelby Carpenter

Um detetive investigando um caso de assassinato acaba apaixonando-se pela garota morta pelo seu retrato, mas logo descobre que na realidade foi outra a pessoa assassinada.

Otto Preminger teve uma carreira de altos e baixos, mas aqui ele acertou na mosca, claramente é sua obra-prima. Ele assumiu o filme que era de Rouben Mamoulian, jogou tudo o que fora filmado fora, desprezou o script original (que tinha um final diferente e decepcionante) e soube conjugar todos os elementos do filme com maestria, construindo um clássico de marcar época.
“Laura” tem uma certa similaridade com “Casablanca”, na medida em que eram dois filmes “B” que acabaram, por circunstâncias fortuitas, ganhando um tratamento “A”, com elenco e diretores de respeito, que se acertaram quase que por mágica. Esta é uma das graças do cinema, de vez em quando tudo dá certo e ninguém sabe explicar direito como tudo aquilo aconteceu. Sem dúvida, “Laura” foi favorecido pelos deuses do cinema, e, por extensão, foram agraciados todos os amantes dos grandes filmes, de ontem, hoje e sempre.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

cine dicas: Para se conhecer melhor Paul Newman


E ai pessoal, andei com muito serviço mas não me esqueci do meu blog portanto vamos nos atualisar um pouquinho.

Como todos sabem até a pouco tempo atraz um grande ator da era de Ouro do cinema deixou nossa terra terrena, Paul Newman.
Devo dizer com muita vergonha que muito dos seus filmes não vi infelizmente, por isso vou correr atraz do prejuiso apartir de amanhã alugando quatro filmes dele que ainda não vi, aqui dou um resumo do que pegarei na locadora.

Gata Em Teto de Zinco Quente: (1958)

A adaptação da peça de Tennesse Williams foi o primeiro grande sucesso. Dirigido por Richard Brooks, Newman vive um decadente ex-jogador de futebol americano que renega a esposa, Elizabeth Taylor, e o pai, que está a beira da morte. A hora da verdade acontece durante uma festa em família.

Rebeldia Indomável: (1967)

O nome já diz tudo na historia do jovem preso por um crime menor, que se insurge contra um campo de prisioneiros. É aqui que Newman canta “Plastic Jesus” no bandolim e engole cinquenta ovos cozidos em uma cena antológica

Golpe de Mestre: (1973)

A parceria com Redford rende mais um estouro em bilheteria. Na Chicago dos anos 30, Redford faz o golpista que planeja se vingar da morte do mestre e, para isso, busca ajuda de Newman, um vigarista aposentado. Os dois vão aplicar um golpe mirabolante

A Cor do Dinheiro: (1986)

O Oscar de melhor ator, finalmente, Martin Scorsese convenceu o astro a retomar o papel de Eddie Felson de Desafio de Corrupção, mas agora Newman é o veterano que introduz o novato Ton Cruise pelas manhas da sinuca

Tai, para quem quer conhecer essa grande lenda do cinema, só por esses quatro clássicos já é uma grande pedida.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Cine Dicas: O Médico e o Monstro em doze Dupla


