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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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domingo, 7 de abril de 2013

Cine Especial: "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA": Parte 6


Nos dias 13 e 14 de abril, estarei participando do curso  "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA"   criado pelo Cena Um e ministrado pelo critico de cinema ROBERTO SADOVSKI. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre as quinze melhores adaptações da Marvel para o cinema (em ordem cronológica) nestes últimos quinze anos.

HULK

Sinopse: O Cientista  Bruce Banner (Eric Bana) tem dificuldades em lidar com a sua ira. Sua vida tranquila de brilhante ciêntista que trabalha com a ex-namorada Betty Ross (Jennifer Connely) esconde um passado doloroso. Um acidente de laboratório revela os heróicos impulsos de Bruce mas também liberta seus demônios. E ele se torna o mais poderoso ser na face da terra. Um super-herói e um monstro.

Tem certas sessões de filmes que nunca me esqueço e a sessão que eu assisti ao filme Hulk (2003) era uma delas. Fui assistir no saudoso cinema Imperial de Porto Alegre e na minha frente estava um pai e o seu filho, sendo que esse ultimo estava muito eufórico para ver o Hulk na tela grande. Mas depois de quase uma hora de filme (legendado) e sem o gigante esmeralda aparecer, a criança não agüentava mais e queria logo ir embora, mas quando ia fazer isso, o personagem surge finalmente na tela, muito embora o estrago já estivesse mais do que feito.
Esse pequeno exemplo que estava na minha frente na sessão, sintetizou o que foi para o publico ao assistir a primeira adaptação do cinema para o gigante esmeralda: muitos amaram, outros (como o pequeno na frente) odiaram, mas visto hoje, podemos ter absoluta certeza, que foi realmente uma adaptação de HQ a frente daquele tempo e muito se deve ao diretor que estava no comando, Ang Lee. O recém premiado com sua obra prima O Tigre e o Dragão, Lee optou em deixar as cenas de ação em segundo plano e decidindo então explorar o lado psicológico dos personagens, mais precisamente uma trama que escava os conflitos familiares e as conseqüências que isso gera. Por eu ser um colecionador de HQ, percebi imediatamente, que Ang Lee se baseou bastante na fase em que o roteirista Peter David injetou novas idéias e significados sobre a origem do monstro, como o fato de Bruce Banner quando pequeno ter visto o seu próprio pai matar a sua mãe quando a estava defendendo dele.
Essa passagem da historia do personagem nas HQ, serviu de ponta pé inicial para a criação da historia para o personagem no cinema, mas diferente da HQ, o pai do protagonista teria um papel essencial, não somente por ter causado um trauma na vida dele, como na sua própria criação. Nick Nolte é sem sombra de duvida o melhor interprete da produção, ao interpretar o pai e cientista louco responsável pela criação do monstro, que se escondia dentro do seu filho Bruce (Eric Bana).  Sempre quando surge, Nolte da um show de interpretação e seu desabafo sobre o dia fatídico que acabou provocando a morte da sua esposa, é sem sombra de duvida a melhor parte do filme. Já Eric Bana tem uma interpretação pra lá de competente, ao passar para o espectador que assiste, todo lado de conflito interior que o personagem tem, dando a sensação de que a qualquer momento ele irá explodir.
Mas não é só isso: o filme ainda nos brinda com a relação conflituosa entre Betty Ross (Jennifer Connelly) e Bruce, sendo que antes namorados do passado, ambos se separaram devido a medos desconhecidos. O motivo da não união dos dois, esta precisamente num sonho em que Betty era assombrada, no qual ela pequena, é abandonada pelo pai General Ross (Sam Eliott), para logo em seguida ser morta pelo próprio Bruce. Esse sonho não só representava a relação difícil de Betty com o seu pai, como também levantava duvidas sobre as origens do casal da trama, mas que acredito que seria mais explorado, caso houvesse uma seqüência dessa versão.    
Mas com tudo isso que eu já disse como fica o Hulk em si e as cenas de ação que ele protagoniza? Quando a criatura surge nas suas duas primeiras transformações, infelizmente é de noite, o que dificulta um pouco em ver o que estava acontecendo na tela (principalmente na sala Imperial que era muito escura). Contudo, Ang Lee foi sábio em jogar a criatura no decerto e na luz do dia, onde ele enfrenta o exercito de Ross e sintetiza o verdadeiro “Hulk esmaga” das HQ. Nesta parte, os fãs não têm o que reclamar, pois Hulk, ruge, salta (mais do que o normal) e trata os soldados como não se fosse nada. Tudo embalado com uma impressionante trilha sonora composta pelo compositor Danny Elfman (Batman) e com uma impressionante edição, que faz com que as tão lembradas montagens de câmera de Brian de Palma dos seus filmes, se parecerem nada.
Tai uma coisa que nunca irei entender como o fato dos membros da academia do Oscar não ter indicado o filme nesta parte técnica (montagem), pois Ang Lee cria uma verdadeira HQ em movimento na tela, jogando inúmeros quadros, onde cada um deles mostra um ângulo diferente de determinada situação que esta acontecendo na tela. Na época, eu ainda não era familiarizado com as famosas imagens de inúmeros ângulos diferentes que o diretor Brian de Palma criava, mas pelo visto, Ang Lee se sobressaiu, atingindo patamares nunca antes alcançados por De Palma neste quesito. Uma pena, portanto que muita porcaria havia sido escrita sobre o filme na época, pois além do fato de alguns não terem compreendido a proposta do diretor, essa edição quase nunca era lembrada, sendo reconhecida um tanto que tardiamente.
Tendo apenas obtido um relativo sucesso nos cinemas, a versão  Hulk de Ang Lee jamais teve seqüência, mas sempre foi defendida por aqueles que viam algo além do que uma mera adaptação de HQ. Hulk voltaria novamente em mais duas tentativas para o cinema, mas isso é uma outra historia.  

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6 comentários:

renatocinema disse...

Gostei da versão que vi do Hulk, via Ang Lee....O único ponto negativo foi o personagem como criação de efeitos, não funcionou.

Porém, gostei da trama, do enfoque.

Foi criticado injustamente.

LEO disse...

"Foi criticado injustamente." [2]


concordo... tbm gostei do filme e até comprei em DVD (os extras são ótimos tbm)!!!

o visual do monstro em si tava fraco mesmo... mas as cenas de ação tavam ótimas e a trama tbm (gostei até dos "hulkães")!!!

e nick nolte roubou a cena mesmo... um dos melhores vilões da marvel nas telas (e num personagem adaptado de forma bem diferente de sua versão nos quadrinhos: o "Homem-Absorvente")!!!

LEO disse...

Ah, nos extras do DVD... eu fiquei sabendo q foi o próprio Ang lee q "interpretou" o hulk em algumas cenas de ação:

ele vestiu a roupa pra captura de movimentos e arrebentou vários cenários, rs!!!

os cães q o hulk enfrenta tbm eram de verdade... eram cachorros vestidos com roupa especial!!!

Marcelo Castro Moraes disse...

O DVD do Hulk foi um dos primeiros que eu comprei e um dos melhores, onde existe inúmeros extras de alta qualidade.

Unknown disse...

Qual o filme do DePalma que divide as telas como nesse Hulk?

Marcelo Castro Moraes disse...

Oi Ederson

Os filmes que De Palma que ele faz isso com a câmera são muitos, mas sito os principais: Carrie: A Estranha, Irmãs Diabólicas, Fêmea Fatal e Um Tiro na Noite.