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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Esse Amor que nos Consome


Sinopse: Gatto Larsen e Rubens Bardot, são responsáveis por um grupo de dança alternativa, inspirada na arte de rua, do cotidiano, muda-se para um pequeno prédio no meio do Centro da cidade do Rio de Janeiro, Rua do Riachuelo. O prédio não é deles. Eles invadiram na boa vontade de quem quer que seja o dono não consiga vende-lo. Durante dias, o humilde grupo de dança treina lá para espetáculos reais e coberto pelo patrocínio do governo. Eles crêem nos orixás e que estes inspiram suas obras e os protegerão.

Numa mistura de ficção e documentário, o filme é mais um belo exemplo do nosso cinema brasileiro que foge do convencional e apresenta uma trama com pessoas que são gente como à gente e com suas paixões no meio da dança e da arte. Há 3 focos na trama, que se entrecruzam e faz com que se cria um mosaico de imagens de pensamentos que vêem através dos protagonistas ou de pessoas comuns que se cruzam com elas. Claro que a dança é o foco principal da trama, começando com uma inesquecível cena de abertura, que mostra o aquecimento de um dançarino, embalado com a clássica musica Lscia Ch'io Pianga,  interpretada por Tuva Semmingsen.
As cenas seguintes mostram o ensaio do grupo de capoeira durante os dias que se passam, que do lado de cá da câmera foram surpreendentemente dez dias de filmagens apenas. O filme não esconde o que são esses personagens, que vão desde pessoas humildes, enraizados no povo trabalhador e que não temem em invadir uma casa para viver e trabalhar. Mas embora com toda a força de vontade, também há os momentos em que é mostrado o drama de alguns dançarinos, que por um motivo ou outro, acabam tendo que abandonar ou pelo menos adiar o que estava fazendo com os seus companheiros.        
Cinematograficamente, a câmera foca ao máximo, passos, gestos e o suor deles, que mesmo com poucos recursos, se mantenham graças à paixão pela arte que eles praticam e na realização da determinada peça (no caso, a adaptação da obra que dá título ao filme: "Esse Amor que nos Consome"). O filme acerta em inúmeros sentidos, principalmente quando a dupla principal sai do seu cenário e vai pelas ruas da cidade carioca e conversar com pessoas comuns, mas que tem muito para contar. Uma pena, portanto que alguns desses personagens que surgem do nada, der repente desaparecem e não retornam durante a projeção.   
Algumas coisas ficam no ar, na realidade com mais perguntas do que respostas e quando você deseja mais ficar naquele universo particular daquele grupo, o filme se encerra e deixando com que a trama continue em nossas mentes. Uma pequena perola cinematográfica brasileira, que oferece muito, mesmo em pouco tempo de projeção.

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