Como ainda vivo em clima de véspera de dia das Bruxas, decidi ir numa locadora muito boa de Porto Alegre alugar uns filmes clássicos de terror, dentre os que aluguei, me deparei com um muito bom que serve para comparar dois filmes diferentes de épocas diferentes contando a mesma historia.
Clássicos são obras que permanecem incólumes à ação do tempo. Inevitavelmente, têm o dom de migrar para outras mídias, sem jamais perder o vigor que as torna especiais. No caso em questão, O médico e o monstro (The strange case of Dr. Jeckyll e Mr, Hyde), a natureza humana e suas facetas são mistérios que, mesmo à luz da ciência, não se mostram mais compreensíveis.
Escrito em 1885 por Robert Louis Stevenson (o autor do também clássico A ilha do tesouro), o livro teve inúmeras versões para quadrinhos, teatro, TV e cinema, bem como uma infinidade de obras que se inspiraram em seus conceitos e outras que não passaram de plágios descarados.
Em 2003 , o mito foi revisitado no cinema pela adaptação de dois quadrinhos que beberam na fonte de Stevenson: o incompreendido Hulk de Ang Lee e A Liga Extraordinária. Em 2004 tivemos o caçador de DráculaVan Helsing caçando Mr Hyde no inicio do filme em uma versão anabolizada. Além destes filhos bastardos, porém, a tela grande recebeu várias interpretações mais fieis do drama do cientista que exibe duas facetas: uma boa e outra cruel. Prova disto é o que aluguei essa semana DVD à altura do livro. Numa Edição sessão dupla , o disco traz duas das mais célebres versões cinematográficas de O médico e o monstro, uma em cada face do DVD.
A primeira, rodada em 1931 por Rouben Mamoulian, traz Frederich March no papel duplo que o consagrou com o Oscar de melhor ator. Ainda sob leve influência do cinema expressionista, a película traz interpretações carregadas que, ao olhar contemporâneo, beiram a canastrice, mas que, de forma alguma, tiram o brilho da obra. Vale o filme por si só, a intrigante seqüência inicial em que, pelos olhos do Dr. Jekyll, podemos acompanhar seu dia-a-dia. Também é digna de nota a eficiente transformação do médico no demoníaco Hyde, uma criatura simiesca, que remete ao primitivo que todo ser humano traz dentro de si.
O segundo filme, rodado em 1941 por Victor Fleming, compõe-se de um elenco estelar: Spencer Tracy no papel-título, Lana Turner como sua doce noiva e Ingrid Bergman como a vítima Ivy. Aqui, a verossimilhança é a tônica. O caricato Hyde da película anterior faz-se substituir por um monstro levemente maquiado cujo olhar gela a alma de suas presas. Em interpretação sutil e impressionante, Tracy constrói duas personas completamente diversas com um mínimo de recursos. A inevitável tensão sexual paira na tela sob a forma de imagens muito sugestivas como os devaneios em que Jekyll se vê açoitando mulheres que deseja como se fossem duas éguas apavoradas. Imagine o impacto desta cena sessenta anos atrás. Às interpretações irretocáveis, ao bom roteiro e à direção firme, some ainda uma belíssima fotografia em preto e branco. O resultado é um clássico da sétima arte.
Assistir a ambos os filmes de uma só vez é uma experiência única. Comparar suas sutis diferenças certamente vai encantar os apreciadores do bom cinema. O disco ainda traz o curta de animação O coelho e o monstro estrelado por Pernalonga, no qual o roedor favorito da Warner encarna... você sabe quem. A versão de 1931 ainda é acrescida de comentários do historiador Greg Mank. Infelizmente para os não versados no idioma bretão, vem sem legendas. Um deslize lamentável que impede que este DVD seja perfeito.

Nota: Acima do texto postei o video do episódio O Coelho e o Monstro que está neste DVD, assistam, curtam e vão em busca deste dois clássicos em DVD.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Cine Clássicos contemporâneos: CONSTANTINE


Muitos talvez irão me odiar por fazer essa matéria, mas o caso que gosto do filme Constantine, Contudo, algumas pessoas aqui do no nosso país não gostou do filme unicamente por existir vários pontos da obra que não tem muito haver no gibi. Lembro-me bem da primeira vez que ouvi falar que haveria esse filme, foi lá atrás em novembro de 2003, numa entrevista da revista SET com o ator Keanu Revees, que naquele tempo estava encerrando com o sua trilogia Matrix. Sabendo sobre o mago dos quadrinhos, fui buscar pesquisas nos sebos, pois naquele tempo Constantine não tinha gibi próprio mais, daí então, consegui da revista mensal da abril Vertigo, mas comprei essas revistas na véspera do filme. Então, não tive tempo para dizer o que era melhor.
Fui assistir ao filme sem o peso do material original do gibi e confesso que adorei, amei o filme e assisti duas vezes, gostei tanto que meu apelido do Orkut é Marcelo Constantine, pois muitos pontos do filme me identifiquei. Com isso, comecei a não só colecionar o material em quadrinhos do personagem, como também outros do selo Vertigo, os quadrinhos adultos da DC e o resto é historia.

Mas vamos a sinopse da trama:

John Constantine (Keanu Reeves) é um experiente ocultista e exorcista, que literalmente chegou ao inferno. Juntamente com Angela Dodson (Rachel Weisz), uma policial cética, ele investiga o misterioso assassinato da irmã gêmea dela, Isabel. As investigações levam a dupla a um mundo sombrio, em que precisam lidar com demônios e anjos malvados.

