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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cine Curiosidade: (ESPECIAL): CENSURA DE NOVO? NEM PENSAR!


Com a recente polemica sobre a censura imposta para não exibição do filme serbian film: Terror Sem Limite no Rio de Janeiro (mais detalhes no site cinema em cena clicando aqui), levantou-se novamente um fantasma que todos desejam passar longe que é a temível censura do período militar (1964 – 1985).
Ao meu ver, acho um tanto que exagerado essa situação de ambos os lados. Se por um lado o governo quer censurar um filme (que nem sequer viram) estão perdendo tempo, pois nesta altura do campeonato ele já se encontra para baixar e quanto mais deseja proibir, mais pessoas irão assistir, pois não vivemos mais nos anos 70 e 80 onde nos tínhamos poucos recursos e tínhamos que esperar, sabe lá quando, que o filme fosse liberado. Além do mais, onde já se viu políticos dizerem o que você pode ou não pode assistir? É a mesma coisa a pessoa ir ao museu e não poder ver certos quadros, sejam eles bons ou ruins. Políticos me poupem, vocês moram na terra, não em marte.
Agora, eu preciso dar um puxão de orelha aos meus irmãos cinéfilos, já que estão se desesperando antecipadamente, achando que o fantasma da censura esta voltando. Temos que tratar o que aconteceu lá no Rio de Janeiro como um caso isolado, mas que claro, não pode passar despercebido e cada um faça a sua parte protestando nas suas paginas da internet. E se a coisa se alastrar, para isso existe meios de baixar filmes pela rede. Não é o meio certo de ver filmes, mas se eles fizerem essa sacanagem, não devemos nos envergonhar de aderir outros meios para se assistir uma produção.
Como é o assunto do momento, deixo abaixo cinco filmes que fizeram polemica e grande barulho por aqui e no resto do mundo.

Laranja Mecânica
Para época (1971), o filme era muito a frente do seu tempo. Uma espécie de critica ao sistema que possui o desejo de por em pratica certas regras para o individuo jamais sair da linha, por meio de experiências ilícitas. Apesar de todo o sucesso de publico e critica, o filme se tornou proibido alguns países, incluindo o Brasil, onde o filme foi só liberado em 1979. Atualmente o filme é considerado uma obra prima e ninguém mais ousam dizer o contrario.


O ULTIMO TANGO EM PARIS
Já assistimos, muitas sessões da madruga, onde era exibidos filmes da Emmanuelle muito mais fortes em cenas de sexo do que esse filme comandado por Bernardo Bertolucci, mas para época foi um verdadeiro escândalo. Ver Marlon Brando (em seu melhor momento de sua carreira) na já clássica cena da manteiga foi algo que estourou de uma maneira sem precedentes.
O tempo provou que houve certo exagero pela parte conservadora que não entende nada quando é pornografia ou erotismo.


Caligula
Esse pediu para ser polemico desde o principio, mas ao meu ver, se era para fazer um verdadeiro retrato dos dias do maníaco imperador Caligula governando em Roma, não tinha como ser diferente. Interessante foi o fato do diretor Tinto Brass ter conseguido convencer os atores Malcolm McDowell e Peter O'Toole a atuarem nesse filme, mas soube-se depois, que eles não sabiam que o filme iria possuir cenas pornográficas, e sim, tudo foi bem arranjado na mesa de montagem sem que eles soubessem. Na época do lançamento, o filme foi duramente criticado mas aos poucos alguns críticos foram reconhecendo que a produção é a que mais possuiu pé no chão ao retratar o lado o obscuro e pecador do mundo romano daquele tempo.



A ULTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO
Lançado em 1988, o filme de Martin Scorsese foi recebido por aqui a paus e pedras, mas não havia como ser diferente, numa época que o país era muito mais conservador em termos religiosos que atualmente. Há idéia de ver um Jesus Cristo mais humano, amigo de Judas e tendo um caso com Maria Madalena era algo que ninguém queria ouvir. Mas deve se levar em conta que a trama não foi baseada na bíblia e sim no polemico livro escrito por Nikos Kazantzakis 1951 que colocava certas liberdades sobre a passagem de Jesus na terra. Talvez, tanta a intenção do escritor como também do diretor, era retratar um Jesus mais humano e que possui as suas falhas, e mesmo que deseje escapar de sua grande responsabilidade, há de aceitar o seu destino. Não antes é claro de ter uma visão de ter desistido da crucificação e ter tido uma vida normal com Madalena num momento impressionante da obra de Scorsese.



O CLUBE DA LUTA
O filme que mais soube sintetizar o que foi os anos noventa, não conseguiu escapar de um caso infeliz que aconteceu em São Paulo. Um louco atirou e matou algumas pessoas numa sessão que o filme estava passando e, logicamente, a imprensa (querendo audiência) começou a dizer que talvez a mensagem que o filme passava tenha despertado o desejo assassino do psicopata. Pura besteira, pois o filme é um verdadeiro retrato da alienação das pessoas dos anos 90 (e de hoje) onde se tornaram verdadeiros zumbis do consumo desenfreado e presos ao sistema. Garanto, que se o crime tivesse acontecido numa sessão de um filme da Disney, colocariam culpa nas lendárias mensagens subliminares do estúdio que tanto os conservadores insistem que existem. Polemicas a parte, o filme de David Fischer da uma verdadeira aula de montagem de imagens nunca antes vistas no cinema e apresentou os melhores desempenhos de Bratt Pitt e Eduard Norton.


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