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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: FÁTIMA



Sinopse: A empregada doméstica Fatima é árabe e mãe solteira de duas jovens. Para as filhas, se comunicarem em francês é o melhor para garantir um bom emprego. No entanto, Fatima tem dificuldade com essa língua. Quando ela sofre um acidente, tem de ficar em repouso. Nesse período, Fatima começa a escrever um diário em árabe para as filhas, dizendo tudo o que adoraria expressar diretamente para as jovens em francês.

Nos últimos tempos, o cineasta francês Philipe Faucon (A Traição) vem se dedicando a realizar filmes dos quais retratasse pessoas que, infelizmente, são mostradas de forma secundária em filmes convencionais. Em Fátima, o cineasta cria uma obra sensível sobre a vida de uma imigrante na França. Inspirado numa história real, Fátima trabalha nas limpezas para pagar os estudos das duas filhas. A filha mais velha prepara o exame de medicina, a mais nova é uma adolescente revoltada que tem dificuldades em aceitar o fato de a mãe trabalhar nas limpezas e não saber falar francês.
Assim como a verdadeira Fátima que serviu de base para a criação do filme, a personagem escreve em seu diário, em árabe, onde passa o que realmente sente no seu intimo, tanto sobre as adversidades como também a esperança que lhe faz seguir em frente. O grande acerto do roteiro escrito por Philippe Faucon, é de não ter se limitado somente a Fatima, mas sim também focando nas filhas, que acabam sendo o foco principal em dar ao longa metragem um conteúdo completo, já que pelo fato delas não serem de origem árabe, repreendem a mãe pelos seus hábitos tradicionais, optam sobre o papel da mulher do mundo contemporâneo e os problemas que os imigrantes no país passam com relação ao preconceito.
Mas o filme não levanta somente a bandeira em defesa dos imigrantes, como também explora o dia a dia de uma pessoa que vive distante de suas raízes. A trama então acaba se tornando um reflexo de inúmeras pessoas, das quais abandonam suas terras natais e tentam uma vida nova em outros países. É algo que, querendo ou não, acontece no dia a dia de inúmeros países e aqui no Brasil não é diferente.
Mas talvez uma dos melhores partes do filme seja a narração em off que ouvimos da protagonista quando ela escreve em seu diário. É nesses momentos em que ela revela o seu lado mais humano que, por vezes, não consegue expressa-lo em sua própria língua, ou devido a sua timidez, da qual lhe impede de expressar os seus reais sentimos perante o mundo do qual vive. É por esses e outros motivos que o cineasta conseguiu criar um filme humano e do qual qualquer um que assiste consegue se identificar facilmente.
Fátima é um exemplo de bom filme do qual o retrato de uma simples família pode levantar sim inúmeras questões universais contemporâneas e das quais geram sempre bons debates na roda de amigos.
 


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