O filme em si já começa perfeito, com um suspense silencioso que culmina num susto daqueles, (cuidado com a cena do carro). Após o inicio do filme, somos levados a Los Angeles onde presenciamos uma possessão de uma garota. Imediatamente Constantine entra em cena, para salvar o dia, em uma seqüência que achei muito bacana. O legal de Constantine, é que é um filme de terror com estilo Noir, que faz lembrar bem daqueles filmes de investigação, com começo meio e fim e foi bem ousado em tocar em certos assuntos como céu e o inferno, questões de fé e (surpresa) dizer "não" ao cigarro, pois o personagem central sofre de câncer no pulmão e tem pouco tempo de vida. É nesta parte que (em parte) o filme se inspirou muito nos gibis, já que Constantine dos quadrinhos sofreu de câncer na Historia Hábitos Perigosos, que já é considerado um clássico dos quadrinhos, mas o resto, o personagem, pelo menos visualmente e de origem, não tem muito haver com relação a sua contra parte dos gibis. Ao começar pelas suas origens, Constantine do filme é americano e mora em Los Angeles, já Constantine dos gibis é inglês e mora na Inglaterra, só essa mudança de território já irritou os fãs, mas essa mudança foi decisão do próprio diretor quando Keanu Revees foi escolhido, ele acreditou que o ator não convenceria como inglês e não convenceria mesmo. Na verdade se pensarmos bem, Keanu Revees nunca foi um bom ator, isso pode se comprovar no filme Drácula, onde ele parecia uma arvore dura, que a única diferença de uma, é que ele andava. Mas o caso que se ele não é bom ator, pelo menos ele é esperto e pegou papeis que caem sobre medida para ele, como o escolhido em Matrix. Para Constantine, o visual não mudou muito com relação ao Neo, a roupa ficou quase igual, só encolheram a capa, colocaram uma gravata, e não deixaram que usassem óculos. O resto é igual, a diferença é que ele largou aquele ar de inocência do escolhido e escolheu um ar mais sarcástico e mal educado de Constantine, e por isso, acabou convencendo. bem.
Contudo, o filme não seria nada se não tivesse seus coadjuvantes ilustres ao começar por Rachel Weisz que interpreta as irmãs gêmeas, Angela Dodson e Isabel Dodson, Rachel interpreta com maestria uma policial em duvidas com relação as coisas que rolam em sua volta, com isso definitivamente 2005 foi ano dessa atriz, que além desse, ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por O Jardineiro Fiel. Um que começou a chamar atenção neste filme, foi Shia LaBeouf que faz o melhor amigo de Constantine, Chas Chandler. Shia, na época, já tinha feito um ponta em Eu, Robô, mas foi o suficiente para ser convidado para esse filme, e o resultado por sinal, foi satisfatório, mesmo sendo outra mudança com relação ao gibis, já que Chas dos quadrinhos tem a mesma idade de Constantine e seu destino é bem diferente no filme, mas Shia convenceu até os segundos finais da película, (a uma cena surpresa depois dos créditos) e acabou sendo convidado para outros filmes, se consagrando definitivamente em Transformes. Tilda Swinton que faz o anjo Gabriel é outro (a) personagem que se suberizai na trama, fazendo um dos principais anjos do céu. Tilda convenceu em muito na personagem, fazendo agente acreditar que ela é ele na verdade, já que Gabriel se apresenta como um personagem que não tem um sexo definido e Tilda foi incrível nisso. A parte em que ela diz que Constantine está fudido, o cinema veio abaixo. Djimon Hounson (Midnite) Max Baker (Beeman) Pruitt Taylor Vince (Padre Hennessy) cumprem seus papeis com louvor, contudo nada se compara a Peter Stormare que faz o próprio Satã, e somente clímax da trama que ele surge, mas é o suficiente para roubar a cena. Com um tom debochado, cínico e maquiavélico, Peter faz um Satã único e original no cinema, pois fazer esse personagem não é tarefa fácil, pois o personagem já foi levado várias vezes ao cinema por inúmeros atores como Al Patino, por exemplo, mas Peter Stomare cumpre com louvor seu desempenho. Por fim quem se saiu bem neste filme foi o diretor Francis Lawrence, na época um diretor conceituado no mundo dos vídeos clipes, sendo seu primeiro filme para o cinema, foi sem duvida um grande desafio, para isso ele usou a sua forma de fazer clipes no filme, o resultado é um visual sombrio e frio, mesmo a historia se passando na ensolarada Los Angeles. Com bom desempenho que teve, Francis Lawrence teve sinal verde para dirigir outras produções e sua consagração veio mesmo em Eu Sou a Lenda, grande sucesso de bilheteria em 2007.
Na época da sua estréia o filme teve bilheteria razoável nos Estados Unidos, mas grande sucesso mundo afora. Aqui no Brasil, ficou mais de um mês em cartaz e atualmente é considerado um Cult para muitas pessoas, como eu por exemplo. Mesmo com muitas mudanças e uma cena desnecessária (imitando Blade alias) Constantine merece honras por ser lembrado até como verdadeira prova que um filme não precisa ser 100% fiel a sua fonte, basta falar por si.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Cine Especial: E eles não viveram felizes para sempre


