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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: HELI





Sinopse: Heli (Armando Espitia) é jovem que mora no meio do nada, com sua mulher, Sabrina (Linda González), o filho pequeno, seu pai (Ramón Álvarez) e a irmã de 12 anos, Estela (Andrea Vergara). Ele e o pai trabalham numa montadora de carros. A vida não é fácil, mas dá para ser levada, a duras penas. A ruptura ocorre quando Estela começa a namorar um soldado, Beto (Juan Eduardo Palacios), e este rouba dois pacotes de cocaína.

 

Chocante filme ganhador do prêmio de direção no Festival de Cannes 2013, para o mexicano Amat Escalante, Heli é um filme para poucos, mas que diz muito. A trama é crua e uma verdadeira descida ao inferno pessoal e social, ao retrata um México longe das propagandas turísticas, longe da riqueza, distante de tudo, e afogada em problemas sociais e do pior do homem.
A primeira cena da produção já diz o que virá: um corpo é enforcado e jogado do alto de uma passarela. Curiosamente retornamos um pouco no passado e gradualmente começamos a descobrir o do porque esse chocante momento aconteceu. As desgraças surgem sem dó, nem piedade na vida de cada um dos personagens e faz com a gente sinta que não há escapatória para nenhum deles. Em suma, o que vemos na tela é o pior do ser humano quando ele se encontra desprendido de qualquer altruísmo pelo próximo. 
 Escalante não mostra cenas sugestivas, mas sim de cara mesmo e doa o que doer. E em seu filme há cenas explícitas de tortura: numa delas, no campo de treinamento, Beto é obrigado a rolar no chão que está sujo com seu vômito e fazendo-o desejar não estar naquele lugar jamais. As cenas mais bravas de tortura acontecem sob os olhares adolescentes e crianças enquanto estavam jogando videogame. O diretor, que é também escreveu o roteiro, parece indicar um paralelo entre a violência virtual do jogo eletrônico e a real – ambas tendem à desumanização das vítimas e seus algozes.
O cineasta é sincero ao mostrar a guerra do tráfico em seu país  sem usar panos quentes. Ainda assim, há um sentimento de repetição no que ele tem a dizer ou escancarar para nos. Num ponto a favor, ele não espetaculariza nenhuma das questões, ainda que não tenha muito de novo a dizer.
 
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