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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: VIDA

Sinopse:A curiosidade em torno de vida inteligente no planeta Marte sempre intrigou cientistas e a NASA. Para buscar mais informações, uma equipe de astronautas é recrutada para uma missão com o propósito de descobrir se isso é possível e eles finalmente encontram. No entanto, a amostra que eles recolhem pode causar um dano terrível chegar na Terra.


No final dos anos 70, Alien: O 8º Passageiro, obra máxima do cineasta Ridley Scott (Blade Runner), aterrorizou o mundo com a sua abordagem realística e sombria de uma trama da qual se passava dentro de uma nave espacial. Durante quase quarenta anos houve continuações, copias, umas melhores ou piores, mas nada que superasse o resultado final daquele filme até hoje. VIDA pode até não chegar ao mesmo patamar de Alien, mas chega perto e arranhando.
Dirigido por Daniel Espinosa (Protegendo o Inimigo) acompanhamos um grupo de astronautas, cuja sua missão é procurar evidencias de vida na superfície de Marte. Após levarem uma pequena amostra para dentro da nave, se descobre que ela está viva e reagindo de forma espantosa. No entanto, ela se revela uma ameaça contra aqueles em volta dela, ao ponto de se tornar um verdadeiro perigo contra a própria terra.
Do começo ao fim se percebe que o filme bebe da fonte do universo Alien, mas não se limita a isso somente. Para começar, Espinosa aproveita para usar as últimas tecnologias de ponta na realização dos efeitos visuais, para assim então criar um cenário realístico, como se os personagens realmente estivessem no espaço. Embora os primeiros minutos lembrem e muito o filme Gravidade (o plano sequência aqui é explicitamente familiar), o cineasta tem a proeza de conseguir a nossa atenção de imediato e fazendo a gente parar de comparar a sua obra com a do filme de Alfonso Cuarón. 
É claro que, tanto os protagonistas do filme, como também aos que assistem, têm as suas atenções voltadas para a pequena entidade que, gradualmente, vai se transformando numa terrível ameaça. Vista no principio como um ser inofensivo, aos poucos ela vai se transformando numa espécie de parasita e que não excita em sugar e eliminar as suas vítimas. Embora muitos venham a se lembrar de Alien, a criatura por vezes me lembrou o ser visto no clássico O Enigma de Outro Mundo, mas sem a capacidade de se transformar em outros seres.
O que começa com uma fantasia da ficção encantadora e esperançosa, logo vai dando lugar a um terror pesado e angustiante, ao ponto de sentirmos aflição sobre o que virá a seguir na tela. Como se não já não bastasse isso, o cineasta e roteiristas foram sábios ao darem espaço para se aprofundar no lado humano de cada um dos personagens principais, para sim nos identificarmos e sentirmos pela queda de cada um deles perante a criatura. É claro que isso de nada adiantaria se o elenco não fosse competente, mas Jake Gyllenhaal (Abutre), Rebecca Ferguson (A Garota No Trem) e até mesmo Ryan Reynolds (Deadpool), cumprem o desempenho com louvor em seus respectivos papeis.
Se há um ato falho é quando o filme se entrega um pouco a muita correria e alguns efeitos visuais dispensáveis. Se o primeiro ato é engenhoso, o segundo meio que descamba para ver o que chama mais atenção para atrair o cinéfilo, o que acaba soando desnecessário, pois até ali estávamos mais do que conectados ao que estava acontecendo na tela. Porém, o terceiro ato recupera o fôlego e nos brinda com momentos imprevisíveis, cujo seu clímax  irá pegar todos desprevenidos e gerando inúmeros debates após a sessão.
Curto, mas criativo, VIDA irá fazer muitos cinéfilos pularem das cadeiras, sendo que é uma sensação cada vez mais rara hoje em dia nas salas dos cinemas.  


 
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