Ainda estou em estado de estase. Pois realmente fazia tempo que não tinha visto um filme com um final tão perturbador como o NEVOEIRO, que desde já é para mim considerado um dos melhores filmes do ano. Contudo duvido muito que todos irão curtir o tal surpreendente desfecho como eu curti. Mas porque isso?
Por que as pessoas não aceitam tais finais de filme? Porque o filme não presta por exemplo só porque o protagonista morre no final? Lembro-me, por exemplo, que como adorei o filme Gladiador na época, mas sempre tinha pessoas que ficavam dizendo que não gostavam porque o protagonista morria no final. Parece que isso não pode acontecer. Eu digo assim, às vezes pode e deve acontecer.
O caso que a culpa disso nem está nas pessoas em si, mas sim o próprio cinema que nos acostumou a contar suas historias com o sempre "final feliz", mas é só aparecer um filme com um final perturbador que a pessoa se desmonta. Fico imaginando como as pessoas reagiram na sala do cinema com o final de Seven: Os sete pecados capitais mas na minha opinião aquele final ajudou em muito a narrativa da historia e se colocassem um final feliz naquilo, então tudo que nos assistimos até aquele ponto não faria muito sentido. Todo filme bom que se preze, vem com uma mensagem e essa mensagem deve se casar bem com ato final da trama, e se for para fazer um final pessimista então que seja, se vai a pessoa gostar ou não, será problema dela, mas não a como ficar indiferente pois ela sabe no fundo que assistiu algo totalmente diferente de tudo que viu.
Hollywood é acima de tudo uma indústria que faz dinheiro e tudo que elas fazem é agradar o publico que vai ao cinema. Eles acreditam que existe um numero de pessoas que gostam de sair das suas casas, sair um pouco dos seus problemas para curtir uma historia boa e esperançosa. Mas e aqueles que desejam algo diferente?
Esses não são poucos, são muitos até como eu, e as vezes é preciso de outro pais para nos brindar com algo original, como foi no caso da Coréia que nos presenteou Old Boy de Park Chan-uk que conta a historia de um homem comum que acaba sendo preso por mais de 15 anos dentro de um quarto de hotel e nem sabe porque. Passados os 15 anos ele é libertado sem mais nem menos e busca resposta, e tais respostas serão das mais dolorosas possíveis, tanto para o personagem como para o próprio espectador que assiste a trama. O filme fez tanto sucesso de critica quanto de publico que assistiu ao redor do mundo, e Hollywood esta pensando até hoje em fazer uma refilmagem mas será que eles tem coragem de fazer tudo igual? Eles vão pensar na historia ou nas verdinhas?
Eu acho que atualmente existe uma falta de ousadia no cinema, e por conta disso da para se contar nos dedos os filmes que estréiam no ano e desafiam as nossas mentes e quando estréiam filmes como esse O Nevoeiro devemos nos ficar perguntando? Como eles puderam lançar dessa forma? Ficamos admirados como a historia termina, pois é algo que raramente se vê nos filmes hoje em dia e acho que é pára isso que o cinema serve nos levar para lugares diferentes com historias imprevisíveis que desafiem a mente da pessoa, Stanley Kubrick que o diga..
Espero que ao longo dos anos surjam mais filmes corajosos como esse, que surjam diretores que gostam de fazer uma boa historia como Frank Darabont fez com o Nevoeiro, que venham historias mais e mais originais, pois sejamos francos: Chegará um ponto que as pessoas estarão cansadas do previsível.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Cine Dicas: O Incrivel Hulk chega em DVD


