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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 13 de março de 2017

Cine Dicas: Em Cartaz: Waiting for B. / Estopô Balaio



Waiting for B.

Sinopse:Documentário registrou em 2013 momentos do lado de fora do estádio do Morumbi em São Paulo. Tudo para acompanhar centenas de fãs da cantora Beyoncé, que chegaram a passar dois meses acampados na fila para tentar conferir o show da diva na primeira fila.
Às vezes é difícil explicar de que maneira nasce uma admiração por alguém que talvez nunca venha a conhecer pessoalmente. De tempos em tempos, sempre surge alguém do meio do cinema ou da música que consegue o feito de atrair milhares de seguidores graças ao seu trabalho e do qual esses seguidores se identificam em maior ou menor grau. Waiting for B. registra um grupo de jovens que amam a cantora Beyoncé ao estremo, ao ponto de não excitarem de cantarem, se vestirem e se parecerem com ela, mesmo que somente em alguma ocasião especifica.
Dirigido por Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel, acompanhamos alguns eventos que antecederam o show da cantora Beyoncé do qual ocorreu no estádio Morumbi em São Paulo em 2013. O caso que esses eventos ocorrem justamente no lado de fora do estádio, onde os documentaristas registram o dia a dia de um grupo de fãs que decidiram acampar dois meses antes do show, para assim então conseguir o melhor lugar na frente do palco. Nesse meio tempo, conhecemos um pouco sobre cada um e as motivações que levam a querer fazer esse sacrifício pelo ídolo.
Embora o assunto seja Beyoncé, o documentário a coloca em segundo plano, dando lugar então aos seus fãs e onde cada um tem uma história para contar no decorrer do tempo. A conversa entre eles no acampamento é bem diversificada, onde debatem, por exemplo, a teoria de que maioria dos fãs da cantora seja gays. Isso acaba gerando debate para outros assuntos, desde a intolerância, aceitação e ter o direito de esbravejar e não ter vergonha de gostar de algo ou alguém ao extremo.
Um dos meus momentos preferidos do documentário, por exemplo, é quando eles revezam durante o acampamento, para então fazer alguma coisa em casa ou trabalhar durante o dia. É divertido constatarmos a expressão dos pais de alguns deles, onde eles simplesmente não entendem as motivações dos seus filhos, mas ao mesmo tempo aceitam de bom grado. Ao mesmo tempo em que existe esse clima de divertido, há também espaço para desabafo de alguns deles por terem sofrido preconceito vindo de até mesmo de pessoas próximas no decorrer da vida.
Com pouco mais de uma hora de duração, Waiting for B. é um divertido e humano documentário sobre pessoas comuns, mas que agem das maneiras mais imprevisíveis em nome dos seus ídolos do universo pop.
 
 Estopô Balaio

Sinopse:No bairro Jardim Romano, em São Paulo, a população sofre com enchentes. Ele é cortado pelo rio Tietê e em 2010, o lugar ficou debaixo d ́água por três meses. Em meio às dificuldades, um grupo de pessoas se reúne para montar um grupo artístico, o Coletivo Estopô Balaio. Nele, os artistas realizam espetáculos para entreter os moradores.
Nos dias atuais, dos quais a divulgação está sendo cada vez mais rápida graças à internet, é bom saber que há pessoas que pensam rápido e usam os recursos tecnológicos para divulgar o que o governo, por vezes, esconde do povo em geral. Quando uma jovem mãe vê uma enchente de proporções arrasadoras invadindo a sua residência, imediatamente ela usa o seu celular para registrar o fatídico dia. Com a colaboração de um jovem cineasta, a idéia ganha forma e se tornando um documentário, onde registra a luta desses moradores perante a falta de recursos que deveriam vir do governo para contornar tal situação.
Dirigido Cristiano Burlan, o documentário registra o dia a dia e depoimentos dos morados do Jardim Romano de São Paulo que, de tempos em tempos, sofre com as enchentes que arrasam as suas casas. Além de conhecermos alguns dessas pessoas que convivem com isso, o documentário registra o nascimento de um grupo artístico, o Coletivo Estopô Balaio. A intenção do grupo é fazer espetáculos para entreter os moradores, mas ao mesmo tempo, fazer uma crítica com a situação das quais eles se encontram.
O filme ganha pontos ao testemunharmos depoimentos de pessoas que falam do horror que é enfrentar a ganância do governo em querer varrer para debaixo do tapete a situação do qual eles se encontram. Ao invés de ajudar, a prefeitura chega ao ápice do absurdo em querer demolidor uma casa com um trator, mas é impedido pela própria moradora que não arredou do local e impedindo tamanho absurdo. Esse e outros relatos é o que dão forma para esse documentário, do qual explora as raízes de alguns dos moradores e fazendo a gente compreender que, não foi à intenção deles em morarem numa situação de risco, mas devido a circunstâncias vindas da vida e que não dá muita opção de escolha.
Embora de curta duração Estopô Balaio não é somente o retrato de um lugar, mas sim de inúmeros em nosso Brasil e que, infelizmente, tende o número cada vez aumentar mais. 



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