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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cine Especial: Mês Das Bruxas: O REI DOS VAMPIROS

DRÁCULA
Esqueçam por um momento os vampiros que brilham no sol, o vampiro de verdade sempre foi e sempre será Drácula. Criado pelo escritor Bram Stoker em 1897, o romance imediatamente se tornou um grande sucesso que acabou gerando inúmeras imitações e (lógico) rendeu inúmeras adaptações no cinema. A primeira adaptação do romance seria em 1922 na Alemanha pelo diretor F. W. Murnau, contudo a adaptação não era oficial, pois a viúva do autor proibiu qualquer adaptação que fosse do livro, com isso, o diretor mudou os nomes dos personagens, algumas situações do enredo e o protagonista passou a chamar de Conde Orlok.
As adaptações oficiais do romance começaram a partir da década de trinta, abaixo solto as três melhores adaptações da obra.

Drácula (1931)
Sinopse: Drácula (Bela Lugosi) é um conde vindo dos Cárpatos que aterroriza Londres por carregar uma maldição que o obriga a beber sangue humano para sobreviver. Após transformar uma jovem em vampira ele concentra suas atenções em uma amiga dela, mas o pai da próxima vítima se chama Van Helsing (Edward Van Sloan), um cientista holandês especialista em vampiros que pode acabar com seu reinado de terror.
Primeira adaptação oficial do romance e que gerou inúmeras seqüências depois disso, além de claro ter incentivado os estúdios da Universal a criar e gerar uma infinidade de filmes de monstros nos anos 30 e 40. Bela Lugose faz o papel que marcaria para o resto de sua carreira, na verdade ele já atuava como o personagem numa peça de teatro que gerou muito sucesso, por isso, o filme em muitos momentos parece um teatro filmado e com isso facilitou em termos de custos, pois na época os EUA sofriam com a quebra da bolsa.
Embora envelhecido para alguns olhos jovens de hoje, Drácula de 1931 permanece como grande clássico do cinema de horror e a presença de Bela Lugose como Drácula e seu olhar perturbador ainda impressiona.
CURIOSIDADES: O ator Bela Lugosi não sabia falar inglês na época das filmagens de Drácula. Ele aprendeu suas falas foneticamente, repetindo-as na gravação das cenas do filme.
Foram rodados simultaneamente dois filmes sobre Drácula, um estrelado por Bela Lugosi e outro em versão espanhola e estrelado por Carlos Villarias e Lupita Tovar. Ambos os filmes dividiram os mesmos sets de filmagens, sendo que o filme de Lugosi era rodado durante o dia e a versão espanhola, que foi lançada no mesmo ano, era rodada à noite.
Como o filme foi lançado em 1931, o cinema ainda se dividia entre o cinema falado e mudo ,por isso algumas salas dos EUA tiveram copias do filme mudas.




O VAMPIRO DA NOITE
Sinopse: Após ataques de Dracula Jonathan Harker em seu castelo (aparentemente em algum lugar na Alemanha), o vampiro viaja para uma cidade vizinha, onde ele ataca a família do noivo Harker? E.O único que pode ser capaz de protegê-los é o Dr. Van Helsing, Harker amigo e condiscípulo de vampiros, que está determinado a destruir Drácula, custe o que custar
Na época que os filmes de terror dos estúdios da Universal estava em decadência, o estúdio Inglês Rammer decidiu colocar mão na massa e produzir filmes de terror da sua maneira. O que chamou atenção foi o fato do estúdio ter ousado em lançar filmes de terror coloridos e com isso os filmes deles foram os primeiros a mostrar o sangue vermelho no gênero e dentre seus primeiros sucessos está O Vampiro da Noite baseado no romance Drácula.
Dirigido por Terence Fisher, o filme possui uma narrativa um tanto que diferente com relação ao livro, o que pode causar certo desapontamento para aqueles que curtem o romance, entretanto se o filme perde em termos de fidelidade, ganha com historia em que explora ao Maximo o clima gótico e sombrio dos filmes de terror de antigamente mas aliado com uma certa dose de violência que se não chega a chocar hoje em dia, na época foi uma novidade. Destaque para Christopher Lee que faz não só o seu personagem mais marcante de sua carreira como se tornou o melhor ator a personificar o personagem, pois toda vez que Lee aparece ele rouba a cena graças a sua presença enigmática e assustadora, isso graças ao seu tamanho de quase dois metros e seus olhos hipnotizantes que fizeram de seu Drácula um vampiro monstruoso. Destaque também para o excelente ator Peter Cushing que faz, o que muitos consideram, a melhor versão de Van Helsing, inimigo numero um do vampiro. O embate de ambos atores no final da trama é desde já clássica, tanto Christopher Lee como Peter Cushing se tornaram parceiros de filmagens e contracenaram juntos em ouros vários filmes do gênero.



DRACULA: DE BRAM STOKER
sinopse:Jonathan Harker (Keanu Reeves) é um jovem advogado que fica aprisionado no castelo do vampiro conde Drácula(Gary Oldman), enquanto este parte para Londres em busca de um lugar para morar. Lá conhece e se apaixona pela namorada de John, Mina (Winona Ryder), a quem tentará morder para transformá-la em uma de sua espécie.

Para muitos, a melhor adaptação do cinema do romance, contudo a diferenças. Francis Ford Coppola não só queria que o filme fosse fiel ao livro, como também a trama se entrelaçasse com Drácula fictício e o Drácula histórico que é o Príncipe Vlad, o embalador da Romênia, que em sua guerra contra os Turcos e Mulçumanos, matava seus inimigos e os picava para comer as suas carnes e bebia seu sangue. O príncipe serviu de fonte de inspiração para Stoker criar Drácula e com isso, Coppola fundiu os dois na trama criando não só uma origem ao vampiro como também uma historia de amor que desse mais emoção ao enredo, fazendo um verdadeiro conto de fadas gótico.
Tendo um amor forte não só pelo romance como também pelo cinema, Coppola realizou o filme com truques antigos do cinema, como sombras, imagens sobre imagem, maquetes e muito pouco efeito especial, tudo feito como se fazia um filme de antigamente, o resultado é visual arrebatador. Gary Oldman cria aqui uma de suas melhores performances, seu Drácula é assustador, romântico e cheio de energia, muitos acham uma injustiça o ator não ter sido indicado ao Oscar pelo papel, pelo menos o filme foi lembrado em três categorias, figurino, maquiagem e som. Se a um ponto falho nesta obra prima é a interpretação em forma de porta de Keanu Reeves que faz Jonathan Harker.

curiosidades: O roteiro de Drácula de Bram Stoker chegou às mãos de Winona Ryder quando a intenção ainda era fazer um filme para a TV americana, que seria dirigido por Michael Apted (007 - O Mundo Não É o Bastante). Ryder então presentou o roteiro a Francis Ford Coppola, com quem não falava já há 6 meses, desde o início das filmagens de O Poderoso Chefão III. Coppola leu a história, se interessou pelo projeto e assumiu a direção do filme, com Michael Apted passando a ser um dos produtores executivos do projeto e ocorrendo a decisão de lançá-lo nos cinemas e não mais na TV americana.
O grito do Príncipe Vlad após ele cortar a cruz com sua espada não é de Gary Oldman. Nesta cena em especial a voz de Oldman foi dublada pela de Lux Interior, vocalista da banda punk The Cramps.



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