Em 2003, a Universal investiu todas as suas fichas no filme do Hulk nas mãos do diretor Oscarizado Ang Lee. A intenção logicamente era fazer uma franquia, assim como aconteceu com x-men e Homem Aranha, pegando na esteira os filmes da Marvel que estavam fazendo sucesso, e como o personagem pertencia a editora, com certeza verdinhas estavam vindo por ai. Mas não foi isso que aconteceu
Ang Lee é um diretor artístico, que mesmo fazendo ótimos filmes de ação como o Tigre e o Dragão, sempre deixou em primeiro plano a exploração do lado psicológico dos personagens e isso ele explorou bastante no filme, resultado: O filme decepcionou muita gente que estavam esperando pancadaria do inicio ao fim. Em vez de um filme repleto de ação, vemos um drama carregado de choques traumáticos da infância do personagem e fez com que muitas pessoas ficassem afastadas do cinema.
Sempre gostei da versão de Ang Lee, mas o que ocorreu é que aquele filme estava a frente do seu tempo e o publico não estava preparado para ele. Com isso a Marvel agora produzindo os seus filmes, investiu pesado de novo no persongem passando a borracha com relação ao filme anterior.
Desta vez foi o diretor Louis Leterrier (Cão de Briga) na direção, talentoso em filmes de pancadaria aliás, e escalou um elenco estelar, ao começar por Edward Norton (Clube da Luta) como Bruce Banner que se transforma no Hulk. Liv Taylor Willian Hurt e Tin Hot completam o elenco. A historia começa num rápido flashback contando rapidamente a origem do personagem, imediatamente somos levados a favela da Rocinha do Rio de Janeiro (nota: a cena que fazem uma panorâmica na favela, do inicio ao fim é espetacular) onde Bruce trabalha numa fabrica de refri, ao mesmo tempo busca por uma cura.Enquanto isso General Ross (Hurt) manda um combatente (Hot) ao encalço do personagem, e para isso fará de tudo para capturá-lo, chegando a um ponto em se tornar o temível Abominável.
Mesmo sendo os mesmos personagens se comparar com o filme de 2003 da para notar que são filmes completamente diferentes, sendo que esse é levado muito mais a ação mas nunca deixando de lado a construção dos personagens, Edward Norton como sempre, faz seu personagem com a maior competência, representando um homem que se sente preso a uma fera interior. Com relação ao resto de elenco tudo ok, poderiam Ter sido melhores, especialmente Hot, que acho um excelente ator desde Pup Fictiun, mas também não faz feio. Mas assim como o filme de 2003, esta nova versão de novo teve uma bilheteria relativamente baixa, principalmente se comparada a outras produções que teve esse ano como o filme irmão Homem de Ferro, parece que por mais que o filme seja bom, o publico não consegue se identificar com o personagem, talves outro ponto que talves seja negativo é que o Hulk é um personagem, que por mais que perfeito que façam é um personagem digital, e sinto que esse é um dos muitos motivos que o publico não se identifica.
Contudo torço para que o personagem volte para o cinema novamente, pelo menos no filme dos Vingadores que a Marvel está planejando e isso fica claro, pois tanto nesse filme como do Homem de Ferro, as pistas ficam evidentes, principalmente no Hulk onde Tony Stark (Homem de Ferro) aparece em uma rápida ponta nos segundos finais do filme.
Por fim o Incrível Hulk é entretenimento puro para aqueles que são tanto fãs dos quadrinhos como fãs da série de tv, e referencias a aquela série clássica tem muitas, como uma ponta hilária de Lou Ferrigno como segurança e até a musica tema série (tan tan, tan tan), ou seja, um filme para se assistir curtindo ele, sem exigir muito dele.
NOTA: A atriz brasileira Débora Nascimento, famosa pelas novelas globais, faz uma ponta bem no inicio do filme, mas o suficiente para chamar a atenção de muita gente, principalmente pelos estúdios de Hollywood.