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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Cine Dica: Obras-primas de David Lean na Cinemateca Capitólio

CINEMATECA CAPITÓLIO EXIBE A PONTE DO RIO KWAI, DOUTO JIVAGO E A FILHA DE RYAN
 
Nos dias 16 e 17 de janeiro, a Cinemateca Capitólio exibe três obras-primas de David Lean, em cópias 35 mm: A Ponte do Rio Kwai (1957), Doutor Jivago (1965) e A Filha de Ryan (1970). A exibição é uma parceria entre a Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre, a produtora Firula Filmes e o Centro Cultural Branco do Brasil. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para idosos e estudantes.   

O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.


GRADE DE PROGRAMAÇÃO

16 de janeiro (sábado)
16:00 – A Ponte do Rio Kwai
20:00 – Doutor Jivago

17 de janeiro (domingo)
17:00 – A Filha de Ryan

DAVID LEAN

David Lean começou sua carreira na época do florescente cinema inglês dos anos de 1930, quando trabalhou como requisitado montador para cineastas como Michael Powell. Ele continuou a exercer essa função em alguns dos seus filmes, além de trabalhar também como roteirista. Em 1942, dirigiu seu primeiro longa metragem, Nosso Barco, Nossa Alma, em parceria com o dramaturgo Noël Coward. Seu primeiro sucesso foi o drama sentimental Desencanto (Brief Encounter), de 1945, apresentado no primeiro Festival de Cannes, onde ganhou o Grande Prêmio.

Diversos filmes de David Lean foram premiados com o Oscar, em várias categorias. Dois deles  ganharam o Oscar de Melhor Filme - A Ponte do Rio Kwai, de 1957 (sete Oscars), e Lawrence da Arábia, de 1962 (sete Oscars). Doutor Jivago, de 1965, outro grande sucesso de Lean que ganhou cinco Oscars, inaugurou a longa parceria do diretor com o compositor Maurice Jarre, autor de diversas trilhas sonoras.

Em 1999, o British Film Institute fez uma lista com os 100 melhores filmes britânicos do século XX. Cinco filmes de David Lean ficaram entre os 30 primeiros e três deles entre os cinco primeiros colocados.

David Lean possuía um domínio profundo das técnicas cinematográficas, interessado, sobretudo, em contar uma historia e comunicar sentimentos. Desfrutando uma liberdade poucas vezes vista em Hollywood, o cineasta britânico pôde construir um estilo próprio e uma perspectiva de mundo única, desenvolvendo uma linguagem de planos gerais grandiosos, elaborados movimentos de câmera e planos sequências onde os diálogos se desenvolvem sem interrupções da montagem. Perfeccionista ao extremo, lutava para fazer os filmes a seu modo e sem interferências, buscando extrair de cada plano o máximo, esperando dias pelo por do sol perfeito, por exemplo, e acabou por reinventar a ideia de épico hollywoodiano.

Para ele, a realidade deveria ser dramatizada e o papel do realizador era justamente apagar os traços da técnica. Lean alcançou uma autonomia que poucos outros diretores tiveram dentro do sistema dos grandes estúdios e talvez seja o cineasta mais exemplar no que diz respeito a narrativa transparente que caracteriza o cinema clássico norteamericano.

FILMES

A Ponte do Rio Kwai
(The Bridge on the River Kwai, 1957 | 161 min | 35mm)

Depois de liquidar suas diferenças com o comandante de um campo de prisioneiros japonês, um coronel britânico coopera para supervisionar seus homens na construção de uma ponte ferroviária para os seus captores – enquanto permanece alheio aos planos dos Aliados para destruí-la.

Direção: David Lean | Roteiro: Carl Foreman e Michael Wilson | Fotografia: Jack Hildyard

Doutor Jivago
(Doctor Zhivago, 1965 | 192 min | 35mm)

O filme conta sobre os anos que antecederam, durante e após a Revolução Russa pela ótica de Yuri Zhivago, um médico e poeta. Yuri fica órfão ainda criança e vai para Moscou, onde é criado. Já adulto se casa com a aristocrática Tonya, mas tem um envolvimento com Lara , uma enfermeira que se torna a grande paixão da sua vida. Lara antes da revolução tinha sido estuprada por Victor Komarovsky, um político sem escrúpulos que já tinha se envolvido com a mãe de Lara, e se casou com Pasha Strelnikoff, que se torna um vingativo revolucionário. A história é narrada em flashback por Yevgraf de Zhivago, o meio-irmão de Yuri que procura a sua sobrinha, que seria filha de Jivago com Lara. Enquanto Strelnikoff representa o “mal”, Yevgraf representa o “bom” elemento da Revolução Bolchevique.

Direção: David Lean | Roteiro: Robert Bolt | Fotografia: Freddie Young

A Filha de Ryan
(Ryan’s Daughter, 1970 | 206 min | 35mm)

Em uma cidade irlandesa, um rapaz com deficiência mental expõe para todos da cidade que uma mulher casada está tendo um caso com um oficial britânico.

Direção: David Lean | Roteiro: Robert Bolt | Fotografia: Freddie Young

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