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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Homem-Aranha: De Volta ao Lar



Sinopse: Homem-Aranha: De Volta ao Lar. Sinopse fala sobre a chegada do Abutre. "O jovem Peter Parker/ Homem-Aranha (Tom Holland), que fez sua estreia sensacional em Capitão América: Guerra Civil, começa a navegar em sua recém descoberta identidade como o super-herói disparador de teia em Homem-Aranha: De Volta ao Lar.

Após o encerramento da trilogia original do Homem Aranha (2002 – 2007) comandada pelo cineasta Sam Raimi (Uma Noite Alucinante), a Sony (dona dos direitos cinematográficos do personagem na época) decidiu continuar com as aventuras do herói aracnídeo, mas numa nova roupagem e tudo começando novamente do zero. O resultado, porém, foram dois filmes que, no decorrer do tempo, ficaram aquém do esperado, pois os roteiristas tiveram a capacidade de criar inúmeras ideias que distanciaram da essência original do personagem. Tudo muda agora com o personagem retornando para o estúdio Marvel e Homem-Aranha: De Volta ao Lar é um filme limpo, direto, divertido e do qual os fãs de todas as idades irão aproveitar ao máximo.  
Dirigido por Jon Watts (Clown), o filme acontece após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, onde vemos Peter Parker (Tom Holland) lutando contra os bandidos do seu bairro e defendendo as pessoas quando precisam. Ao mesmo tempo, Adrian Toomes, codinome Abutre (Michael Keaton) usa a tecnologia alienígena (vista no primeiro Vingadores) para roubar armas poderosas e tentar vender no mercado negro. Não demora muito para que o herói e vilão se cruzem e gerando inúmeros embates.
Antes de tudo é preciso deixar claro que não estamos diante de uma mera adaptação de HQ, onde vemos a simples rivalidade entre herói e vilão megalomaníaco ou algo do gênero, mas sim a história de um simples rapaz do colegial, que decide combater o crime no momento que percebeu que grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Embora saibamos de cor e salteado o do porque ele decidiu combater o crime (basta assistir as versões anteriores), o filme não perde tempo com as suas origens, mas sim focando no personagem em seus tempos de colégio, sendo algo que quase não foi explorado nas outras adaptações. Os roteiristas e cineasta foram então sábios ao inserir essa passagem da história do personagem, pois é algo que faz a gente se identificar com ele, principalmente em inseri-lo em situações corriqueiras, desde a sofrer gozação dos valentões da escola, como também ter uma paixão platônica pela menina bonita da classe, que aqui no caso é a personagem Lis (Laura Harrier), uma das primeiras namoradas de Peter nos quadrinhos.   
Como é de costume nos filmes da Marvel, o filme é recheado de situações de muito bom humor, principalmente pelo fato de Peter ter um melhor amigo nerd chamado Ned Leeds (Jacob Batalon) e ser protagonista dos momentos mais hilários da trama. E para fortalecer o laço em que o personagem tem com o restante do universo Marvel, Homem de Ferro (Robert Downey Jr) surge como uma espécie de mentor para o protagonista, mas diferente do que muitos poderiam imaginar, ele não rouba a cena a todo o momento, mas sim surgindo somente quando Peter precisa de uma ajuda ou até mesmo de uma lição de moral.
Ainda no terreno de humor, é preciso reconhecer, já de imediato, que Tom Holland é a melhor encarnação do personagem nas telas. Revelado ao mundo pelo filme catástrofe O Impossível, Holland consegue nivelar muito bem a sua interpretação, tanto nos momentos de dramaticidade, como também nos momentos de mais puro humor, já que, pela primeira vez no cinema vemos um Homem Aranha tagarela, cheio de piadas e que remete a sua fase de ouro dos anos 60 e 70 das HQ. Se há cinéfilos que reclamam pelo excesso de piadas nos filmes da Marvel, aqui a situação é invertida, pois esse lado cômico resgata os bons e velhos tempos do personagem e que tanto fazia falta.
Contudo, o filme também possui o seu lado obscuro, sendo muito bem representado pelo vilão Abutre, interpretado com intensidade pelo ex Batman Michael Keaton. Mas diferente do que a gente imagina o personagem não é um mero vilão que quer conquistar o mundo, mas sim faz o que faz, para sustentar a sua família e não medindo esforços para conquistar tais feitos. Com um discurso contra o capitalismo, do qual se vê pegando os restos jogados fora vindo dos poderosos, o personagem é, talvez, o melhor vilão desde o surgimento de Loki no universo Marvel do cinema e isso já é um grande feito.
Mas é claro que nem tudo são flores, principalmente para aqueles que esperam incríveis cenas de ação vertiginosas, mas que, embora elas aconteçam, não superam a surpreendente cena do trem vista em Homem Aranha 2 em 2004. Elas estão lá, sendo a cena do navio é disparada a melhor, mas nada que vá mudar a vida de ninguém. Porém, elas não surgem gratuitamente para encher os nossos olhos de efeitos visuais, mas sim sendo consequências dos eventos dos quais ocorreram durante a trama e fazendo então delas todo o sentido.
Vale lembrar que, embora essa aventura pertença ao vasto universo Marvel, ela tem ao mesmo tempo começo, meio, fim e não se vê preso a ter que explicar algum evento que ocorreu, ou ocorrerá, nos outros filmes dos personagens do estúdio. Aliás, o ato final deixa mais do que claro que Peter terá maior responsabilidade no seu bairro onde vive do que ao lado dos Vingadores ou de outros personagens daquele mundo. Ou seja, uma sensação de simplicidade, sem maiores exigências no colo do personagem e nos passando absoluta certeza que o veremos novamente em leves e boas aventuras.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar é o mais novo recomeço para o personagem no cinema, mas dessa vez, feita com carinho e nos convidando de forma descompromissada para curtirmos uma aventura divertida, simplista e muito bem vinda. 


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